Capítulo 19

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Ellie correu até seu quarto, odiava que não havia chaves para se trancar e ficar lá até sua raiva passasse.

" O que ele pensa que é, para fazer aqueles comentários? Um louco!?"

Finalmente aquele fim de semana tinha acabado, Gustave torcia por ver seu pai e Ellie bem... Do outro lado a jovem caiu no sono e não conseguia parar de sonhar com Erik, sentia seu beijo e seu toque... Odiava ter que vê-lo até em seus sonhos. Erik, no entanto, ficou acordado, fitando o teto de seu quarto, relembrava o passado.

- Erik! Você não vai acreditar. Lourenço um dos administradores do teatro correu radiante.

- Christine voltou! Claude, pianista da orquestra sorria

- Christine? Minha Christine?? Erik corre e vê sua bela noiva sorridente com um lindo vestido azul e seu cabelo dourado preso num lindo penteado.

- Amor! Que eternidade! A jovem corre e se atraca nos braços do homem.

- Meu anjo, que ansiedade... Sabia que se você demorasse mais eu iria invadir aquele castelo e te resgataria. Erik rodopiava a jovem.

- Que exagero, foram só duas semanas. A rainha me pediu algumas dicas de canto e não poderia ser ingrata... Christine faz um biquinho e o beija.

O noivado de Erik e Christine foi rápido, depois das juras de amor e das noites quentes dentro do camarim, palco e no seu camarote reservado, era impossível negar que o administrador chefe do teatro e a soprano estavam juntos.

Erik odiava relembrar aqueles momentos, era como que Christine ainda estivesse lá, e que a qualquer instante passaria pela porta de seu quarto.

Seis anos de um inferno de algo que era pior do que viver preso com aqueles ciganos desgraçados durante sua infância. Tinha sorte de ter sido acolhido por Gerard antigo administrator do teatro, percebia naquele pequeno menino de 10 anos uma forte vontade de viver e mesmo passando por tanta coisa, se viu evoluindo se tornando um pródigo no piano e mais tarde um exímio arquiteto.

Gerard o tratou com amor, sozinho e sem filhos, amargurado via em Erik um filho que nunca pode ter, investiu em sua educação e o criou de forma amável. Com sua morte, Erik se viu sozinho e com um teatro para administrar. Procurou ajuda de seu amigo Daroga, que conhecerá na sua viagem pelo Oriente, na época dois jovens sonhadores buscando revolucionar o teatro parisiense. A vida com uma face demoníaca o fazia recorrer por amores fáceis e rápidos, tomado por luxúria o homem se deitava com todas as mulheres e não se importava com muita coisa.

Não depois de conhecer Christine, filha do dono do bordel mais luxuoso da cidade, Christine tinha 15 anos quando o jovem de 22 anos a viu pela primeira vez. Aqueles olhos azuis e cabelo dourado como o sol. Cairá de amores pela jovem, que cantava no palco do bordel, sempre acompanhada por seu pai que estimava pela filha e esperava ganhar um bom dinheiro por ela.

A jovem ao cantar tinha percebido Erik, aquele rapaz misterioso a atraia, gostava de conversar com ele e via nele uma saída daquele horroroso lugar e de seu pai violento. Depois de três anos, Erik pode finalmente pedir a jovem em namoro. Não antes de matar seu pai, aquele odioso homem que maltratava a jovem, não era sua primeira morte, Erik tinha aprendido se defender e por conta daquilo se vingava de homens que não respeitavam as mulheres ou tentavam roubar o seu patrimônio, o teatro. Vivendo sob o mesmo teto, Christine e Erik rapidamente formaram um império de grandes eventos naquele teatro, multidões se aglomeravam em busca de ingressos.

E um desses eventos, Christine conheceu Raoul Chagney, um visconde descarado que não deixava a jovem em paz. Cego de paixão buscou humilhar Erik, o expondo para a sociedade. Com o plano falho, Erik buscou sua vingança e com ajuda de Daroga abandonou partes do corpo do visconde espalhados por Paris. Erik gostava daquele subsolo, ali matará o pai de Christine a facadas e Raoul que foi tão fraco que uma simples bala o fez desfalecer, não sabia que se o visconde ainda estava vivo quando começou a cortar o homem em pedaços e despachar cada membro em um local de Paris. Ali também várias outras mortes foram gravadas pelo chão frio de pedra, Erik adorava aquela sensação de poder ... De posse.

Quando tudo estava perfeito, casado e feliz com sua musa... Aquele maldito bebê tirou dele sua razão de viver. Com protestos e sócios enraivecidos Erik fechou o teatro e se trancou em sua mansão, 6 anos de amargura... 6 anos esperando a morte e seu fim. 

Um toque do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora