Desejo proibido

Primeiro pecado

Era ruim o que eu estava sentindo? Eu nunca senti isso na vida, por um bom tempo pensei que estava quebrado não sentia nada e não queria sentir nada.

Eu sou devoto, entreguei minha vida a Deus anos atrás quando estraguei minha família, mas agora depois de tantos anos pensando exatamente isso encontrei alguém que pensa como eu embora ainda ache que isso não é certo.

— Onde está a Maria?

— Ela subiu a um minuto, não quis jantar. A propósito eu disse pra você trazê-la pra casa ela ainda não conhece a cidade pode se perder.

— Ninguém se perde por aqui mãe, essa cidade é pequena demais pra isso. Vou subir.

— Espera não vai jantar?

— Estou sem fome.

Antes que ela pudesse dizer mais qualquer coisa eu subi as escadas em direção ao quarto dela, não sei exatamente o que pretendo mas eu quero voltar a conversar com ela. Bati na porta e esperei por sua resposta mas nada, não queria invadir sua privacidade mas notei que a porta estava entreaberta então encarei o lado de dentro vendo que ela não estava lá.

Sem que eu pudesse me conter eu entrei, ouvindo o barulho da água do chuveiro cair ela estava no banheiro e eu não deveria estar no quarto dela, mas a curiosidade falou mais alto e eu me vi encarando a foto na escrivaninha. Era ela ao lado dos pais provavelmente, ela é a cara da mãe isso era óbvio.

Logo ao lado da foto estava um baseado que com certeza meus pais não concordariam ao ver então eu guardei na gaveta pra que ela não tivesse problemas com isso. Me virei para sair do quarto quando vi a porta do banheiro também entreaberta e ouvi um som que não era da água do chuveiro, aquilo era a voz dela mas não sabia exatamente o que estava acontecendo.

Me aproximei devagar temendo que eu estivesse indo longe demais até que me coloquei ao batente da porta olhando o lado de dentro.

Minhas mãos começaram a tremer e minha garganta ficou seca, foi impossível sair dali eu estava congelado vendo ela se tocar, não estava completamente nua, usava ainda sua camiseta de hoje mais cedo e uma calcinha, mas aquela foi a cena mais erótica que eu já vi, na verdade foi a única cena erótica que eu já vi.

Maria tinha seu corpo inteiro arrepiado, seus dedos ágeis se movimentavam dentro da calcinha enquanto ela mantinha seus olhos fechados gemendo baixo. Eu estava em choque eu acho, meu corpo não queria se mover e eu não conseguia parar de olhar a cena, ela parecia perfeita, senti algo estranho acontecer no meu corpo, era um calor repentino que crescia dentro de mim.

Eu nunca me senti assim será que eu estou passando mal?

Derrepente senti aquela parte específica do meu corpo endurecer por baixo da calça jeans que eu usava, isso só me aconteceu uma vez do nada durante a adolescência e voltar a acontecer agora era estranho.

Minha mente estava me deixando louco eu olhava pra ela e não conseguia parar de pensar que eu queria estar ali a ajudando com aquilo, como deveria ser?

Eu estava arrepiado e a sensação entre minhas pernas era torturante, Maria gemeu alto uma última vez arqueado as costas ainda de olhos fechados ela sorriu, tudo ficou silencioso e foi quando ela abriu os olhos ainda sorrindo e me olhou diretamente.

Ela sabia que eu estava olhando o tempo todo.

Sai correndo dali indo direto ao meu quarto e me trancando lá dentro, minha respiração estava desregulada e eu estava suando, a maldita vontade ainda estava aqui me incomodando por baixo da calça, meu coração estava tão acelerado que pensei estar passando mal.

— Deus me ajude...eu preciso resistir.

Fui para meu banheiro, tirei correndo todas as roupas e me enfiei debaixo da água fria mas nada estava parando meu calor, eu ainda estava com aquilo duro e parecia sensível eu não deveria tocar...mas eu toquei..

O sentia pulsar e cada vez que a imagem dela vinha a minha mente fazendo aquilo eu ficava ainda mais duro...doía e muito.

Me toquei devagar, já tinha ouvido histórias dos coroinhas da igreja de como fazer isso mas eu nunca quis tentar, é pecado eu sei.

Mas, eu estava sentindo uma vontade absurda de fazer isso, então eu continuei movimentando minha mão de baixo pra cima devagar tendo uma sensação diferente no meu corpo e aquilo era muito bom..

Eu estava anestesiado, era gostoso demais pra conseguir parar e eu só queria aumentar a velocidade da minha mão, ele estava quente e pulsando, comecei a ir mais rápido apertando minha mão cada vez mais.

Esses sons involuntários começaram a sair de mim baixos enquanto eu tentava me conter, de olhos fechados apenas imaginando ela....eu senti que estava a ponto de explodir quando alguém bateu na porta me obrigando a voltar a minha realidade.

A sensação boa foi embora e meu coração se acelerou só de pensar que alguém poderia ter me ouvido.

— Quem é?

— Maria! Você está no banho?...John?

Eu não conseguia responder estava congelado, o que ela queria comigo?

— Só queria perguntar se você quer dar uma volta, vou te esperar no jardim tá bom? Não demora.

Ouvi ela sair e respirei aliviado, mas nem tanto. O que ela queria afinal? Ela sabia que eu tinha visto aquilo porque estava me chamando? Ela queria se explicar? De qualquer forma agora já é tarde ela me fez pecar, me fez ter pensamentos e vontades que eu nunca imaginei ter algum dia..

O que estava acontecendo comigo?