- John...você...é...você...me...
- Não precisa falar nada, vamos deixar as coisas assim..
Queria apenas retribuir o que ela me disse ontem para que ela soubesse que eu sinto o mesmo. Maria ainda não conseguia parar de chorar a médica disse que provavelmente sua mente está uma bagunça, nem consigo imaginar a quantidade de coisas que ela está pensando agora.
- Maria querida, só consegui vir te ver agora...porque está chorando? Tudo bem?
- Ela só tá sensível...
Minha mãe a abraçou preocupada mas não era um choro ruim, Maria estava aliviada dava pra notar e porisso ela chorava.
- Acho que você vai gostar do que eu trouxe pra você mas primeiro precisa parar de chorar.
- O que trouxe?.- ela secou as lágrimas que ainda caíam interessada pelo presente que pedi pra minha mãe comprar.
- Reparei que suas maquiagens estavam acabando e como você é sempre tão vaidosa..
A verdade é que hoje é o aniversário dela, Maria nem ao menos lembrava disso. Ela parecia estar desanimada e tenho certeza que sua auto estima está baixa pela sua aparência agora. Pedi pra minha mãe comprar algumas coisas pra ela se maquiar, preparamos uma festa surpresa em casa pra quando ela saísse do hospital, sem muitas pessoas seria só a gente.
Mason e Paul também estariam lá e meu pai...
- Obrigada dona Cristina mas não precisava eu quase não estou mais usando nada no rosto...não fica mais bonito..
- Você fica linda de qualquer jeito. Agora se apressa e vai tomar banho, mãe ela ainda não consegue ficar muito tempo em pé a médica disse que precisa de ajuda pode fazer isso?
- Claro, vamos meu bem..
Minha mãe a ajudou a levantar com dificuldade e ela foi até o banheiro, levaria um tempo até ela se arrumar então decidi ver como estavam as coisas. Passei o dia todo ontem na delegacia enquanto ela estava apagada, Mason foi comigo ver o que tinha acontecido com o processo de restrição mas o delegado do caso não estava lá então tivemos que esperar até hoje.
..........................
Liguei pra ele no meio do caminho até lá, nos encontramos na porta da delegacia para ver o que havia acontecido. Mason disse que quando a ordem de restrição estivesse feita Maria receberia uma carta mas não chegou nada pra ela em casa.
- A pessoa que vocês denunciaram não existe.
- O que? Não é possível.
- Tecnicamente Nicolas Gilbert morreu em um incêndio na casa dela juntamente com os pais, é o que está no relatório.
Mason me encarou tão confuso quanto eu, esse cara estava vivo como é possível as autoridades pensarem que ele tinha morrido no mesmo incêndio que matou os pais dela?
- Eu não entendo, ele me atropelou, está vivo como é possível?
- Não é afirmando nada mas muitos relatórios podem ser modificados com um pouco de dinheiro.
- Ele pagou pra que colocassem no relatório que ele estava morto? Porque?
- Pra não ser procurado pela polícia provavelmente. Já havia uma denúncia contra ele por pedofilia. Uma mulher chamada Margaret disse que ele havia molestado sua filha quando ela foi na igreja.
Isso era um absurdo, não acredito que Maria saiba disso do contrário ela nunca teria namorado com ele.
- Pelo que a garota Maria disse no depoimento dela o caso dela também se configura no crime de pedofilia, ela tinha quinze anos e ele vinte e cinco.
Eu não fazia ideia disso, pensei que quando eles começaram ela já fosse mais velha mas com essa idade ela foi manipulada até os dezenove. Porisso sua mente é tão frágil além dos abusos psicológicos dos pais ainda sofria com os abusos dele, não faço ideia do que ele dizia a ela nesse meio tempo em que estavam juntos.
- Tá e agora o que fazemos? Esse cara tá solto por aí coagindo minha namorada e tentando me matar.
- Disse que ele te atropelou não foi? Tem a placa do carro?
- Não mas foi na frente do escritório do advogado da minha mãe, com certeza tem câmeras.
- Vamos começar as investigações hoje mesmo.
Eu estava ansioso pra colocar as mãos nesse cara, por mais pacífico que eu fosse meu sangue fervia só de pensar que ele estava fazendo mal a Maria. Ele podia fazer qualquer coisa comigo, mas se ele tocasse nela eu não sei o que seria capaz de fazer com ele.
Mason e eu voltamos pro hospital, já estávamos na delegacia a duas horas e Maria provavelmente já estava pronta pra ir pra casa, apesar do estresse do caso eu estava animado pra dar ela uma festa de aniversário. Não sei se ela já teve alguma mas com certeza essa vai ser a melhor.
Estava nervoso porque meu pai estaria lá, Mason me fez o favor de convidá-lo já que eu não queria olhar pra ele, infelizmente eu sei que Maria gosta muito dele assim como gosta da minha mãe e tê-lo lá seria importante pra ela, apesar de tudo ele a tratou como filha e foi o único pai que ela já teve.
Quando chegamos ao quarto dela eu já podia sentir o cheiro do perfume que tanto senti falta, conversava com o Mason quando ele parou de falar olhando para dentro do quarto. Virei o rosto na direção em que ele encarava vendo Maria arrumada depois muito tempo.
Apesar de muito magra era impossível dizer que ela estava feia, ela se maquiou da mesma forma que estava quando a conheci, uma maquiagem escura e um batom vinho em um estilo roqueira que combinava perfeitamente com ela.
Seu vestido de couro que destacavam seus seios juntamente com a bota que ia até os joelhos a deixavam com um tom sensual mas extremamente estilosa. Minha mãe tinha feito um excelente trabalho ao arruma-la do jeito que ela gosta.
- Você é um cara de muita sorte...
- Para de olhar, não quero ninguém babando na minha mulher.
Maria se virou pra nós e sorriu, tão bonita que me deixava em êxtase.
- Eu gostei disso...eu sou sua mulher?
-..com certeza..
Mesmo com todos os problemas Maria era confiante, ela sabe da sua beleza e sabe como usar. Nunca conheci ninguém como ela e acho que isso a deixava ainda mais atraente aos meus olhos, ela era única.
Ela veio até mim circulando seus braços em meu pescoço e me beijou com calma, a abracei pela cintura ainda a sentindo tão frágil que tinha medo de machucar.
- Gente..eu tô aqui..
- Então sai.
Maria riu contra minha boca fazendo meu coração acelerar eu queria cada vez mais dela mas nós afastamos quando minha mãe pegarreou as nossas costas.
- Dona Cristina graças a Deus, eles estavam quase pecando na minha frente.
- E você estava olhando porque Mason?
- Eu estava tentando fazer eles pararem.
- Sei, mas você tem razão, John você já desfez os votos?
- Não mãe..ainda não.
- Então se afastem o combinado ainda está valendo, sem intimidade até lá. Maria está pronta pra ir pra casa?
- Muito mais do que imagina.
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Desejo proibido
RomanceBaseado no filme "A órfã" e na mini série"hilda furacão", a história sobre um jovem padre que sofre pela morte da sua irmã e se vê entrando em um manto de perdições quando seus pais decidem adotar um jovem traumatizada com seu passado. ele não pode...