Relembrando

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Acordei me sentindo mal meu estômago revirava e eu precisei correr até o banheiro para vomitar, levantei a tampa do vaso e despejei tudo que havia no meu estômago. Nunca me senti tão mal como me sinto agora e acredito que seja o castigo merecido pelo que fiz ontem.

A forma como eu me comportei foi vergonhosa, eu dancei de forma escandalosa, bebi e fumei maconha o que eu estava pensando? E o pior de tudo foi que eu gostei disso.

Levantei do vaso depois que consegui parar de vomitar, dei descarga e escovei bem os dentes ainda sentindo uma dor de cabeça insuportável. Mal conseguia ficar de pé meu corpo estava trêmulo, voltei pra cama notando que Maria ainda estava aqui e esse era outro problema...o que fizemos ontem ainda estava tão vivido quanto no momento.

Deitei de novo ao seu lado e ela abriu os olhos se enfiando ainda mais no edredom, também parecia não estar bem mas depois do quanto bebemos ontem não era estranho.

— Sua ressaca tá muito forte não é?

— Minha cabeça está explodindo...como eu paro isso?

— toma um analgésico e bebe bastante água amanhã você deve estar melhor.

— amanhã? ah...que droga..

Ela riu se sentando na cama enquanto olhava pra mim, parecia tímida nunca pensei vê-la dessa forma, seu rosto ainda estava amassado pela cama e sua maquiagem borrada nos olhos a deixava ainda mais bonita. Não consigo tirar da minha mente o que aconteceu ontem e o quanto eu quero beijá-la de novo mas eu não posso mais fazer isso.

— Você...você lembra de tudo que fez...ontem?

Ela estava perguntando exatamente sobre o beijo, lembro do que o Mason me disse ontem eu tinha uma ótima desculpa pro que fiz e eu não podia deixar isso se repetir.

— Não...na verdade eu só lembro da gente bebendo e caindo na neve, depois disso eu não lembro de mais nada.

Ela parecia decepcionada mas eu precisava fazer isso, ela tinha que desistir dessa ideia de me tirar da igreja porque isso não ia acontecer, eu a prometi uma noite e foi o que eu dei não poderia fazer mais do que isso.

A noite de ontem ficaria pra sempre na minha memória, a única vez em que eu fui normal depois da morte da minha irmã.

Depois de um certo tempo enrolando na cama eu me levantei para tomar banho deixando Maria ali um pouco mais, ela não disse mais nada e pressumo que não vai mais tocar no assunto porque parecia realmente chateada por eu "não lembrar".

Já tinha terminado banho e enrolei uma toalha na cintura para sair do banheiro, pensei que ela já tivesse ido embora mas quando abri a porta ela ainda estava lá e parecia estar me esperando.

— Tudo bem?

— Não.

Eu estava certo ela estava chateada, esperava mesmo que ela não tocasse nesse assunto de novo mas ela parecia determinada.

— Como é possível você lembrar de tudo mas apagar a memória justo na parte importante?

— Eu não sei do que você tá falando.

Fui até o guarda roupa a ignorando peguei uma camisa e uma calça de moletom e uma cueca na gaveta me preparando pra voltar ao banheiro e me trocar mas ela entrou na minha frente me fazendo encará-la de volta deixei as roupas ali para ouvir o que ela queria dizer.

— Você sabe do que eu tô falando, porque não quer reconhecer que ontem foi bom? Você se divertiu e gostou disso.

— Eu nunca disse que não reconhecia isso.

— Então? Você pode fazer isso John. Você gosta do mundo aqui fora pode sair disso que vive.

— Quando você vai entender que sou eu que não quero sair? Eu tenho uma missão Maria e isso não envolve você.

— Uma missão? Quem você pensa que é, Jesus?

— Só sai da minha frente.

Ia entrar no banheiro antes que ela pudesse me interrogar ainda mais até que escutei ela dizer.

— Quase transamos ontem. Você se lembra disso?

Não consegui dar mais nenhum passo, uma coisa foi ter vivido mas escutar ela dizer aquilo era diferente só agora entendi a gravidade do que podia ter acontecido.

— Você me beijou com tanta vontade e segurou meu corpo em todos os lugares e você lembra disso sim...

Ela novamente entrou na minha frente olhando fundo nos meus olhos e passou a mão pela minha barriga me fazendo suspirar, suas unhas arranharam a minha pele e sua mãos desceu até a toalha envolta na minha cintura e eu segurei sua mão antes que ela pudesse me tocar por baixo dela.

— Eu senti você ontem John, não essa sua versão falsa que você faz questão de mostrar pra todo mundo. Eu senti você, senti suas mãos em mim, e senti essa outra parte sua entre as minhas pernas e eu te desejei tanto que ainda estou molhada por você.

— Pare com isso.

— Você está em todas as minhas fantasias desde que te conheci, todas as vezes que me toco agora eu sempre imagino você.

— Maria...porfavor..

— Apenas admite que isso que eu sinto toda vez que te olho não é só comigo...me diz que você também tem vontade de gozar comigo.

Ela já estava a centímetros do meu rosto podia sentir sua boca perto da minha e aquele calor tomar meu corpo, eu tinha tanta vontade de jogá-la naquela cama e nunca mais soltar e suas provocações eram irresistíveis.

Ela ficou na ponta dos pés e eu fechei os olhos quando sua boca se aproximou e ela me deu um selinho, não consegui segurar essa vontade que tinha dentro de mim. Apenas agarrei seus braços a preensando contra a parede e ela sorriu, acabando com nossa distância eu a beijei da mesma forma que fiz ontem.

Enfiando minha língua em sua boca sentindo a sua retribuir da mesma forma tão sedenta, agarrei suas pernas a fazendo entrelaçar em minha cintura e a segurei ali a beijando com toda a vontade que eu tinha.

A sensação ainda era nova mas era tão gostosa como da última vez eu poderia fazer isso o dia todo, a forma como ela arfava cada vez tomando mais fôlego estava me deixando naquele estado de novo.

Deus! Eu não consigo me controlar.

Suas unhas arranhavam minhas costas me deixando completamente arrepiado e eu adorava isso, me deixei levar pelo prazer que sentia ouvindo ela quase gemer toda vez que eu a preensava ainda mais subindo minhas mãos pelo seu corpo perfeito, sentindo os seus seios irrigessidos e sua pele arrepiada ela estava sentindo isso tanto quanto eu, meus beijos desceram a seu pescoço a ela suspirou alto segurando com força meu cabelo.

— A gente não devia estar fazendo isso...

Ela pareceu não ligar quando eu disse isso mas eu também não conseguia parar, desci até seus peitos a beijando ali e passando a língua por sua pele enquanto os apertava, estava tão excitado que não pensava em nada além daquele momento. Voltei a sua boca me aprofundando ali e estava prestes a fazer uma loucura quando alguém bateu na porta me fazendo parar derrepente.

— John?! Filho você tá ai?

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