Primeiras vezes

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Eu tinha perdido completamente o controle, continuei bebendo e me sentia tão leve como nunca tinha ficado, a bebida subiu rápido demais mas aquilo por um lado até que era bom eu estava mais solto e mais corajoso que nunca. As pessoas em volta estavam tão bêbadas quanto eu provavelmente nem veriam que eu estava ali.

Sem conseguir me equilibrar bem fui até a Maria na pista de dança lotada, ela tinha bebido também mas ao contrário de mim estava consciente, apenas ouvindo o ritmo da música me coloquei atrás dela dançado no mesmo ritmo que ela fazia. Pra ser sincero nunca me imaginei fazendo isso mas a sensação de liberdade era intensa e eu estava adorando.

Assim que Maria me notou ali ela sorriu pra mim e continuou dançado esfregando seu corpo contra o meu de um jeito sensual que estava me deixando quente, ela segurou minhas mãos firmes em seu quadril enquanto se movimentava contra mim, eu estava anestesiado a agarrei pela cintura colando nossos corpo ainda mais e aproximei meu rosto de seu pescoço escutando seu suspiro alto.

— Você está se divertindo?.- ela perguntou deixando sua cabeça cair sobre meu peito enquanto eu me permitia sentir o cheiro do seu perfume.

Eu odeio dizer que sim..

Ela riu alto e se virou de frente pra mim, seus braços contornaram meu pescoço e ela grudou sua testa a minha dançado comigo lentamente a música animada que tocava. Seus olhos estavam fixos aos meus e aquele contato visual estava me deixando louco, segurei com mais força a sua cintura tentando me conter, eu não podia me deixar levar tanto assim.

— Você está bêbado demais...

Culpa sua.

— Tem razão, e eu não me arrependo...

Alguém passou do nosso lado fumando maconha e Maria retirou das mãos do homem o cigarro e tragou fundo exalando a fumaça pesada contra meu rosto ela ergueu aquilo e colocou na minha boca.

— Apenas puxe.

Fiz o que ela disse sentindo a fumaça entrar no meu corpo e soltei o restante no ar como ela tinha feito e foi automático a sensação. Meu corpo parecia flutuar e antes que ela pudesse devolver o cigarro ao cara eu traguei uma última vez sentindo aquela maravilhosa sensação.

— Gostou disso?

Apenas assenti incapaz de dizer mais alguma coisa, eu adorei a sensação, já sabia que gostaria das coisas mundanas mas isso era outro nível eu estava sentindo prazer em tudo. A música, a bebida, a maconha, as pessoas...era como me sentir vivo.

— Como se sente?

Eu não sei...me sinto leve, acho que tô feliz mas também tô com medo de amanhã..

Ela colou seus dedos em meus lábios me fazendo parar de falar, ela não queria estragar o momento e eu também não porisso não disse mais nada.

— Não pensa nisso agora, amanhã é outro dia vamos aproveitar agora..

Ainda tinha uma longa noite pela frente mas eu sabia que muita coisa podia acontecer coisas que sóbrio eu jamais faria então como ela disse apenas aproveitei a noite.

                             ........................

Não faço ideia da hora que saímos da festa mas parecia estar quase amanhecendo, Maria e eu dançamos e pulamos até as pernas doerem e foi quando ela decidiu que precisávamos voltar, eu nunca ri tanto na minha vida e estou tão bêbado agora que tenho medo de passar mal.

Pra esquerda. Não, não! Direita, pra direita!

Ela estava me ajudando a andar até em casa mas ela estava tão bêbada quando eu, meus braços estavam sobre seus ombros mas estava cambaleando tanto que dois passos a frente nós caímos na neve de algum quintal aleatório.

Desejo proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora