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PIPA 🪁

Minha favela tá em paz, tudo nos conformes e no jeito, peixe ainda não apareceu por aqui não, mas sempre manda foto no puteiro ou nas praias, minha vontade mesmo é de ir onde ele tá e meter bala nele, mas não vou fazer isso não, vou guardar o dele bem guardado.

Fora isso, já se passou um mês e a barriga da Luana já está aparecendo, não tá muito grande não, mas dá pra ver algo, ela tá no quinto mês de gestação e eu já estou maluco pra ver a pivete nos meus braços. Eu quero e vou ser um pai presente pra minha filha, tá ligado? Eu já estou sendo a figura paterna para um que nem do meu sangue é, e isso já que deixa feliz pra caralho, mas saber que eu vou ter alguém que foi feito por mim é surreal, tá maluco.

Luana: Queria sopa de lentilha - ela desce as escadas passando a mão na barriga - Compra lá pra mim um pacote?

Já entortei o nariz pra ela e olhei para o Riquelme que fingiu estar dormindo, dei um pescotapa dele que riu ainda com os olhos fechados e eu xinguei levantando.

Luana: Só a lentilha e uma linguiça calabresa - ela diz eu pego minha carteira e a chave da moto saindo d e casa e dando partida pro mercadinho.

Assim que eu cheguei lá já fui pegar a calabresa e pedi ajuda pra escolher a lentilha, eu nunca nem comi isso, então nem sei o que é essa porra.

Peguei as coisas e aproveitei pra comprar um refrigerante, peguei tudo e coloquei a sacola no guidão da moto, coloquei a chave e girei subindo nela e ja dando partida, e de longe e eu já pude ver o carro azul bebê do filho da puta, era ele, o peixe. Meu sangue ferveu na hora, a raiva tomou conta do meu corpo que eu nem vi que tinha batido no carro dele sem querer.

Peixe: Que isso irmão - ele coloca a cabeça pra fora do carro, rindo igual uma puta - Vai pagar hein, batendo em carro parado.

Fechei os olhos por segundos contendo a minha raiva e abri outra vez, mostrando o dedo pra ele.

Pipa: Vou o caralho, ninguém mandou ficar parado na contra mão - comecei a andar com a moto e ele veio atrás de mim com o carro.

Parei na frente de casa e já desci pegando a minha chave e as sacolas, o verme veio atrás de mim passando o braço pelo meu pescoço. Ele tava fedendo a puta e droga, tava terrível demais, mas eu não falei nada não, fiquei na minha e a gente entrou em casa. Luana ainda não estava ali na sala, nem o Riquelme, mas eu escutei a voz deles vindo da cozinha e eu já fui pra lá com o Richard atrás de mim.

Pipa: Ainda trouxe um refrigerante hein - deixei as coisas ali em cima da mesa e vi os dois fazendo alguma coisa com chocolate - O cheiro tá gostoso.

Luana: Você demorou tanto que eu resolvi... - ela olha para trás e para de falar na hora, olhando para o peixe atrás de mim e me lançando um olhar mortal - Resolvi fazer um pavê de chocolate.

Eu conseguia ver a raiva nos olhos da Luana, mas eu não disse nada, apenas neguei com a cabeça e ela só respirou fundo olhando para o Riquelme que já encarava ele com sangue nos olhos, papo de quem queria matar o cara aqui e agora.

Peixe: Que isso cunhada, fala mais comigo não? - me sentei ali na cadeira e ela voltou a encarar ele com deboche.

Luana: A visita é você - ela dá ênfase na palavra - Então quem deve falar comigo é você, não eu.

Peixe começou a dar risada que ela continuou com a cara fechada. Maluco tá cheirado, todo drogado e quer ficar pagando simpatia com todo mundo, mas pro meu lado não tem mais isso não, ainda estou devagar, mas quando eu pegar ele quero ver nego rir.

Peixe: Boiei agora - ele puxa a cadeira se sentando - Mas e essa barriga ai? Nasce quando?

Pipa: Julho - digo já sem paciência - Porra irmão, tu tá fedendo a puta e droga, pia pra tua casa e toma um banho - dou uma risada mais falsa que nota de três reais e ele me manda um dedo do meio - Tô te mandando o papo na moral.

Peixe: Mas eu to mesmo - ele levanta e faz o toque comigo - O peixe vai virar tubarão, fé ai.

Levo ele até a porta e já deixo os moleque avisados pra ele não pisar o pé aqui, pra inventar uma desculpa bem esfarrapada.

Luana: Na moral mesmo, como tu consegue ficar de papo com ele? - pergunta assim que eu entro na cozinha outra vez, vendo somente ela ali - Minha vontade foi de meter a faca na boca dele, só fala merda.

Começo a rir da cara dela e chego mais perto, puxando ela pela cintura e já depositando beijos pelo pescoço e rosto, Luna já foi se rendendo aos meus toques e eu já estava galudão já, papo de querer meter aqui mermo.

Pipa: Não vou aguentar ficar cinco meses sem foder contigo não - sussurro e ela abre um sorriso sacana.

Luana: E quem disse que a gente precisa ficar sem transar? - ela leva a mão até o meu pau dando uma leve apertada - Riquelme foi tomar banho, tá escutando o barulho do chuveiro?

Filha da puta.

Eu não respondi nada pra ela não, só peguei ela no colo e coloquei ela em cima da mesa, já tive a visão da pequena calcinha branca dela, toda de renda, levantei o vestido dela até a cintura e já comecei a maltratar ela apertando tudo por cima da calcinha, mulher tava toda quente já, tava molhada.

Luana: Que enrolação, Murilo - ela diz com a voz arrastada e eu abro um sorriso bem cretino pra ela.

Pipa: Calma amor, vou te foder gostosinho - digo arrastando a calcinha para o lado - Não temos pressa.

Não tenho pressa pra nada com Luana, principalmente na foda, então vou fazer tudo na cautela, quero sentir cada pedaço nela em mim.

Luana é minha, e isso não é novidade.

MalucosOnde histórias criam vida. Descubra agora