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LUANA 🎢

Já se passaram três meses, já estou com sete de gestação, e não está sendo nada fácil, eu vivo passando mal e não aguento mais ficar em pé no salão, Amanda está do mesmo jeito, mas ela tem o pique, então ela gosta de ir trabalhar e gosta de fazer a farra dela, de vez em quando eu acompanho ela nos roles, mas quando não dá, não dá mesmo. Meus pés parecem dois pães de milho, meu nariz está feio e minhas mãos estão gigantes, minha barriga nem cresceu tanto assim, mas está bem bonita, bem redondinha.

Amanda: Vamos logo! - grito no pé da escada, esperando os dois bonitos descerem a escada - Vocês vão ficar!

Hoje é o chá de bebê da morena, e para vocês terem noção, começou duas horas da tarde, e agora já são três e eu ainda não sai de casa por conta das duas mocinhas que eu tenho, Murilo e Riquelme. Os dois cortaram o cabelo hoje, e passaram a tinta que não pode lavar se não sai, então o nojo que eles estão não tá explicado.

Pipa: Calma amor meu - vem até mim todo de all black e com as correntinhas de ouro - Olha isso aqui, fala se ele não tá um nojo - se referiu ao Riquelme, que estava igual a ele.

Luana: É, dão pro gasto - começo a rir e eles fecham a cara na hora - Vai, vamos.

Riquelme: Que isso coroa, tô todo galã de favela - ele arruma a roupa passando a mão no pescoço - Hoje as gatinhas piram - eu gargalhei alto e dei um pescotapa nele.

Essa é a segunda vez que ele me chama de coroa, depois do dia em que ele quase me chamou de mãe, eu conversei com ele e disse que não tinha problema nenhum em ele me chamar de mãe, disse que se ele se sentisse confortável, ele poderia me chamar sempre.

Flashback

3 meses atrás.

Riquelme tá estranho desde de ontem, de quando ele quase me chamou de mãe, não sei se ele ficou envergonhado ou se ficou chateado com alguma coisa.

Luana: Riquelme? - bato na porta dele que só manda eu entrar - Tá fazendo o que?

Riquelme: Nada não - esconde um papel atrás dele e eu cerrei os olhos para ele - É sério - abriu um sorriso envergonhado.

Fechei a porta atrás de mim e me sentei na ponta da sua cama, onde tinha o lençol do ben10, me ajeitei e olhei para ele que estava com vergonha, brincando com os dedos.

Luana: Se isso ai for uma cartinha pra namorada - ele me encara com os olhos arregalados - Eu te ajudo, sou boa nisso.

Riquelme: Dúvido - disse e eu dei um leve empurrão nele.

Luana: To falando sério - ele pega o papel das costas e me entrega - Eu disse que você iria precisar saber ler e escrever - ele riu e eu comecei a ler a cartinha que ele havia feito, e estava boa, mas ali tinha mais gíria do que declaração, mas estava fofinha - Pode melhorar mais, mas ficou boa.

Riquelme: Eu sei, o pai manja nisso - diz com um sorriso todo sacana - Ah, queria te pedir desculpas por ontem, por que quase te chamar de mãe.

Luana: É sobre isso que eu vim falar com você - digo vendo ele ficar sério - Você pode me chamar de mãe, pode se sentir à vontade em me chamar do que quiser, com respeito, claro - ele balança a cabeça - Eu não ligo não, sabe, eu te considero como meu filho, tu é um menino bom e educado, sabe respeitar as pessoas ao seu redor, e com isso eu adquiri um amor materno por você - nessa altura os olhinhos dele já estavam cheios de lágrimas - Mas quero que você saiba de uma coisa, que não quero tomar o lugar da sua mãe, jamais, eu apenas quero te deixar confortável e te passar o que eu sinto, entendeu?

MalucosOnde histórias criam vida. Descubra agora