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LUANA 🎢

Tá sendo difícil, o cara começa a desconfiar mas logo volta a cair nos papinho furado, depois que a gente tomou banho, voltamos pro lugar onde estávamos ficando e eu comecei a jogar verdes no ar, comecei a reclamar de fome junto com Amanda pra ver se ele se tocava, demorou pra caralho, mas ele cedeu e comprou uma marmita pra gente dividir, eu não comi muito, afinal, quem mais precisa é a Amanda que está grávida.

Amanda: Quando a gente voltar pro salão, pode ter certeza - ela para de falar engolindo a comida - Eu vou trabalhar em dobro, to te devendo muito por tudo que você está fazendo.

Não consegui dizer nada pra ela, apenas balancei a cabeça negando e voltei a comer junto com ela.

No momento estamos sozinhas, jaja o cara chega colocando o terror e eu colocando o meu plano em prática.

...

Não consigo dormir, não consigo apertar os olhos, mas eu tenho que descansar, tenho que ter "forças" pra colocar o plano em prática. Eu penso em fazer tudo quando a gente for tomar outro banho, se a gente conseguir, eu vou dar um jeito de sair daqui baleando alguém.

- Já acordou? - a porta é aberta e eu me assusto olhando em direção - Sua amiga dorme pra caralho hein, dez da manhã e ela nessa?

São dez da manhã?

Olho pra Amanda que dormia toda encolhida por falta da coberta, menina tá sofrendo demais, e isso não vai nada com.

Luana: A gente vai poder tomar outro banho? - pergunto olhando pra ele que balança a cabeça - Nossa, muito obri...

- Não tem nada de obrigada não, depois que eu vê que as duas estão limpinhas, eu vou querer algo em troca - diz colocando a mão no pau e meu estômago embrulha - E assim que o patrão chegar de viagem, vai acabar essa mordomia aqui, e se vocês abrirem a boca, eu juro que mato vocês estranguladas.

Não disse nada pra ele não, só olhei pra Amanda e comecei a chamar ela que não demorou muito pra acordar, a gente foi desamarrada e seguimos o traste até o banheiro, no caminho vi o quarto onde tinha as armas e estava do mesmo jeito, aberto e com tudo ali, amostra e fácil de pegar.

Eu saio hoje daqui!

A gente entra no banheiro e eu fecho a porta, já abrindo o chuveiro e tirando toda a minha roupa junto com a morena.

Luana: É o seguinte - caminho até a pequena janela que tinha ali e me penduro vendo que só tinha mato e tijolo velho - A gente tem que jogar alguma coisa lá fora pra fazer barulho, e assim que fizer, a gente vai ficar preocupada, ele vai ter que sair daqui, e assim que isso acontecer, eu saio do banheiro e entro no quarto pegando uma arma volto pro banheiro, ficamos em silêncio e assim que ele for entrar, eu atiro nele, me entendeu?

Amanda ficou me encarando por longos minutos, mas eu não esperei ela me responder e já fui pegando o sabonete que estava ali e enrolei muito papel até ficar uma bola dura, fui até a janela outra vez e pedi pra ela me ajudar, me pendurei e mirei bem no tijolo mais quebrado que tinha ali, volto pro chão e balanço a cabeça pra Amanda dando o sinal.

Amanda: Meu deus! - ela grita - Que barulho foi esse?

Luana: Não sei, não sei! - faço a voz mais forçada do mundo e vou até a porta - Moço, além de você, tem mais alguém aqui?

Não tenho a resposta que eu queria, a porta é aberta e eu vejo o cara com fogo nos olhos e com a pistola na mão. Amanda começa a gritar e eu também fingindo surpresa e medo.

- Se vocês saírem daqui, eu mato vocês - ele diz saindo do banheiro e eu espero um pouco indo até a porta.

É agora!

Luana: Se veste... - digo colocando a minha calcinha - Porra, não vai dar tempo, só coloca a calcinha.

A roupa que a gente tava era muito justa, e até colocar iria demorar demais.

Então sem demorar mais, eu saí do banheiro e corri pro quarto que estava com a porta aberta, para a minha sorte. Entrei nele e comecei a olhar cada arma que estava ali, e sem pensar muito eu peguei uma espingarda e um pacote de bala onde estava escrito espingarda, enfio as munições na calcinha e olho para a janela na minha frente, vendo que dava pra parte de trás da casa, caminho até ela e vejo o homem ali, caçando alguém, olho para os lados e logo tomo um susto com ele ali me gritando.

- Vadia! - ele mira a arma pra mim e atira, mas eu desvio e pego a espingarda destravando a mesma e apertando o gatilho sendo o impulso no meu peito.

O tiro pegou no ombro do cara, respirei fundo e sai da janela indo para a porta, antes de sair pego uma pistola na minha frente e volto para o banheiro, vendo Amanda só de calcinha sentada no canto do banheiro.

Luana: Bora Amanda, da tempo de sair da casa! - grito a mesma estendo a mão - Bora porra!

Levanto ela dali e entrego a pistola pra ela que nega com a cabeça.

Luana: Mira e atira, pensa no seu filho - digo puxando ela pelo braço e indo até a porta principal - Amanda, a gente não vai morrer, eu prometo!

Saímos da casa e começamos a correr que nem loucas, eu não tinha noção pra onde ir, então só segui o que vinha na minha mente.

E também não demorou muito pra bala comer solta atrás de nós, e eu parei de andar parando pra atirar no cara que me olhava com sangue nos olhos, as balas de Amanda passavam de raspão por mim, mas nenhuma acertava o cara, por fim, eu consegui atirar no outro ombro dele, xingo vendo ele cair de dor e eu começo a correr com a Amanda outra vez.

Luana: Porra! - caio ali no meio do mato sentindo a minha perna arder - Deita no chão, Amanda!

Amanda se deita e eu começo a soltar bala na direção do cara, Amanda fez o mesmo, mas a arma dela travou junto com a minha, para a minha sorte, sobrou algumas munição dentro da calcinha. Recarreguei a arma e voltei a atirar freneticamente, logo parei vendo que não estava mais recebendo resposta, então só me levantei e fui até Amanda que estava de bruços.

Luana: Vamo - ajudo ela levantar e a gente volta a correr - Tô vendo um...

E ali eu tomo mais um tiro, só que dessa vez nas costas atravessando a barriga, caio no chão outra vez por conta da dor e Amanda pega a arma da minha mão, gritando igual louca ela começa a atirar.

Amanda: Ele caiu, pegou na barri...- ela diz deixando a arma de lado e me encarando - Ei, ei, não dorme, tenta não dormir!

Luana: Me ajuda a levantar - digo já sentindo o gosto de sangue na minha boca - A gente vai sair daqui, vamo embora dessa porra vivas!

Amanda me ajuda e levantar e eu coloco a mão sobre a barriga que tava sangrando muito, morena pegou a arma e a gente foi andando quase se arrastando pro rumo que tava na nossa frente.

Eu não estava mais aguentando, e pra piorar, estávamos cercadas, tudo tinha grade, tudo tinha cadeado, peço pra Amanda mirar em um deles e atirar, mas na hora que ela iria fazer isso, carros e carros pretos começou a cercar o lugar, fechei os olhos engolindo em seco e voltando a olhar pra Amanda.

Luana: A gente vai sair daqui, por bem ou por mal - pego a arma da mão dela e miro para um dos carros, mas minha falta de força não estava deixando.

Nós vamos sair daqui, vamos voltar para cara e continuar a viver como se nada tivesse acontecido.

Eu vou tirar a gente dessa porra!

MalucosOnde histórias criam vida. Descubra agora