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LUANA 🎢

Tava aflita e muito nervosa, com medo de colocar o plano em ação e ele vim caindo pra cima de mim.
Mas uma hora ou outra eu vou ter que fazer isso, né?

Amanda falou que iria me ajudar nesse plano, que iria dar em cima de alguns deles, mas eu disse que não, até porque ela está grávida e muito mal, não que eu não esteja, mas porra, Amanda tá correndo risco de perder o bebê dela.

Luana: Po, queria tanto tomar um banho - digo com a voz arrastada, jogando a cabeça pra trás - Tô me sentindo o próprio bacalhau, podre!

Volto a minha cabeça e olho pra Amanda que estava me encarando, com o semblante cansado, apenas balancei a cabeça pra ela e voltei a falar:

Luana: Qualé gatinho, não tem como a gente ficar assim - chamo a atenção do careca - Libera a gente pra tomar um banho, juro que não vamos fazer nada, quero dizer, nada que você não queira...

O cara nem ligou pra mim, só começou a rir e voltou a mexer no celular dele todo fodido.

Desgraçado.

Amanda: Cheiro de sangue é ruim pra caralho... - sua voz é fraca - Não vai me dizer que você sente tesão nisso.

O careca olhou pra ela soltando uma respiração pesada, levantou do lugar dele saiu dali fechando a porta. Eu contei dez segundos e ele voltou de novo, com duas toalhas na mão e com um sabonete em barra, deixou ali em cima da mesa e veio até nós duas.

- Não quero palhaçada - disse me desamarrando - Pra matar vocês vai ser uma bala só, já tô mandando o papo.

Luana: Fica tranquilo - digo com um sorriso - A gente só quer o banho e a comida.

- Tá folgando demais já - me liberta e eu solto uma respiração.

Amanda é solta e se levanta com cuidado, fazendo cara de dor. Mexo a mão que estava doendo e vejo que tinha um dedo trincado, minhas pernas estavam muito bambas de tanto levar chutes nelas.

O homem deu as toalhas e o sabonete que era de coco, sabonete de lavar roupa, não disse nada pra não levar um murro na cara e só fui seguindo ele junto com a Amanda, a gente subiu um lance longo de escadas e eu pude ver a claridade da janela, já quis logo saber que horas eram e que dia era, mas não perguntei, iria deixar isso pra depois.

Depois de andar pra caralho, a gente foi deixada na frente de um banheiro com a porta quebrada, uma porta de madeira. Entramos e a situação tava crítica, pior que banheiro de rodoviária, mas ali eu fechei a porta com muito custo e liguei o chuveiro deixando a água cair, e já de se esperar, a água estava gelada, mas seria até bom já que estamos muito machucadas.

- Qualé porra! - murros são soltos na porta - Vocês não estão no spa não, caralho!

Amanda me encarou assustada e eu apenas neguei a cabeça pra ela.

Luana: Calma gato, tá muito difícil tirar as roupas nesse estado - digo ainda encarando Amanda nos olhos - Quando a gente estiver saindo, eu aviso.

O cara não me respondeu mais nada, então tirei a minha roupa e ajudei Amanda tirar a dela, começamos a tomar um banho rápido, mas um banho que deixasse a gente limpa. Lavei o cabelo dela e ela o meu, lavei minha calcinha e comecei a torcer ela forte, enrolada no papel pra dar uma leve secada.
Fiz a mesma coisa com a da Amanda e deixei as calcinhas ali em cima da pia, eu não iria lavar todas as peças, somente a calcinha e pronto, o que era essencial.

- Vamo porra!

Olho pra Amanda pegando no seu rosto e dou um beijo na bochecha dela.

Luana: Você tem que confiar em mim - ela começa a negar com a cabeça - Amanda, diz que confia - as lágrimas no rosto dela rolavam sem parar.

- Eu vou arrombar essa porta!

Luana: Vinte segundos! - grito e volto a sussurrar pra Amanda - Eu vi uma sala que fica duas portas depois daqui, nessa sala eu vi armas, e armas de porte grande - mais uma vez ela volta a negar com a cabeça - Amanda, não tem não, ou a gente foge na marra, ou a gente morre aqui sendo abusada - me altero um pouco - Amanda, me escuta caralho, porra!

- Dez... nove...

O homem atrás da porta começa a contar e eu fecho os meus olhos mas logo abro voltando a realidade.

Luana: Você não vai fazer nada demais, mas a gente vai meter o pé daqui - deixo um beijo na testa dela e me assusto com a porta sendo aberta com brutalidade - Que isso amor, nós já tava saindo.

Pego as toalhas e começo a me secar junto com Amanda, que estava com o rosto todo vermelho.

Sei que ela está com medo, eu também estou e não é pouco, mas eu vou fazer de tudo pra gente ir embora daqui, vou fazer de tudo pra meter o pé, e eu não vou sossegar.

MalucosOnde histórias criam vida. Descubra agora