69

126 16 4
                                    

LUANA 🎢

Já se passaram sete meses, Glenda fez oito meses e os gêmeos fizerem dois meses de vida, o tempo passou tão rápido que eu nem tive tempo de pensar em brigar, trabalhar ou até mesmo engravidar de novo. Riquelme começou a jogar em uma escolinha de futebol internacional, vira e mexe ele está viajando com a escolinha para cidades vizinhas ou até mesmo outro estado, e assim, essa fase da minha vida está sendo muito boa, mesmo estando muito cansativo, eu estou amando.

O meu salão, eu deixei nas mãos da Amanda, então eu parei de ir lá, e deixei ela como a minha gerente, então quando eu não estou, ela é a patroa das meninas. Eu quero ao máximo cuidar dos meus filhos, quero participar do crescimento deles, afinal, quem trabalha em salão não para, a todo momento tem gente querendo se arrumar, ainda mais quando o salão é famoso. Então, eu cuido das minhas crias e ainda olho o Juan para a Amanda, e falar neles, Pressão reatou o relacionamento deles, quero dizer, ainda está morno, Amanda não quer voltar com ele totalmente, mas eu conheço muito bem a amiga que eu tenho, e eu sei que ela quer ele.

Luana: Caraca cara, vocês fazem muita bagunça - digo indo até os dois mais velhos, Glenda e Juan pegando a massinha da mão deles e vendo que o meu tapete já tinha virado uma massa de pão.

Os gêmeos estão dentro do chiqueiro deitados, como está tudo muito corrido pra mim, eu tenho que deixar eles perto de mim o suficiente para ficar de olho, afinal, os dois nasceram prematuro, e com isso eles têm uma falha na respiração, e isso me deixa muito preocupada, e esse foi um dos motivos pelo qual eu quis ficar em casa e não voltar a trabalhar.

No dia do parto

Eu nem queria estar aqui na penha, mas como o Murilo é amigo do dono, eu tive que vim, afinal a festa é da mulher do dono daqui. A mulher é a antipatia em pessoa, ela junto com o grupinho de amigas dela não pararam de me olhar desde da hora que eu cheguei, mas como eu não sou nada otária, eu não desviei meu olhar não, pelo ao contrário, eu fiquei mandando beijos e encarando elas até as bonitas pararem de me encarar.

Eu estou grávida, e não doente, eu hei.

Agora estamos aqui, quero dizer, eu estou sentada tomando minha água bem mimosa, enquanto o Murilo está no muro conversando com os parceiros dele. Sinceramente, se eu pudesse meter um tiro no meio da cara de cada um aqui, eu meteria. As monas aqui são todas feias e debochadas, parecem até que colocaram o pateta no cu delas.

Aí, sei que é chato ficar falando da aparência dos outros, mas porra, se elas estão julgando, vão ser julgadas também.

Mas como eu já estava cansada de ficar sentada ali e eu só queria a minha cama, eu levantei da cadeira e fui até o bonitão que estava com um beck enorme na mão, não vou negar que eu fiquei com uma vontade do caralho de dar pelo menos um trago, mas eu me segurei.

Luana: Vamo embora cara, tô morrendo de dor já - meti o k.o pra cima dele, nem com dor eu estava.

Pipa: Marca um dez ai, só vou terminar esse beck e a cerveja - já fiz a minha cara de brava e ele já entendeu e começou a se despedir dos amigos, não de todos, pois ainda tinha alguns dentro da casa.

E ali nós fomos andando pela festa inteira até ele terminar de falar com quase todos, na moral mesmo, era melhor eu ter esperado os dez minutos dele do que ficar andando igual uma sombra atrás.

Por mim, e glória a deus, nós entramos na salinha do Tucano, e só sentir o cheiro dali de dentro, meu sangue já ficou pedindo por aquilo, mas o meu nariz junto com a minha garganta fechou, e ali eu não sei o que deu que eu comecei a passar mal.

O Murilo nem tinha percebido, na verdade, ninguém ali tinha percebido que eu estava sem ar, a única alma abençoada foi um segurança do Tucano que já veio na minha reta e me sentou na poltrona ali dentro, não adiantou muita coisa, mas já chamou a atenção de todo mundo.

Murilo só me olhou assustado e ficou pedindo água pra todo mundo ali ao redor, e enquanto ninguém trazia a bendita da água, o maluco ficou assoprando na minha cara para eu conseguir um ar, mas o bafo de maconha e bebida não estava muito bom, então só me fez enjoar e ficar sem ar mais ainda.

Eu vou morrer desse jeito.

Tucano: Bora sair dessa sala, vamos, vamo! - ele diz pegando no colo e saindo comigo daquela sala, Murilo veio vindo atrás jogando a garrafa e o baseado fora.

Tucano é forte pra caralho, em questão de dois minutos eu já estava no banco de trás do carro dele ou de alguém e ele no banco da frente. Murilo entrou no banco do passageiro e um segurança já veio sentando do meu lado.

Murilo: Da água pra ela! - o carinha levantou minha cabeça e eu abri um pouco da minha boca, mas nada adiantou, pois eu não conseguia engolir a água.

Eu só sei que eu fiquei nessa guerra de tentar respirar até chegar no hospital, e quando chegamos lá, já foram medindo a minha pressão e medindo minha glicose. E como, minha pressão estava em vinte e cinco, e pois isso já foram me levando para a sala de cirurgia.

Eu só conseguia escutar as enfermeiras dizendo que eu teria que parir naquele exato momento, colocaram um aparelho respiratório em mim e ali eu fui recebendo uma atenção especial, a enfermeira respirava comigo conforme eu ia voltando, e só desse jeito eu fiquei "normal" mas mesmo assim eu estava com dificuldade de respirar por completo.

Só sei que eu nunca mais invento uma mentira de que estou com dor ou algo do tipo.

E depois de algumas horas, eu dei a luz aos meus filhos, o parto foi normal, com muita dificuldade mas foi.

Meus filhos tiveram que ficar na maternidade por alguns dias, então eu não amamentei ou segurei eles de primeira, como eles nasceram de sete meses, tudo foi muito difícil, mas graças a deus tudo se estabilizou.

Dias atuais.

Murilo: Nunca vi tanta criança em uma casa só - ele entra na cozinha e me dá um beijo no pescoço - Riquelme te ligou hoje?

Luana: Ligou, o lugar que ele tá é lindo - digo desligando o fogão.

Murilo: Deve ser mesmo, maluco tá jogando em campos do jordão - ele diz me dando um tapa na bunda estralado e saindo dali correndo.

Eu nem me dei o trabalho de xingar ele, afinal, eu estou com saudade disso e além do mais, eu tô em abstinência de sexo, não que a gente não transe, mas eu quero aquele sexo pele com pele, depois dessa minha última gravidez, eu só estou dando com camisinha, mas também não dura meia hora que a gente já tira.

Enfim, eu estou tentando a todo custo não ter outra cria.

Mas deixa eu mandar a real aqui, eu amo minha família, amo a pessoa que eu sou hoje em dia, amo a pessoa que eu divido a cama, amo o meu filho do peito, amo meus filhos de sangue, minha amiga, os amigos do meu filho. Eu amo quem está ficando ao meu redor, eu amo como a minha vida deu uma volta por cima de tudo o que eu passei, eu amo estar onde eu estou agora.

_____

ai manas, estamos quase no final da história.

talvez iremos até o capítulo cem, mas até lá, estou com planos de ir até o setenta ou oitenta.

mas para isso, eu preciso saber se vocês gostam ou não da minha história.

MalucosOnde histórias criam vida. Descubra agora