CAPÍTULO 42

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°▪︎ Ravik Turtschanioff ▪︎°

Encarava aquele humano ou não- humano, era confuso o cheiro dele, mas o fato dele ter dito "MINHA FÊMEA" com tanta propriedade, me fez encarar meu girassol, e então perceber os cheiro deles estava misturado, eles haviam acasalado.
No entanto, isso para mim ou qualquer outro da matilha não significava nada, pois ele teria que se provar digno de ser macho dela, ela não era uma fêmea qualquer, e mesmo que estejam acasalados, eu ainda sou o prometido dela, ainda posso reivindicá-la em um Gealach Fola ou como os humanos chamam Lua Sangrenta.
E ele não pode negar uma luta ou nunca vai ser aceito pela matilha, pelo Alfa, como macho dela!
Uma voz soa de trás dele enquanto algo é arremessado na minha direção.

- PORRA CARA SE COBRE AÍ, TEM GAROTAS AQUI PRESENTES!

Encaro o pano nas minhas mãos, uma camisa, e jogo no chão, dando um sorriso lateral enquanto digo.

- Não preciso das suas roupas, humano! Aqui nós somos livres!

Encaro meu girassol, que tinha um lindo e radiante brilho nos olhos, como eu senti falta disso, como senti falta de olhar nos olhos dela, porém um rosnado ressoa daquele que tinha uma espada pressionada sobre meu peitoral, fazendo meus olhos se voltarem novamente para ele, dou um assobio e logo um dos meus me joga uma bermuda moletom, afasto a espada de mim e me visto enquanto digo.

- Achei que você estivesse morta, meu girassol!

Arte abre a boca, mas o humano, não-humano diz raivoso.

- ELA NÃO É NADA SUA!

Meu sorriso se alargou enquanto nossa matilha se espalhava ao nosso redor e então eu digo.

- E aí que você se engana, ela é minha, minha prometida!

Meu girassol arregalou os olhos, e eu vi aquele humano avançar de forma mais rápida que um humano comum, curioso ele não é humano!
Então... O que ele é?
Mas meu girassol fez um movimento mais rápido se colocando entre mim e essa coisa diante de mim, ela disse encarando ele.

- Não, chega, vocês dois!

No entanto um rosnado alto ressoa entre todos nós, e logo todos da matilha estão se curvando, vejo as mãos da Arte tremerem, enquanto ela diz.

- Esse... Esse cheiro...

Ela se vira bruscamente em busca do cheiro tão familiar de cedro, e lá estava ele, nosso alfa, o pai dela, vejo os olhos do meu girassol cheios enquanto ela corre em disparada até Kraven, que parecia tão atordoado quanto ela enquanto a pega em seus braços, enquanto a abraça com tanta força que parecia que a quebraria, eu entendo ele, para todos nós ela estava morta, assim como nossa Segunda-Alfa, eles expuseram seu corpo, ou pelo menos o que achamos que fosse, Kraven ficou destruído com a perda dela e da mãe dela, e eu me senti desolado também, Arte não era só a minha prometida, era minha amiga, nós crescemos juntos e eu era responsável por ela, me sentia, e sabia que no dia que ela se tornasse Alfa eu seria, seria seu Beta e seu macho.
Arte chorava como quando era menina e algo a assustava, ela tinha medo dos trovões, ouço a voz de Kraven dizer.

- Como? Como você está... Viva?

Lua & CinzasOnde histórias criam vida. Descubra agora