▪︎ Capítulo 38 ▪︎

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°▪︎ Alexander Malcolm ▪︎°

Dei um sorriso lateral enquanto apertava a cintura da minha fêmea, eu ainda tinha tanto que absorver, e tudo tinha caído de paraquedas sobre a minha cabeça em uma proporção assustadoramente difícil de acompanhar!
Digo depois de um longo suspiro.

— Nós acabamos, o tal "acasalamento"?

Ártemis ri discretamente acenando em afirmação enquanto diz.

— Aparentemente sim!

Puxo a respiração lentamente enquanto o corpo dela se separa do meu, meu olhar fica atento a cada detalhe dela, sua pele estava com algumas poucas marcas que já estavam sumindo, aparentemente o processo de cura dela estava funcionando perfeitamente novamente. Arte entra na água e eu a sigo tomamos banho juntos e fazemos sexo mais uma vez, nem parecia que ficamos 5 dias sem nem ao menos fazer uma pausa de verdade além das para mudarmos de posição, nós éramos insaciáveis!
Terminamos nosso banho e voltamos para onde deixamos Niko e a raposa Ágatha, e eu sinceramente não sei bem como explicar ao dois nosso sumiço, mas assim que chegamos até lá ambos nós encaram com uma expressão de cinismo e logo Niko diz com um tom humorado.

— Até que enfim vocês acabaram!

Franzi o rosto e então Ártemis cai na risada me deixando ainda mais em confusão, digo para ela em seus pensamentos.

“Como ele…”

Porém nem terminei a pergunta, Ártemis me deu mais uma de suas lembranças, outra de suas conversas com sua mãe.

“Meu pequeno girassol e tão curiosa, Noturnos não podem estar perto dos outros no período final do acasalamento, pois eles conseguem sentir o que os acasalados estão vivenciando e se o casal acasalado tiver uma conexão tão forte quanto a minha com a do seu pai por exemplo, e insuportavelmente vivido para os outros próximos!”

Encaro Ágatha que logo desviou o olhar para o chão visivelmente constrangida, olho para Niko e ele estava com um sorriso lateral irritante, eu conheço esse sorriso, um sorriso de quem aprontou, vou na direção dele assim que ele faz um aceno com a cabeça. Dou um beijo na cabeça da minha fêmea enquanto digo em sua cabeça.

“Eu já volto!”

Ela só me encara dando um sorriso e um aceno enquanto vai em direção a raposa, vou até Niko que logo se levanta e sai caminhando por dentro as árvores, tudo parecia ter criado uma nova cor para mim, eu estava ligado a tudo a minha volta de forma brutal, e essa sensação esmagadora me fazia puxar a respiração várias e várias vezes, Nikolay para e então diz.

— Eu chupei ela!

Minha expressão deve ter sido estarrecida, pois Niko ri como se estivesse sobrecarregado a dias, ele diz.

— E uma merda, eu sei que é, porque eu odeio os Noturnos e tudo, e sim, as raposas nunca me fizeram mal diretamente, mas já presenciei bem de perto os estragos que elas fazem, porém nada disse parece me importar nesse momento, porque eu não sei que porra está acontecendo comigo, pois não consigo tirar da minha boca ou da minha cabeça porra do gosto da boceta dela!

Pressionei os lábios rindo discretamente, porém isso era algo sério, já ouvi casos de humanos que sucumbiram a loucura por causa das raposas, algo nelas quando se envolvem com alguns humanos dá muito errado e eles perdem a cabeça até chegarem ao ponto de tirar a própria vida, se não conseguirem estar com a raposa dona de sua afeição.
Puxo o ar com força, encarando meu melhor amigo enquanto digo calmante.

— Você precisa se controlar, não quer perder o juízo por causa de uma mulher, não é?

Niko ri mais abertamente enquanto fala com sarcasmo.

— Olha quem fala, o cara que ligou o foda-se por uma!

Ri discretamente enquanto balancei a cabeça em concordância, mas disse logo em seguida.

— Você sabe que é diferente, que eu e ela somos acasalados! Que temos uma ligação mútua!

Niko passa a mão pelos cabelos presos como sempre e diz.

— E eu sei bem, estou nessa situação por saber o quão forte é a relação de vocês!

Mordi a parte inferior dos lábios, ele estava frustrado, mas logo dá um longo suspiro e diz.

— Eu sei que isso também não é sua culpa, mas é que, eu só consigo pensar que quero muito ter aquela laranjinha em meus braços outra vez, e dessa vez de verdade, não só a porra de uma chupada na boceta!

Não consegui por mais que quisesse muito não deixar meu melhor amigo mais puto da vida, eu simplesmente não consegui conter a risada, ele revirou os olhos e bufou baixo, puxo a respiração lentamente para me acalmar e disse segurando seus ombros.

— Você ao menos conversou com ela sobre o assunto?

Niko suspirou outra vez ainda mais frustrado e logo disse.

— Não, isso aconteceu na primeira noite de vocês fora, ela estava com uma fúria luxuriosa animal, me implorando para tocá-la, e depois que o fiz, depois que a chupei como uma criança faminta que se apaixonou ao comer laranja pela primeira vez, ela se acalmou depois que eu a fiz gozar umas 6 vezes, e agora age como se nada tivesse acontecido, e essa porra é totalmente frustrante!

Lua & CinzasOnde histórias criam vida. Descubra agora