CAPÍTULO 13

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MARIANA 

Domingo é dia de preguiça. Tanto eu quanto o Pietro estamos deitados ainda, ele sabe que vamos ao Morumbi hoje, mas não sabe que vamos ver o Calleri.

Levanto um pouco antes do horário do almoço para preparar alguma coisa para almoçarmos.

Pietro gosta muito de macarrão, então fiz um macarrão com queijo e frango desfiado que já tinha pronto. Uma comida rápida e que não suja muito prato, porque eu odeio lavar prato.

Nós almoçamos tranquilamente, e como em toda refeição, ele me faz várias perguntas.

– Mamãe, você viu na minha agenda o que vai ter na escola? – ele pergunta.

– Sim. Uma feira de comidas típicas, não é? – falo.

– Sim. – ele responde empolgado.

– E o que eu vou levar? – ele pergunta.

– Mamãe vai ver direitinho o que você vai levar, viu, não se preocupe. – digo pra ele.

– Que horas nós vamos para o jogo? – ele pergunta.

– Daqui a pouco. – falo.

Depois do almoço nós fizemos a lição de casa dele e assim que ele terminou já dei banho e o arrumei para irmos para o Morumbi.

Chegamos ao estádio era 3h15min, nós ficaríamos em um setor diferente dessa vez.

Ele fica bem ansioso antes do jogo, não para um minuto até o jogo começar.

O Calleri me mandou uma mensagem no DM do Instagram perguntando se já estávamos no Morumbi e eu disse que sim. Ele pediu para eu descer até o gramado que ele vinha só nosso encontro para que ele pudesse ver o Pietro. Fiquei meio receosa, mas acabei indo.

– Vamos até ali, filho. A gente volta nestante. – falo.

– Tá bom, mamãe. – ele fala.

Nós ficamos próximos a grade até eu ver o jogador vindo. O Pietro também viu e olhou para mim com um sorriso de orelha a orelha.

– Mamãe, é o Calleri vindo ali. – ele diz.

– Sim, meu amor. Mas se comporta. – falo.

– Oi, Pietrinho. – Calleri diz.

– Calleri. – ele diz, todo contente.

– Oi, Mariana. Tudo bem? – ele diz me olhando bem nos olhos.

O Calleri tem um olhar bem expressivo, e eu fiquei tão concentrada nele que quase acabei esquecendo de respondê-lo.

– Oi, Calleri. Tudo bem e você? – digo depois de um tempinho, saindo do transe.

– Estou bem. – ele diz com o sotaque argentino.

– Pietro pode entrar comigo hoje? – ele pergunta.

– Você quer ir, filho? – pergunto como se não soubesse a resposta.

– Sim, mamãe. – ele diz.

– Venham, vamos até o vestiário. – Calleri diz.

Fomos seguindo o jogador, quer dizer, eu fui seguindo, porque Pietro ia bem confortável no colo dele.

Assim que chegamos no local onde já tinham outras crianças, o jogador diz que Pietro precisa aguardar junto com as outras crianças, enquanto ele ia no vestiário se arrumar para o jogo.

Pietro fica com as outras crianças, a maioria é mais velha que ele. Eu fico um pouco afastada, mas de onde eu estou dá pra ver tudo.

Estava indo tudo bem até ele vir até mim chorando.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora