MARIANA
Acordei pensativa com o que o meu filho falou ontem à noite.
Ele sente falta do pai, apesar do Jonathan ser bem presente. Quer que a gente more juntos para aproveitar cada momento ao lado do jogador.
Acho que eu vou ter que conversar novamente com meu namorado sobre isso.
Levantei para tomar banho, me arrumar e depois fui preparar o café da manhã do meu pequeno são paulino.
Hoje nós vamos ao Morumbi ver o papai jogar. O jogo vale a classificação para a próxima fase da Sul-Americana.
Mas antes eu tenho um longo dia de trabalho, e Pietro vai pra escola.
Acordei Pietro, e como de costume, ele não queria acordar.
– Mamãe, deixa eu faltar hoje. – ele me pede.
– Amanhã você não tem aula, então hoje você tem que ir. – eu digo e ele já muda o semblante.
– Vou ver meu papai hoje, né?! – pergunta enquanto eu tiro o pijama dele.
– Vai, amor. De noite você vai vê-lo. – eu digo e ele se anima.
– Tá bom. – ele responde.
Nunca vi uma pessoa mudar de ideia tão rapidamente, basta falar uma palavra com três letrinhas: pai.
Dei banho nele, vesti o uniforme da escola e organizei a mochila.
Hoje é mais um dia de comemoração do dia dos pais. Sei que na volta ele vem com alguma coisa para entregar ao pai. E com certeza vai querer levar para o estádio, para entregar lá.
E aí, o pai babão não se aguenta.– Amor, come tudo. – falo pra ele.
Enquanto ele come, eu termino de me arrumar e aproveito para mandar uma mensagem para o Jonathan.
“Bom dia, meu amor. Ótimo jogo, estaremos na torcida por você.” - mando.
Pietro tomava café e cantava distraído a música do pai, só que a versão dele:
“Oh, oh, oh, toca no papai que é gol.”
Gravei sem ele perceber e mandei para o papai.
O Jonathan respondeu rapidamente às mensagens.
Mandou um áudio com aquele sotaque lindo que ele tem.“Amo mucho vocês. Vamos comemorar a vitória bem juntinhos.” – resposta do meu jogador.
– Mamãe, terminei. – meu filho chama.
– Escovar os dentes agora. – eu falo e ele vai para o banheiro.
O ajudo a escovar os dentes, depois passo perfume, a gente pega a mochila e desce.
Entramos no carro e fomos para a escola.
[...]
– Amor, comporte-se direitinho. – eu falo para ele.
– Pode deixar, mamãe. – ele responde e eu lhe dou um beijo.
Segui para o hospital para mais um dia de rotina. Só não sabia o que me aguardava.
Ao estacionar, percebi que não tinham tantos carros no estacionamento.
Entrei na minha sala e Tereza estava sentada na mesa dela folheando uma revista.
– Bom dia, Tereza! – eu falo vendo ela bem tranquila.
– Bom dia, Sra. Calleri. – ela diz me zoando.
– Que tranquilidade é essa? Nunca vi esse hospital desde jeito. – eu pergunto.
– Eu também não. As mulheres resolveram não parir hoje e as crianças resolveram não adoecer. – ela diz e eu rio.
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UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri
FanfictionQuando um certo alguém desperta o sentimento, é melhor não resistir e se entregar.