Espero que esse capítulo tenha muitos votos e comentários 🙏 (Caso tenha, vai ter um capítulo bônus)
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MARIANA
Jonathan quebrou o silêncio e interrompeu minha conversa com Deus ao me fazer uma pergunta.
– Cadê a certidão do Pietro? – me perguntou.
– A minha está aqui, mas ela não vai mais servir de nada porque ele está registrado só com meu nome. – digo e ouvir da minha própria boca isso, dói muito.
– Deixa eu ver, por favor. – ele pediu e eu não entendi o motivo, mas mesmo assim levantei e fui buscar.
Talvez ele queira entrar com alguma ação na justiça, alegando que aquele infeliz sabia da existência do menino e mesmo assim não quis assumi-lo, e com isso, não tem direito de ter o nome constando na certidão, nem tampouco ser pai do meu filho.
Há de ter algo a se fazer para evitar o pior.
Abri a gaveta onde guardo todos os documentos, peguei a pasta com os docs do Pietro, retirei a certidão e entreguei ao argentino.
– Ler para mim, mi amor, minha leitura de português não é tão boa. – ele pede, me devolvendo o papel.
– Ler a certidão? – pergunto.
– Sim. – ele confirma.
– OK! – falo e começo a ler.
Eu estava tão triste, tão sem reação, que comecei a ler no modo automático.
– Aqui a gente tem o nome da criança, o nome dele, do jeito que eu registrei. Pietro Lins de Albuquerque Calleri... Calleri. – repeti o sobrenome do Jonathan inconscientemente, ou pelo menos eu achei que era inconscientemente.
– Filiação: Mariana Lins de Albuquerque e Jonathan Calleri. Jonathan Calleri... – repito a última parte e meus olhos se enchem de lágrimas. Olhei para o Jonathan que estava com aquele sorriso lindo dele.
– Avós: Mário Lima de Albuquerque e Cláudia Lins de Albuquerque. Guillermo Calleri e Bettina Fabri. – continuo lendo e as lágrimas vão vindo.
E, mais uma vez, o que Deus tinha para mim, era maior do que aquilo que eu estava pedindo.
– Eu te disse que ninguém ia tirar nosso filho da gente. Agora, Pietro é meu filho também na certidão de nascimento. – ele fala segurando meu rosto com carinho.
– Jonathan, vou lhe matar. – digo abraçando-o.
Ficamos abraçados um bom tempo, eu ouvia as batidas do coração dele e sentia as mãos dele acariciando minhas costas, tentando aliviar a tensão que eu estava sentindo.
– Você está falando sério? – eu pergunto ainda sem acreditar.
– Claro, amor. O homem que registrou o Pietro no cartório sou eu. – ele diz e me dá um selinho demorado.
Foi inevitável não chorar, talvez essa seja a segunda maior emoção da minha vida, a primeira foi o nascimento do Pietro.
Mas também sinto como se eu tivesse acabado de dar a luz, mas agora sabendo que meu filho tem um pai, um pai presente e amoroso.
– Amor... E por que você não me contou antes? – pergunto em meio as lágrimas.
– Eu estava preparando uma surpresa, mas daí surgiu essa confusão toda, o crápula apareceu lá, a mulher foi falar com seus pais, você desmaiou e eu fiquei preocupado. – ele explica.
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UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri
FanfictionQuando um certo alguém desperta o sentimento, é melhor não resistir e se entregar.