MARIANA
Dia de jogo, na verdade, dia de decisão. Todo mundo está ansioso: Jonathan, Pietro, eu e o resto da torcida são paulina.
Precisamos ganhar por 2 gols de diferença para ir à final. Esse título é muito importante para o time, afinal é o único que ele não tem.
Quero tanto ver o meu namorado sendo campeão, erguendo taça, comemorando... Ele merece muito.
Apesar de ter ficado até tarde aqui e do Pietro tê-lo chamado para dormir, ele não dormiu com a gente. Achei melhor ele ficar tranquilo na casa dele, pois assim não precisava acordar cedo hoje.
Hoje Pietro vai pra escola, ele está melhorzinho, não deu febre e até está se alimentando bem para quem está com a garganta infeccionada.
Na hora do café eu vou conversar bem direitinho com ele, e usar o pai pra convencê-lo a não conversar na escola, pois isso pode afetar sua garganta. Sempre que ele se esforça muito falando, irrita a região e acaba prolongando a doença.
Antes dele acordar, ou melhor, antes de eu acordá-lo, tomei banho e me arrumei.
– Acorda, Callerinho. – apelei.
– Mamãe! – abre os olhinhos aos poucos até se acostumar com a claridade do quarto.
– Hora de acordar e se arrumar para ir pra escola. – digo já puxando o edredom dele.
– Estou com frio. – reclama e eu estranho.
Quando eu toquei sua testa, percebi que estava quente demais.
– Deixa eu colocar o termômetro em você. – levanto, pego o aparelho e coloco embaixo do braço dele.
Depois de um tempinho, o som avisa que a temperatura foi medida e ele está com febre.
Ai meu Deus. Pensei no que fazer e decidi cortar o mal pela raiz. Vou levá-lo ao médico de novo.
– Vamos tomar um banho, amor? – eu o chamo.
– Está frio, mamãe. – ele responde.
– Mamãe vai vestir a roupa então, prometo colocar uma bem quentinha. – digo.
Abri o armário na parte dele, peguei uma calça e uma camisa de mangas compridas.
Troquei a cueca dele, vesti a roupa e depois fomos escovar os dentes.
– Está com fome? – pergunto.
– Não. – responde.
– Come uma banana com granola e mel, igual ao papai. – apelo para o Jonathan mais uma vez.
– Tá bom. – ele cede.
Bendito seja esse argentino nas nossas vidas. Jonathan, te amo por isso e por todos os motivos mais que existirem.
Pietro aprendeu a gostar dessa comida com o pai, e eu achei ótimo.
Cortei a banana, coloquei a granola, o mel e dei pra ele.
Comeu pouco, como eu já esperava, mas pelo menos se alimentou, e é isso que importa.
Comi o que ele deixou no prato, depois escovei os dentes.
[...]
– Meu amor, está com sono? – pergunto ao meu filho depois de acomodá-lo na cadeirinha dentro do carro.
– Um pouco, mamá. – responde me chamando de "mamá", assim como o pai fala.
Aproveitei para mandar uma mensagem para Tereza avisando que ia faltar ao trabalho para levá-lo ao médico.
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UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri
FanfictionQuando um certo alguém desperta o sentimento, é melhor não resistir e se entregar.