CAPÍTULO 96

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CALLERI

A frase que a Mariana falou ficou martelando em minha cabeça depois que ela entrou no quarto e me deixou só.

Ela tinha razão, ela só estava pensando em mim, pois sabia que se eu jogasse mal a torcida ia implicar comigo. E provavelmente, isso ia acontecer porque eu ia ficar bem preocupado.

Entrei no quarto, me ajoelhei do lado que ela estava e comecei a falar.

- Me perdoa? - eu pergunto e ela vira para me olhar.

- Vamos sair! - responde, se levantando e saindo do quarto.

- Me perdoa, amor! - eu peço novamente, assim que a gente chega a sala.

- Jonathan, eu só te escondi porque amo você e não queria que em um dia importante como hoje, você ficasse preocupado e depois fosse cobrado pela torcida. Eu não quero o seu mal nunca. Poxa! Você é o homem da minha vida, é o pai do meu filho. - ela diz um pouco triste e isso faz eu me sentir pior.

- Perdão, meu amor. Eu fiquei louco quando soube que ele passou o dia doente. Você me perdoa? - perguntei mais uma vez.

- Claro! Eu te amo. - ela diz e me dá um beijo em seguida.

– Desculpa pela minha reação. É que quando o assunto é o nosso bebê, eu fico preocupado. – tento me justificar.

– Eu nunca vou te esconder nada dele, nada. Clara que eu ia te contar, mas ia esperar o fim do jogo para fazer isso. – ela explica.

- Desculpa, mi amor. Vamos vê-lo agora? - a chamo.

- Vamos! - ela responde.

Entramos no quarto, Pietro estava quietinho.

- Vou acordá-lo para poder dar o remédio dele. - minha namorada diz.

- Eu acordo, pode deixar. - falo.

Enquanto eu chamava o garoto, a mãe foi buscar o remédio.

- Filho, acorda, meu amor. - o chamo.

Se em dias normais ele já gosta de dormir, imagina doente?!

- Pietro, você precisa tomar o remédio para ficar bom, meu amor. - digo e só então ele abre os olhos.

- Oi, pai. - diz sonolento.

- Oi, meu pequeno. - respondo.

- Estou com frio. - reclama.

- Vem cá que papai te abraça. - o chamo.

Me ajeitei na cama e o coloquei no meu colo, enrolado com o cobertor.

- Cadê minha mãe? - ele pergunta.

- Foi buscar seu remédio e já vem. - eu respondo.

A porta do quarto foi aberta e Mariana entrou com o remédio e um chá.

- Mamãe! - Pietro fala.

- Oi, meu príncipe. Mamãe trouxe remédio e chá para você beber e ficar bom logo. - ela fala se aproximando.

- Toma, bebe o remédio. - entrega o copo e ele bebe fazendo careta. O remédio tem um gosto horrível, mas ele não deu trabalho.

- Eca! - meu filho diz assim que termina, fazendo a gente rir.

- Bebe o chá agora, meu amor. - Mariana entrega o copo.

- Quer que eu te dê? - pergunto e ele concorda. Já a mãe, discorda, porque acha que é dengo demais.

Ele se apoiou em mim e eu segurei o copo para ele beber.

- Amor... - Mariana diz.

- É só cuidado e carinho. - me defendo.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora