CAPÍTULO 52

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CALLERI

Domingo pós jogo, eu ainda não tinha esquecido a derrota, mas pelo menos hoje tenho ótimas companhias para passar o dia.

Acordei e só tinha eu na cama, como era o que estava mais cansado, eles me deixaram dormir até mais tarde.
Levantei e eles estavam na sala vendo TV: Mariana, Pietro e Luiza.

– Bom dia ou boa tarde? Não sei que horas são. – falo e Pietro vem me abraçar.

– Oi, filho. Que saudades de você. – falo enchendo ele de beijo.

– Eu estava esperando você acordar, você demorou. – ele fala e eu rio.

– Papai estava muito cansado, por isso dormiu bastante. – eu explico.

– Você já vai embora? – ele pergunta e eu vejo a ansiedade em seu olhar.

– Você quer que eu vá embora? – respondo com ele ainda no meu colo.

– Não, quero que você fique o dia todo aqui. – ele diz com um sorriso que me convence a fazer qualquer coisa.

– Então eu fico. – falo e ele comemora.

O coloco no chão e vou até o sofá.

– Oi, meu amor. – dou um beijo em Mariana.

– Oi, Luiza, tudo bem? – cumprimento minha cunhada.

– Oi, Calleri, estou bem e você? – ela pergunta.

– Cansado, mas bem. – falo.

– Jonathan, quer tomar café ou esperar o almoço? – Mariana pergunta.

– Vou esperar o almoço. – falo.

Minha cunhada ia sair com as amigas da faculdade para almoçar fora, então perguntei a Mariana se ela também não queria almoçar fora, mas ela disse que preferia fazer um almoço em casa mesmo, pois queria conversar comigo sobre o aniversário do Pietro.

Decidimos fazer uma lasanha, quer dizer, eu ia só ajudar, porque não faço ideia de como se faz. Ela foi me dando as coordenadas e eu fui fazendo o que ela me pedia.

Entre cortar cebola e tomate, mexer molho e olhar o recheio, eu ganhei beijos dela. Acho que eu não teria essa recompensa no restaurante.

Pietro estava assistindo desenho animado na TV e pelo jeito estava bem divertido, porque era cada risada que ele dava.

– Isso dá trabalho. – comento quando vejo ela montando a lasanha.

– Um pouco. Mas eu já me acostumei, minha mãe sempre faz na pousada. – ela responde.

– Depois eu quero que você me fale mais sobre seus pais, viu?! – eu peço.

– Pode deixar. – ela responde com um sorriso.

– Ainda quer ajuda aqui? – pergunto.

– Não. Já estou quase terminando. – ela diz colocando mais uma camada de molho.

– Então vou dar banho naquele mocinho ali. – falo apontando para o Pietro e ela apenas sorri.

– Filho, hora de tomar banho. – eu falo chamando-o.

– Espera terminar o desenho. – ele pede.

– Você já assistiu demais, é hora do banho para depois almoçar. – eu falo sério.

– Tá bom. – ele fala chateado.

Entrei com ele no banheiro e ele estava chateado comigo. Não disse mais nada, quando a gente for para o quarto vestir a roupa, eu conversarei com ele.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora