CAPÍTULO 28

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CALLERI

Chegamos na rua do prédio onde eles moram. Eu só achei vaga um pouco mais a frente, deixei o carro e voltei a pé.

– Você demorou, Calleri. – Pietro diz ao me ver.

– Demorei a achar uma vaga para estacionar. – justifico.

– Vamos entrar. – Mariana diz.

– Quer vir no colo de novo? – pergunto ao Pietro.

– Quero. – ele fala abrindo os bracinhos e eu o pego.

Chegamos até o apartamento deles, Mariana abriu a porta e eu entrei com o Pietro e o coloquei no chão.

– Para o chuveiro agora, mocinho. Você precisa de um banho. – a mãe fala.

– Já vou. Calleri, não vai embora. – ele fala olhando para mim.

– Não vou, campeão. – o tranquilizo.

– Vou ligar o chuveiro pra você. – Mariana diz.

Eles entram no banheiro e eu fico esperando na sala. Logo depois, Mariana volta só.

– Vou lá ajudá-lo no banho, volto nestante, fica à vontade. – Mariana fala vindo me dá um beijo.

Me pegou de surpresa o beijo dela, mas eu amei, isso é um bom sinal.
Depois que o Pietro voltou do banho, nós ficamos na sala assistindo TV.
Mariana tinha ido tomar banho também, imagino o quanto ela está cansada.

Minutos depois, ela voltou para a sala vestindo uma espécie de pijama, era azul, uma calça e uma blusa, nada chamativo, porque não faz o estilo dela, mas ela continua lindíssima. Fiquei olhando para ela até ser despertado por uma pergunta.

– Jonathan, fica pra jantar com a gente? – ela pergunta.

– Não vou atrapalhar? – pergunto, esperando que ela diga não.

– Não. Mas a janta vai ser bem simples. – ela diz.

– Não tem problema. – respondo.

Ela fica na cozinha, enquanto Pietro e eu continuamos assistindo TV.

Ele ficou o tempo todo agarrado em mim, e eu fui fazendo carinho nele. Estava com muita saudade dele, de ficar assim, juntinho, recebendo esse amor puro.

Depois de um tempo, a mãe dele nos chamou para dizer que estava pronto.

– Tentei fazer um cachorro-quente. – ela diz e a gente se senta à mesa.

– Filho, você vai comer tudo, viu?! – ela fala em seguida.

– Vou! Coloca bastante molho. – ele diz e a gente rir.

Depois do jantar a gente sentou no sofá pra assistir novamente. Não tinha muito o que inventar, principalmente porque o Pietro tinha dado febre por muito tempo.

Eu fiquei com medo porque da última vez tinha sido assim, e no fim eu estava indo embora.

– Que filme vamos ver? – Mariana pergunta.

– A fuga das galinhas. – Pietro diz.

– Jonathan, algum problema com esse filme? – Mariana me pergunta rindo.

- Eu não, problema nenhum. – eu respondo rindo também.

– Então vamos ver como é essa fuga. – Mariana diz.

O filme, apesar de ser infantil, tem uma crítica social interessante. Só que às crianças, obviamente, não enxergam isso.

O Pietro não conseguiu ficar até o final do filme acordado, dessa vez a mãe dele o levou para o quarto e eu fiquei na sala.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan CalleriOnde histórias criam vida. Descubra agora