CAPÍTULO 39

1.4K 87 66
                                    

MARIANA

Pietro dormiu enquanto "lia" para o Jonathan. Esse apego dos dois é lindo, se o jogador não fosse boa pessoa, meu filho não agiria assim, e isso me deixa bem tranquila.

Saí do quarto e deixei os dois à vontade. Aproveitei para tomar banho e comer alguma coisa. Quando voltei
para o quarto, o argentino estava dormindo também. Dessa vez não vou acordá-lo, eles estavam tão lindos dormindo juntos.

Eu tirei o tênis do Jonathan e o acomodei melhor na cama, mas nesse momento ele acordou.

– Desculpa! Dormir, de novo. – ele diz rindo.

– Dorme em paz. Só estava tirando seu tênis para você ficar mais confortável. – falo.

– Obrigado! – ele diz sorrindo para mim.

Ah, esse sorriso, esse homem... Ainda passo mal com ele.

Ele se ajeita na cama e volta a dormir. Eu não estava com sono, por isso voltei pra sala e fui olhar as redes sociais.

A luz do visor do celular fez meus olhos pesarem, e eu resolvi me deitar. Mas justamente quando eu ia fazer isso, toquei no braço do Pietro e o achei muito quente. Coloquei a mão na testa dele e conformei minhas suspeitas. Ele estava ardendo em febre.

Decidi acordar o Jonathan, precisava dele para levar o menino ao pronto-socorro, tinha de saber o motivo da febre. Dessa vez não era emocional, ele passou esses dias todos com o jogador, fez várias coisas junto com ele. Provavelmente deve ser virose. E virose precisa de tratamento.

– Jonathan, acorda. – falo sacudindo o jogador.

– Oi. – ele diz sonolento.

– Pietro está ardendo em febre, você me acompanha até o pronto-socorro? – pergunto.

– Claro. Vamos! – ele fala se levantando.

– Vou trocar a roupa dele e a gente vai. – falo.

Visto uma roupa no Pietro e por precaução, coloco algumas coisas em uma mochila, não sei o que vai acontecer durante a madrugada.

Jonathan pega Pietro no colo e a gente desce. Assim que avistamos o primeiro pronto-socorro no caminho, o argentino para.

Entramos no local, e pela movimentação, ia demorar bastante. Tem outras crianças aguardando atendimento.

Eu faço a ficha e a gente espera na recepção. Pietro não chora, mas está bem sonolento.

– Vai ficar tudo bem, meu amor. – falo fazendo um carinho nele que está no colo do argentino.

Olho para Jonathan e ele está tão preocupado quanto eu, minha vontade é de agarrá-lo, beijá-lo e dizer:

"Por que eu não te encontrei antes? Por que você não é o pai do Pietro?".

A todo instante ele dava beijo na testa, fazia cafuné...

– Quer vir no colo da mamãe, meu amor? – pergunto para poder dar um descanso ao jogador, mas meu filho nega.

– Deixa o Jonathan descansar um pouquinho, meu filho. – eu falo tentando convencê-lo.

– Fica tranquila, deixa ele aqui comigo. – o argentino diz e eu apenas concordo com a cabeça.

Não ia insistir, ia ser inútil. Pietro não quer sair e o Jonathan não quer que ele saia.

Já tinha uma hora que a gente estava esperando e nada dele ser atendido. Eu estava impaciente, mas não podia fazer mais nada.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora