CAPÍTULO 31

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MARIANA

Tinha chegado do hospital no horário de sempre. Pietro ainda estava com o Calleri, eles iam comer pizza. Não posso nem imaginar a alegria dele essa tarde.

O Calleri está sendo incrível com ele, tem cumprido muito bem com o que prometeu. Está se esforçando bastante para ser presente na vida do meu filho e eu não tenho nem como agradecer, só espero que depois eu não me arrependa.

Por agora, não vou pensar nisso, vou deixá-lo aproveitar bastante.

Quando era mais ou menos 19h, recebi uma ligação do Calleri dizendo que estava na portaria com o Pietro. Então eu desci para buscar o menino.

– Oi, Calleri. – digo ao encontrá-lo.

– Oi, Mariana. Boa noite! – ele responde.

Ele me entrega o Pietro que está dormindo e me dá também a mochila e uma sacola com livros.

– Comprei esses livros pra ele, li quase todos já. – Calleri diz.

– Muito obrigada, Calleri. – agradeço.

– Por nada. Tenham uma boa noite. –
ele diz.

– Você também. – eu falo e ele entra no carro para ir embora.

Eu subi com o Pietro. Já no apartamento, eu tive que acordá-lo, porque o último banho dele foi de manhã, antes de ir pra escola.

– Meu amor, vamos tomar um banho rápido, depois você volta a dormir. – eu falo, mas ele não me responde nada.

Ele acorda cambaleando, eu o levo até o banheiro, dou um banho quente e rápido, visto um pijama e ele volta a dormir.

Saí do quarto, preparei um misto quente e um suco para jantar e me sentei no sofá pra ver TV. Como faz parte da rotina, esperei minha irmã chegar e só então fui dormir.

No outro dia cedo, acordei, tomei banho e preparei o café da manhã. Depois fui acordar o Pietro. Ele demorou bastante para levantar, certamente o dia anterior tinha sido bem cansativo, mas eu duvido ele estar arrependido.

– Bom dia, meu amorzinho. – falo.

– Bom dia, mamãe. – ele fala esfregando os olhos.

– Vamos tomar banho, você tem que ir para a escola. – falo.

– Não queria ir hoje, queria dormir mais. – ele diz.

– Não pode faltar à escola. – falo.

– Calleri vai me buscar hoje? – ele pergunta.

– Acho que não, meu amor. – respondo.

– Ontem foi tão legal. – ele diz.

– Depois eu quero que você me conte tudo, mas agora vamos para o banheiro. – eu digo.

Dei banho nele e vesti o uniforme. Calcei o tênis e ele foi para a cozinha tomar café.

– Ontem eu não consegui comer sozinho. – ele fala e eu estranho.

– Por que, meu amor? – pergunto.

– O garfo era pesado e eu não conseguia pegar a comida. – ele diz.

– E você ficou com fome? – pergunto, preocupada.

– Não. O Calleri me colocou no colo dele e me ajudou. – ele fala e eu não pude evitar um sorriso.

– Ele também leu a história do Gildo para mim, eu gostei bastante. Você pode ler para mim hoje de novo? – ele pergunta em seguida.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora