CAPÍTULO 83

523 63 42
                                    

MARIANA

Estava esperando os dois chegarem para podermos almoçar.

Reservei uma mesa no mesmo restaurante que a gente foi no dia que o Jonathan perguntou ao Pietro se ele o aceitava como pai. É um lugar bem aconchegante e o nosso filho pode aproveitar a área para crianças.

Se bem que ele deve estar cansado do "treino".

Jonathan chegou à portaria e me mandou mensagem avisando. Peguei minha bolsa, tranquei o apartamento e desci.

Abri a porta de trás do carro para dar um beijo no meu filhote.

- Mamãe. - ele fala ao me ver.

- Oi, meu amorzinho. - digo e dou um beijo em sua bochecha.

- Senti saudades. - ele diz.

- Também senti saudades de vocês, meu amor. - eu falo.

Saí do banco de trás e entrei no banco da frente.

- Oi, meu argentino. - digo e lhe dou um selinho demorado.

- Está muito linda. - ele me elogia e eu sorrio em resposta.

Seguimos para o restaurante e durante o trajeto, meu filho foi me contando como foi a manhã dele no CT.

- Arbolenda disse que eu sou o cara. - fala empolgado.

- Você é o cara mesmo. - Jonathan concorda.

- O Rafinha tirou foto comigo. - ele diz.

- Foto com o capita, que legal. - eu respondo.

- E o que mais você fez? - pergunto em seguida.

- Fiz gol no papai. - responde rindo.

- Tomei vários gols do artilheiro aí. - o pai confirma.

- A base vem forte. - eu brinco e o camisa 9 ri.

Chegamos ao restaurante, fomos decepcionados e nos direcionaram para nossa mesa.

- Só lembranças boas daqui. - Jonathan diz.

- Sim. - concordo com ele.

- Pai, posso brincar um pouco? - Pietro pede e Jonathan assente.

Ele sai para a área dos brinquedos e nós sentamos para fazer os pedidos.

- Vai querer algo alcoólico? - meu namorado pergunta.

- Não. Quero suco. - respondo.

- Dois sucos de manga. - ele pede.

Até o Jonathan já acostumou a tomar suco de manga, tudo isso por conta do Pietro.

- Depois peço o do mocinho, quando ele voltar. - eu falo.

- Não sei onde ele acha tanta energia. Brincou bastante no CT. - o pai comenta e eu concordo.

- Daqui a pouco ele vem, o sono vai bater. - eu falo.

- Ele precisa almoçar primeiro, tomou café cedinho e depois só comeu uma maçã e tomou uma garrafa de água de coco que eu dei. - Jonathan diz.

- Ele te deu trabalho? - pergunto curiosa para saber como ele se portou na Barra Funda.

- Ele não dá trabalho, é muito comportado. - o pai elogia.

- Puxa saco do Pietro. - digo negando e ele ri.

O garçom traz nossos pedidos e nesse momento, Pietro volta todo suado.

- Estou com fome. - reclama.

- Vem cá. - o pai chama e ele senta no colo.

- Você quer o que? - Jonathan pergunta.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora