CAPÍTULO 84

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CALLERI

Dia de clássico sempre dá aquela adrenalina na gente. É ganhar ou ganhar, o lema é esse.

Pietro hoje vai entrar comigo e ele sempre me dá muita sorte.

Se eu fizer gol no jogo de hoje, vou dedicar a ele.

Cheguei ao CT  no horário determinado pelo clube. Ainda não tinha falado com minha família, eu sempre ligo ou mando mensagem.

Aproveitei que o pessoal ainda não tinha chegado e mandei mensagem para eles: meus pais e minha mulher.

"Vamos chegar mais cedo, Pietro está animadíssimo para entrar com você. Te amamos." – Mariana respondeu à minha mensagem.

Eu agradeço todos os dias por tê-los em minha vida.

Minha mãe também respondeu à mensagem, disse que em breve eles virão novamente, pois estão com saudades do neto. Agora eles tem mais um motivo para voltarem sempre ao Brasil.

O restante do elenco foi chegando e nós nos juntamos com a comissão técnica para almoçar.

– E aí, toca no Calleri que é gol! – Arboleda me zoa.

– Oi, Arbolenda. – retribuo a zoação e ele rir.

– Pronto para deixar um monte de gol nos caras?! – ele pergunta.

– Sempre. – digo rindo e com muita modéstia.

– É isso aí. – o zagueiro responde.

Todo mundo colocou seu almoço e voltou para sentar nos lugares ocupados anteriormente.

Conforme cada um foi almoçando, nos dirigimos a sala dê reunião para ouvir a fala da comissão técnica.

Essa parte é rápida, e logo após nós fomos para o ônibus.

No ônibus, abri a conversa com a Mariana e tinha várias fotos do meu filhote com o uniforme do São Paulo.

“Lindo, meu amor.” – mandei na mensagem.

Chegamos ao Morumbi e a torcida nos esperava na entrada do estádio fazendo a maior festa.

Jogo de torcida única, então o estádio estará lotado com a nossa torcida.

Entramos no estádio e fomos para o vestiário, faltava exatamente uma hora para o início do jogo.

Subimos para o gramado, para fazer o aquecimento. Na volta para o vestiário, mandei mensagem para Mariana e ela disse que já estavam no estádio, e que daqui a pouco estariam indo para o espaço onde as crianças esperam.

Nos preparemos para entrar em campo, trocamos o uniforme, fizemos a oração e fomos para o corredor de acesso ao gramado.

– Papai! – ouço Pietro dizer para a mãe dele.

– Oi, filhote. – digo e ele vem me abraçar.

– Oi, mi vida. – falo baixinho para Mariana e ela apenas ri.

Voltei para a fila com o Pietro e a gente subiu o campo.

– Pai, você vai fazer gol para mim? – meu filho pergunta assim que acaba o hino.

– Se der, o papai faz. – eu falo pra ele.

– Tá bom, te amo muito. – ele diz e eu lhe dou um beijo na testa.

– Sua mãe está te esperando. – falo e ele sai correndo.

Mariana o pega no colo e ele diz alguma coisa que a fez rir.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora