CAPÍTULO 47

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CALLERI

Fui buscar o Pietro na escola e do carro fizemos uma chamada de vídeo para a Mariana, foi rapidinho porque senão eu chegaria atrasado no treino. Entreguei ele à tia e disse que à noite voltaria.

De lá, fui para o CT, por sorte não cheguei atrasado. Como ainda estava me recuperando, meu treino começava com fisioterapia e depois eu fazia alguns exercícios leves em campo.

Encontrei com o Luciano e a gente começou a conversar. Há dias nós não conversávamos.

– Jony, que felicidade é essa? – ele me pergunta.

– Estou namorando. – respondo.

– Com a mãe do garotinho? – ele pergunta surpreso.

– Sim. Com a mãe do meu filho. – eu digo e é aí que ele fica mais espantado.

– Assumiu o Pietro? – o camisa 10 pergunta.

– Sim. Ele agora tem um pai. – eu digo.

– Cara, estou sem palavras. – meu amigo diz.

– Você desaprova minha atitude? – pergunto porque estranhei a reação dele.

– Não! Pelo contrário, estou orgulhoso de você. – ele diz e eu respiro aliviado.

– Obrigado, irmão. – digo.

– Você o ama muito e ele te ama também. O que tem de errado nisso?! Nada! – ele diz e eu fico em silêncio.

– Parabéns, irmão. E vamos combinar uma saída com nossas crianças. – meu amigo diz.

– Obrigado!! Vamos sim. Eu quero muito trazer o meu pequeno aqui para ver o treino. – falo.

– Ele vai amar. Traz sim. – Luciano diz.

Encerramos a conversa e fomos treinar.

A tarde inteira foi assim, muito treino e exercícios pesados, quando acabei, tomei uma chuveirada rápida e voltei pra casa.

Já em casa, tomei um banho demorado para aliviar um pouco do cansaço, depois me vestir e saí. Primeiro, passei em um supermercado e comprei algumas coisas para levar para meu filho. Depois de passar as compras, coloquei no carro e segui o trajeto.

Alguns minutos depois eu estava estacionando na rua do prédio. Mandei mensagem pra Mariana autorizar minha subida e assim ela fez. Peguei as compras e subi.

Toquei a campainha duas vezes e o Pietro abriu para mim.

– Filho! – falo como se a gente não tivesse se visto hoje.

– Oi, Calleri. Entra. – ele fala todo educadinho.

– E meu beijo? – falo colocando as sacolas no chão e ele vem me abraçar e me dá um beijo no rosto.

– Cadê sua mamãe? – pergunto.

– Está no quarto. – ele responde.

– Você me ajuda a guardar essas coisas? – pergunto.

– Sim. – ele diz empolgado.

Enquanto nós guardamos as compras, Mariana chegou na cozinha e me deu um abraço por trás.

– Oi, meu amor. – digo me virando e ela me dá um selinho.

– Vocês tão fazendo o quê? – ela pergunta.

– Guardando as coisas que o Calleri trouxe. – Pietro respondeu.

– Não precisava. – ela respondeu.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora