CALLERI
Fui buscar o Pietro na escola e do carro fizemos uma chamada de vídeo para a Mariana, foi rapidinho porque senão eu chegaria atrasado no treino. Entreguei ele à tia e disse que à noite voltaria.
De lá, fui para o CT, por sorte não cheguei atrasado. Como ainda estava me recuperando, meu treino começava com fisioterapia e depois eu fazia alguns exercícios leves em campo.
Encontrei com o Luciano e a gente começou a conversar. Há dias nós não conversávamos.
– Jony, que felicidade é essa? – ele me pergunta.
– Estou namorando. – respondo.
– Com a mãe do garotinho? – ele pergunta surpreso.
– Sim. Com a mãe do meu filho. – eu digo e é aí que ele fica mais espantado.
– Assumiu o Pietro? – o camisa 10 pergunta.
– Sim. Ele agora tem um pai. – eu digo.
– Cara, estou sem palavras. – meu amigo diz.
– Você desaprova minha atitude? – pergunto porque estranhei a reação dele.
– Não! Pelo contrário, estou orgulhoso de você. – ele diz e eu respiro aliviado.
– Obrigado, irmão. – digo.
– Você o ama muito e ele te ama também. O que tem de errado nisso?! Nada! – ele diz e eu fico em silêncio.
– Parabéns, irmão. E vamos combinar uma saída com nossas crianças. – meu amigo diz.
– Obrigado!! Vamos sim. Eu quero muito trazer o meu pequeno aqui para ver o treino. – falo.
– Ele vai amar. Traz sim. – Luciano diz.
Encerramos a conversa e fomos treinar.
A tarde inteira foi assim, muito treino e exercícios pesados, quando acabei, tomei uma chuveirada rápida e voltei pra casa.
Já em casa, tomei um banho demorado para aliviar um pouco do cansaço, depois me vestir e saí. Primeiro, passei em um supermercado e comprei algumas coisas para levar para meu filho. Depois de passar as compras, coloquei no carro e segui o trajeto.
Alguns minutos depois eu estava estacionando na rua do prédio. Mandei mensagem pra Mariana autorizar minha subida e assim ela fez. Peguei as compras e subi.
Toquei a campainha duas vezes e o Pietro abriu para mim.
– Filho! – falo como se a gente não tivesse se visto hoje.
– Oi, Calleri. Entra. – ele fala todo educadinho.
– E meu beijo? – falo colocando as sacolas no chão e ele vem me abraçar e me dá um beijo no rosto.
– Cadê sua mamãe? – pergunto.
– Está no quarto. – ele responde.
– Você me ajuda a guardar essas coisas? – pergunto.
– Sim. – ele diz empolgado.
Enquanto nós guardamos as compras, Mariana chegou na cozinha e me deu um abraço por trás.
– Oi, meu amor. – digo me virando e ela me dá um selinho.
– Vocês tão fazendo o quê? – ela pergunta.
– Guardando as coisas que o Calleri trouxe. – Pietro respondeu.
– Não precisava. – ela respondeu.
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UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri
FanfictionQuando um certo alguém desperta o sentimento, é melhor não resistir e se entregar.