CAPÍTULO 63

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MARIANA

Mesmo com o Jonathan conversando com o Pietro e dizendo a ele que logo que chegar vem vê-lo, assim que entramos no apartamento ele começou a chorar muito.

Eu acho muito lindo isso. Não ver meu filho sofrer, mas ver o quanto ele e o Jonathan são apegados.

Sentei com ele no sofá e coloquei o celular para gravar, comecei a fazer perguntas e teve um momento que eu não consegui segurar o riso. Pietro, antes do Jonathan entrar nas nossas vidas, amava ver o São Paulo jogando. Ele continua gostando, mas agora prefere que o pai fique perto. Prioridades, né?!

O abracei depois do vídeo e ele já estava mais calmo.

- Vamos tomar banho agora, mocinho? - falo e ele me olha com preguiça.

Dei banho nele e depois vesti a roupa. Ele sentou no sofá para ver TV e eu fui para a cozinha fazer o almoço.

Na cozinha, vi que tinha mensagens do Jonathan: um áudio para o Pietro e uma mensagem para mim. Respondi as mensagens dele, e coloquei o celular de lado.

Resolvi fazer uma carne de panela com arroz, comida de uma panela só. Coloquei a carne para cozinhar e fui cortar cenoura e batatinha, depois que a carne deu uma pré-cozida, acrescentei as verduras.

Quando as verduras estavam "ao dente", acrescentei o arroz e deixei até que tudo estivesse pronto. Enquanto a comida não ficava pronta, eu fui tomar banho também.

Minutos depois, já estávamos sentados à mesa para almoçarmos e depois de tanto choro, agora ele estava rindo.

A tarde passou tranquilamente, meu filho dormiu bastante e eu aproveitei para adiantar o serviço da casa.

DOMINGO

Acordei cedo para terminar a limpeza da casa, minha irmã estava em casa e ia me ajudar, assim terminaremos mais cedo.

Eu tinha lavado todas as roupas ontem a tarde, então hoje era somente a casa. Dividi as tarefas com a Luiza e antes do meio-dia já tínhamos terminado.
Pietro acordou e foi logo perguntando pelo jogo do São Paulo. Apesar da revolta pelo pai ter que ir em todo jogo, ele ama ver o time jogar e ama ainda mais ver o Jonathan jogar.

- O jogo é só mais tarde, meu amor. - falo para ele que tinha acabado de acordar.

- Quero ver meu pai jogar. - ele diz.

- Você vai ver, daqui a pouco. - digo.

- Mas você precisa tomar banho primeiro, né?! - Luiza diz.

- Isso mesmo. - concordo com minha irmã.

- Tia Lulu vai te dá banho. Vamos?! - ela o chama e ele acompanha.

Enquanto isso, eu providenciava o almoço para nós três. Dia de domingo dá uma preguiça de fazer qualquer coisa, a vontade é de ficar deitada o dia todo.

- Prontinho. Um torcedor são paulino pronto para ver o jogo. - Luiza diz ao sair do quarto com o Pietro.

- O são paulino mais lindo do mundo. - digo.

- Quero ver meu papai. - Pietro diz impaciente.

- Vai ver, meu amor. - digo para o ansioso.

Almoçamos com o ansioso perguntando a todo instante se faltava muito para começar o jogo. Se o jogo não começasse logo, eu não teria paz.
Duas horas depois, finalmente chegou a hora do jogo. Como tradição, pipoca, suco e um garotinho cantando.

Dessa vez eu fui pega de surpresa, ele passou a cantar "toca no papai que é gol", ao invés de "toca no Calleri que é gol". Não sei quem foi que ensinou, o Jonathan com certeza não foi, ele é bem modesto, modesto até demais.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora