CAPÍTULO 99

286 52 12
                                    

MARIANA

Alguns dias depois...

Hoje tem o sorteio do mando da final da Copa do Brasil e nós estamos torcendo para que o segundo jogo seja aqui, no Morumbi.

Jonathan vai me enlouquecer de tanto que fala no jogo do Rio. Já perdi as contas de quantas vezes eu disse a ele que nós estaremos lá, mas ele não sossega.

Falando nele, ele está no Rio para o sorteio. Ele, o Rafinha e o técnico estão representando o Tricolor.

O primeiro jogo da final será dia 17/09 e o segundo dia 24/09, um dia depois do aniversário do argentino.

Antes de entrar no hospital, mandei uma mensagem para o atacante dizendo a ele que ia dar tudo certo e que nós o amamos muito. Após isso, guardei o celular e fui para minha sala.

- Bom dia, Tereza! - cumprimento minha chefe.

- Bom dia, Mari. Como você está? - ela pergunta.

- Surtando. - digo rindo.

- O que aconteceu? - ela pergunta.

- Um ser humano que atende por nome de Jonathan Calleri. - digo e ela rir.

- Ahh!! É a história da viagem para o Rio? - Tereza pergunta.

- Sim. Mas hoje isso tem fim. Mais tarde tem o sorteio dos mandos, e tomara Deus que o segundo jogo seja aqui para sossegar o argentino de vez. - digo.

- Ele e você também. - ela fala e eu concordo.

Encerramos o assunto e focamos no trabalho. Hoje eu tenho alguns relatórios para entregar ao diretor. E como o hospital estava aparentemente tranquilo, foquei nisso.

Tereza foi fazer os atendimentos externos, ver como está a situação da sala de espera da maternidade.

Depois de duas horas, terminei os dois relatórios e fui entregar na sala do diretor. Na volta, esbarrei com a Tereza no corredor.

- Fui na ala de pediatria e tinha uma mulher com o mesmo sobrenome do dito cujo. - fala ao me encontrar.

- Sério? Deve ser irmã, esposa, prima... O sobrenome é bem diferente, provavelmente são da mesma família. - falo naturalmente.

- Você reagiu tão bem. - ela se surpreende.

- Estou muito tranquila agora. - falo rindo.

- Estou vendo. Tudo isso graças a um certo alguém. - ela diz rindo também.

- Sim. Ele é incrível. - digo com muito orgulho do meu argentino.

- Mari, Pietro já se acostumou a dizer que o nome é Pietro Lins de Albuquerque Calleri, né?! - minha amiga pergunta.

- Ele só fala o Calleri. É Pietro Calleri, excluiu totalmente meus sobrenomes. - digo rindo.

- Puxa-saco do pai. - Tereza fala.

- Muito. - concordo com ela.

- Mas também o nome ficou enorme. - ela volta atrás.

- Sim. Antes ele dizia Pietro Lins, porque o Albuquerque é muito grande, mas agora é só Pietro Calleri. - reafirmo.

- E o Calleri, como é que ele o chama? - minha amiga pergunta.

- O Jonathan às vezes chama Pietro Lins, outras vezes, Pietro Calleri. - respondo.

- Mari, ele é um anjo na vida de vocês, e vocês na vida dele. Vocês se fazem muito bem. - Tereza diz e eu concordo.

- Nossa vida ficou tão leve depois dele, que parece até que nos conhecemos há muitos anos. - digo e ela sorri.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora