MARIANA
Alguns dias depois...
Hoje tem o sorteio do mando da final da Copa do Brasil e nós estamos torcendo para que o segundo jogo seja aqui, no Morumbi.
Jonathan vai me enlouquecer de tanto que fala no jogo do Rio. Já perdi as contas de quantas vezes eu disse a ele que nós estaremos lá, mas ele não sossega.
Falando nele, ele está no Rio para o sorteio. Ele, o Rafinha e o técnico estão representando o Tricolor.
O primeiro jogo da final será dia 17/09 e o segundo dia 24/09, um dia depois do aniversário do argentino.
Antes de entrar no hospital, mandei uma mensagem para o atacante dizendo a ele que ia dar tudo certo e que nós o amamos muito. Após isso, guardei o celular e fui para minha sala.
- Bom dia, Tereza! - cumprimento minha chefe.
- Bom dia, Mari. Como você está? - ela pergunta.
- Surtando. - digo rindo.
- O que aconteceu? - ela pergunta.
- Um ser humano que atende por nome de Jonathan Calleri. - digo e ela rir.
- Ahh!! É a história da viagem para o Rio? - Tereza pergunta.
- Sim. Mas hoje isso tem fim. Mais tarde tem o sorteio dos mandos, e tomara Deus que o segundo jogo seja aqui para sossegar o argentino de vez. - digo.
- Ele e você também. - ela fala e eu concordo.
Encerramos o assunto e focamos no trabalho. Hoje eu tenho alguns relatórios para entregar ao diretor. E como o hospital estava aparentemente tranquilo, foquei nisso.
Tereza foi fazer os atendimentos externos, ver como está a situação da sala de espera da maternidade.
Depois de duas horas, terminei os dois relatórios e fui entregar na sala do diretor. Na volta, esbarrei com a Tereza no corredor.
- Fui na ala de pediatria e tinha uma mulher com o mesmo sobrenome do dito cujo. - fala ao me encontrar.
- Sério? Deve ser irmã, esposa, prima... O sobrenome é bem diferente, provavelmente são da mesma família. - falo naturalmente.
- Você reagiu tão bem. - ela se surpreende.
- Estou muito tranquila agora. - falo rindo.
- Estou vendo. Tudo isso graças a um certo alguém. - ela diz rindo também.
- Sim. Ele é incrível. - digo com muito orgulho do meu argentino.
- Mari, Pietro já se acostumou a dizer que o nome é Pietro Lins de Albuquerque Calleri, né?! - minha amiga pergunta.
- Ele só fala o Calleri. É Pietro Calleri, excluiu totalmente meus sobrenomes. - digo rindo.
- Puxa-saco do pai. - Tereza fala.
- Muito. - concordo com ela.
- Mas também o nome ficou enorme. - ela volta atrás.
- Sim. Antes ele dizia Pietro Lins, porque o Albuquerque é muito grande, mas agora é só Pietro Calleri. - reafirmo.
- E o Calleri, como é que ele o chama? - minha amiga pergunta.
- O Jonathan às vezes chama Pietro Lins, outras vezes, Pietro Calleri. - respondo.
- Mari, ele é um anjo na vida de vocês, e vocês na vida dele. Vocês se fazem muito bem. - Tereza diz e eu concordo.
- Nossa vida ficou tão leve depois dele, que parece até que nos conhecemos há muitos anos. - digo e ela sorri.
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UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri
FanfictionQuando um certo alguém desperta o sentimento, é melhor não resistir e se entregar.