CAPÍTULO 97

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CALLERI

Chegamos em casa e Pietro logo reclamou que estava com fome.
Eu fui preparar o suco dele e um misto quente. Enquanto eu fazia o café da manhã, ele me enchia de perguntas.

- Pai, hoje vou pode tomar banho de piscina? - primeira pergunta do meu filho.

- Não, meu amor. Você está doente, quando você ficar bom a gente toma. - respondo e vejo o olharzinho triste dele.

- Tudo bem. - responde sem animação.

- Podemos ficar o dia todo juntinhos assistindo filme. - sugiro.

- Quero ver o filme do Olaf. - meu filho pede.

- Vamos ver o Olaf. - digo e ele comemora.

- Pai, nós vamos almoçar fora? - pergunta sentadinho na mesa.

- Eu vou fazer almoço, meu amor. - respondo.

Entreguei o misto e o suco dele, cortei o sanduíche em pedaços menores e sentei junto com ele.

- Está muito bom, papai. - ele diz e eu sorrio.

Pietro tomou o café, depois eu fui lavar os pratos.

- Amor, está na hora de tomar o remédio. - falo para ele, assim que termino de lavar os pratos.

- Tudo bem! - ele responde e levanta os bracinhos.

- Quer que papai te pegue no colo?! - pergunto rindo da cena.

- Sim. - ele responde.

- Vem. - o chamo e ele vem.

- Está com febre, meu amor. - falo ao abraçá-lo e sentir a temperatura do seu corpo.

- Eu quero dormir, pai. - ele pede, encostando a cabeça no meu ombro.

- Você toma o remédio, depois dorme. - falo enquanto subimos para o quarto.

Coloquei ele na cama e cobri com um edredom. Peguei o remédio, coloquei a quantidade indicada e ele tomou fazendo careta.

- Deita comigo!? - ele me chama.

- Deito, filho. - respondo.

De repente ele ficou todo quietinho e eu não gosto de vê-lo assim. Mesmo com a mãe dele dizendo que é normal porque ele é criança, convive com outras crianças e é bastante ativo, eu fico com o coração apertado quando ele adoece.

Fiz carinho no cabelo dele até ele dormir. Pensei em mandar mensagem para Mariana, mas ela vai ficar preocupada.

Resolvi ligar para minha mãe, para perguntar se eu dou algum chá, pois ele está tomando antibiótico e antitérmico.

Liguei e chamou várias vezes até ela atender.

- Mamá, como está? - pergunto assim que ela atende.

- Hijo, estou bem e você? - ela pergunta.

- Eu estou bem, só Pietro que está doente. - aponto a câmera para ele.

- O que meu neto tem? - ela pergunta.

- Febre, a garganta estava com infecção. - respondo.

- Vocês já levaram ele ao médico? - ela pergunta.

- Já! Levamos duas vezes. - respondo.

- Nossa. Tadinho. - ela diz.

- Eu faço algum chá para ele? - pergunto.

- Ele toma? - minha mãe pergunta.

- Sim, ele é muito bonzinho. - digo.

- Faz um chá de hortelã e dá pra ele beber. - ela sugere.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora