CAPÍTULO 73

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MARIANA

A demora do meu pai em falar, me causou pânico. Ele conseguiu me deixar mais apreensiva do que eu já estava. A pausa  na hora de me contar a informação, me torturou demais.

– Eu ouvi ele dizer no telefone que já tinha resolvido tudo aqui, que ele tinha documentos que comprovavam e por isso, foi fácil conseguir as coisas no cartório. Também disse que tinha informações que as pessoas que ele procurava agora moram em São Paulo, então, ele está indo para aí nos próximos dias. – meu pai diz e eu fico paralisada.

– Filha, você está aí? Mariana? – meu pai falava mas eu não conseguia responder.

Não consegui mais falar nada, então encerrei a ligação. O que será que ele foi fazer no cartório? Registrar o Pietro? Meu Deus que desespero. Não pode ser isso.

O destino não podia fazer isso comigo, deixar aquele cara assumir a paternidade do meu filho depois de tanto tempo, depois que o Pietro viveu sem a presença de uma figura paterna por anos, e agora que ele tem o melhor pai, a melhor referência...

– Deus, faz qualquer coisa comigo, só não tira o meu filho de mim. – converso sozinho.

Depois desse pedido, fiquei em silêncio tentando me concentrar.

Precisava organizar meus pensamentos, não era tão fácil assim registrar uma criança, não sendo casado com a mãe dela. Precisava de vários documentos, como ele ia conseguir todos os documentos necessários?

Mas do jeito que tem gente que tem sorte, não duvido nada dele ter mexido os pauzinhos para conseguir. Não o conheço o suficiente, não sei seu poder de influência, não sei sua condição financeira, mas, com certeza é melhor que a minha.

Com muito esforço, arrumei minhas coisas e voltei para casa, eu só pensava em arrumar um advogado para ficar preparada para qualquer passo que ele desse.

Cheguei em casa, tomei banho e liguei novamente para meu pai. Segundo ele, os três ainda estavam hospedados na pousada, mas com certeza virão para São Paulo nos próximos dias, talvez até amanhã mesmo já saiam de lá.

Meu pai falou que me avisa qualquer movimentação diferente e me pediu para reforçar na escola que o Pietro só pode sair com as pessoas autorizadas.

Encerrei a ligação com meu pai e anotei no bloco de notas o que precisava ser feito amanhã.

Me deitei com o Pietro no sofá para assistirmos desenho, na verdade eu queria que ele dormisse logo, para poder conversar mais tempo com o Jonathan. Estava esperando-o chegar para contar as últimas novidades.

A campainha tocou, Pietro abriu a porta e eu nem preciso dizer o que aconteceu, eles dois quando se encontram, parecem que não se veem há séculos.

– Oi, mi vida. Como você está? – ele pergunta sentando ao meu lado e me dando um selinho.

– Estou bem. – minto e ele sabe que eu estava mentindo.

– O que vocês estavam fazendo? – ele pergunta.

– Assistindo desenho. – Pietro responde.

– Posso assistir com vocês, meu amor? – o jogador pergunta.

– Sim, papai. – nosso filho responde.

Ficamos em silêncio assistindo o desenho, volta e meia Jonathan me fazia um carinho e eu sorria em agradecimento.

Demorou muito para o Pietro dormir, Jonathan o levou para o quarto e depois voltou para conversarmos. Antes de dizer qualquer coisa, ele me deu um beijo demorado e carinhoso.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora