UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri

CAPÍTULO 68

CALLERI

Chegou o dia da viagem, só consegui passagem para às 7 horas da manhã, queria ir de madrugada, mas não deu.

Antes de embarcar, gravei um vídeo para meu filho, ele entendeu que eu precisava viajar, mas disse que vai sentir muita saudade.
Fiz um combinado com ele para ver se ele lida melhor com a minha ausência.

Depois de gravar, liguei para minha mãe para avisá-la que estava indo.

– Oi, hijo. – ela fala ao atender.

– Já estou no aeroporto, daqui a pouco eu embarco. – aviso.

– Está bem, boa viagem. – ela me diz.

– Avisa ao papá e a Tefi, por favor. – peço e gente se despede.

Dormi durante o voo, e isso foi muito bom, porque eu não vi nada, quando acordei já estávamos aterrissando.

Peguei minha mochila, não tinha mala, então foi mais rápido. Peguei um táxi e saí do aeroporto.

Avisei a meus pais que já tinha chegado. Mandei mensagem, mas ninguém respondeu, provavelmente estavam ocupados.

Liguei para Mariana e ela estava no trabalho, chamou várias vezes até cair.

Deixei uma mensagem de áudio avisando que tinha chegado e que ligaria no horário de almoço dela.

Antes de chegar, desci do táxi e fui comprar um presente para o Pietro. Um jogo de futebol de botão, tenho certeza que meu pequeno são paulino vai gostar.

Falei com ele várias vezes ao dia, desse jeito ele não sentiria tanto a minha falta.

O dia passou muito rápido, mas deu pra aproveitar bastante.

Eu tinha combinado de voltar no sábado de madrugada, mas resolvi antecipar para sexta após o almoço.

SEXTA

Como foi uma viagem rápida, eu já estava no aeroporto para voltar pra casa. Não teve atraso de voo e nem cancelamento, graças a Deus.

Horas depois, eu estava em São Paulo. Suspirei aliviado assim que peguei um Uber para ir para casa da Mariana, queria ver o Pietro.

Paguei ao motorista assim que ele me deixou na portaria do prédio, cumprimentei o porteiro e subi.

Ao tocar a campainha, Pietro abriu e se surpreendeu ao me ver na porta.

– Papai. – levanta os bracinhos.

– Meu amor. – digo pegando-o no colo.

– Estava com muita saudade de você. – ele diz.

– E eu de vocês, meu filho. – falo enchendo-o de beijos.

– Minha mãe está lá no quarto. – ele me diz.

– Vamos até lá? – pergunto.

–Sim. Vamos! – ele responde animado.

– Oi, amor! – digo e ela se assusta.

– Jonathan, que susto! – fala vindo me abraçar.

– Beija! Vocês não se beijam? – Pietro diz fazendo a gente rir.

– Só os adultos podem beijar assim, viu, mocinho. – Mariana diz me dando um selinho.

– Eu sei, mamãe. – ele responde como se fosse adulto.

– Como foi a viagem, meu amor? – ela me pergunta.

– Tranquila. – respondo.

– Ainda bem que você está de volta. – ela diz.