CAPÍTULO 78

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CALLERI

Não queria que a Mariana soubesse dessa forma que eu registrei o Pietro, mas depois de saber que ela desmaiou, fiquei preocupado em ela passar mal novamente.

Depois de esclarecermos tudo, de contarmos ao Pietro sobre o novo sobrenome dele, Luiza nos deixou a sós e nós tivemos um momento muito intenso. Nos entregamos com tanta vontade, com tanto desejo...
Após isso, deitamos juntos, ela se apoiou em meu peito e eu  fiz carinho nela.

- Está mais tranquila agora, mi amor? - perguntei à ela.

- Com toda certeza. Você me acalma. - ela diz e eu rio.

- Se quiser que eu te acalme mais, é só falar. - eu digo para provocá-la, mas ela muda de assunto.

- Amor, como foi que você fez tudo? Estou curiosa. - ela me pergunta.

- Em um dia que o nosso filho ficou lá em casa, eu observando-o dormir, fiquei pensando que eu tinha que fazer alguma coisa por ele, para que vocês tivessem segurança. Então, mandei uma mensagem para meu advogado e tirei as dúvidas sobre como registrar uma criança que já tinha sido registrada. - eu começo.

– Ele me explicou tudo que eu tinha que fazer e eu fui atrás. Falou que eu precisava ir com a mãe da criança, apresentar a certidão e falar que queria fazer reconhecimento de paternidade. Mas daí, eu falei que ia ser uma surpresa, e ele me deu outra alternativa. – continuo.

- Depois, eu pedi ajuda a uma pessoa. - falo.

- Quem? - ela perguntou curiosa.

- Luiza! - digo.

- Luiza sabia de tudo? - ela pergunta surpresa.

- Sim, me ajudou em tudo. - falo.

- Vou matar a minha irmã. - ela fala, aparentemente chateada.

- Amor, não a culpe. Eu que pedi para ela não contar nada. Ela não queria, a princípio, disse que tinha medo das pessoas falarem que ela estava sendo errada. – explico.

- Tudo bem. Continua. - ela pede.

- Marquei com a Luiza em um restaurante e expliquei para ela o que eu ia fazer e do que eu precisava. Disse que precisava de todos os documentos de vocês dois e uma procuração assinada por você. - falo.

- Procuração? - ela indaga.

- Sim. Uma procuração assinada por você, me dando plenos poderes de registrar o Pietro. - falo.

- Meu Deus, a Luiza me fez assinar um documento dizendo que era pra faculdade. - ela fala lembrando.

- Ela me entregou tudo e eu fui ao cartório. - falo.

- E quando você foi a Ilhéus? - ela me pergunta.

- Sabe a viagem à Argentina? Então... - eu digo com vergonha.

- Você não foi pra Argentina? - ela pergunta.

- Não. Fui para Ilhéus registrar nosso filho. Me perdoa pela mentira, amor. - digo.

– Mas eu falei com sua mãe e ela deu a entender que você estava lá. – minha namorada diz.

– Meus pais e minhas irmãs sabiam de tudo. Sabiam que eu ia registrar nosso filho. – falo e ela fica sem reação por um instante.

- Jonathan... - ela pronuncia meu nome e não diz mais nada.

- Me perdoa? - eu peço.

- Amor, não tenho o que te perdoar. - ela diz e solta um sorriso que há muitos dias eu não via em seu rosto.

UM CERTO ALGUÉM - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora