Capítulo_ XIII

2.9K 464 178
                                    

Por ele, eu sou capaz de destruir o mundo, queimaria tudo e todos, e eu morreria várias vezes se precisasse, daria o meu coração nas suas mãos. E tudo isso somente porque olhei nos seus olhos.”


Jay Kown






O caminho para casa foi complicado, o ômega não acordava e isso me deixava ainda mais desesperado. As marcas no seu corpo e rosto eram horríveis, ele com toda a certeza havia passado por um espancamento e isso me causava uma sensação dolorosa, imaginar que ele passou por algo tão violento, estando grávido. Ele não me parece ser alguém perigoso, longe disso, parece ser alguém frágil e sensível. O meu irmão me chama, fazendo sair dos meus pensamentos.

— Jay? Você está bem? — Olho para ele e a sua expressão era preocupada e eu sabia bem o motivo disso.

— Estou, só acelera, precisamos chegar logo.

— Irmão?

— Agora não, Tae, precisamos ajudá-lo. Depois conversamos. — Ele nada diz.

Tae acelerou até onde pode, os minutos pareceram horas, o medo de perdê-lo fazia o meu corpo padecer em sofrimento. Finalmente vejo a entrada da mansão, a minha avó já estava na porta nos esperando, o olhar da mais velha era neutro e duro. Assim que estacionou, eu tentei retirar o ômega com muito cuidado, o ajeitando nos meus braços para que o seu corpo não ocorresse o risco de cair, a mais velha vem ao nosso encontro.

— Vovó? — Digo enquanto ela se aproxima.

O seu olhar foi para o ômega nos meus braços e direcionou depois os olhos a mim, um sorriso brotou nos seus lábios, acho que ela sabia o que havia ocorrido sem mim ao menos contar algo.

— Entre logo, coloque-o no quarto ao lado do seu, o médico está a caminho.

E assim fiz, depositei o seu corpo machucado na cama, o seu rosto fez uma careta, acho que pela dor. Fiquei de joelhos ao seu lado segurando a sua pequena mão, rezando à deusa que não tenha acontecido algo muito grave. Escuto a dona Lee me chamar.

— Jay, meu neto, olhe para mim. — Permaneço na mesma posição, com as mãos entrelaçadas ao do ômega, o meu rosto se vira para a minha avó, que está em pé ao meu lado, e eu nem percebi a sua chegada.

— Me diga o que aconteceu?

— O Tae pode lhe contar tudo, vovó.

— Não é disso que estou falando, Jay. — O meu rosto fica confuso sem entender onde ela quer chegar com isso.

— E do que a senhora está falando?

— Jay, meu amor, você é um homem duro na queda, nunca lhe vi chorar, mas agora, ao lado desse ômega, você parece frágil e está chorando.
— Só então percebi que, em momento nenhum desde que o conheci, parei de chorar.

— Vó eu…

— Você nunca chorou, nem mesmo com a morte dos seus pais. Então diga-me, meu neto, o que está acontecendo? — Olho para a mais velha e depois para o ômega, o meu coração dispara, os meus olhos transbordam de lágrimas e então resolvo dizer de uma vez.

— Tive um imprinting com ele, e eu estou com medo de perdê-lo, vó. Desde o momento em que o encontrei, sinto que a minha vida não me pertence mais, eu respiro por ele e morro por ele.
— Um sorriso surgi nos lábios da mais velha, como se ela estivesse orgulhosa por eu reagir assim.

— Desconfiei desde o momento que vi você segurando-o, Jay. Não tenha medo do que há por vir, se você foi o escolhido para ele, e ele foi para você, é porque os seus destinos já estão conectados.

Laços Inquebráveis Onde histórias criam vida. Descubra agora