Capítulo_ XVI

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⚠️ O capítulo contém violência e tortura.🚫

Park Jimin








Faz um mês que cheguei na residência dos Kown’s e faz esse tempo que me sinto amado e bem. Sou bem-tratado como um príncipe por todos que me rodeiam. A dona Lee é uma senhora maravilhosa e engraçada, uma verdadeira vovozona, e é algo que nunca tive na minha vida, já que os meus avós faleceram antes mesmo de eu nascer. Já o Tae é divertido e carismático e me faz rir sempre. O alfa não gosta de me ver para baixo ou triste pelos cantos e, com isso, estar sempre me fazendo gargalhar devido a suas brincadeiras. Agora, o Jay é o que mais cuida de mim, nunca pensei que existisse um alfa tão maravilhoso como ele. As suas atitudes falam muito mais que as suas palavras, e um desses momentos foi quando ele ficou ao meu lado nas noites dos primeiros dias, tudo foi tão difícil naquele momento. Eu chorava sem parar, e ele se sentava encostado na porta do lado de fora do quarto e ficava lá a noite toda me ouvindo, não me interrompia ou perguntava os motivos, só me deixava colocar para fora tudo aquilo. Acabei perguntando algum tempo depois o porquê dele nunca ter entrado, então ele me disse: que jamais invadiria o meu espaço, e que sabia que eu necessitava desse tempo, mas seu coração doía muito ao ouvir os meus choros e por isso ficava lá, assim eu poderia sentir que não estava só e ele ficaria mais tranquilo sabendo que estava por perto. Depois disso, fiquei mais encantado com o alfa, ele faz de tudo por mim e pelo meu filhote. Outra vez que isso aconteceu foi recente, alguns dias atrás, tive o meu primeiro desejo, e foi em querer comer camarão com chocolate. Tentei ignorar por um tempo, mas chegou uma hora que não consegui.

Eram duas da manhã e eu estava muito envergonhado para ir mexer nas coisas dos outros, além de que provavelmente iriam pensar que eu era um ômega morto de fome. Comecei a ficar desconfortável com os meus pensamentos negativos sobre a minha aparência e comportamento, principalmente quando torno aquilo que era para ser fácil um problema enorme. Comecei a chorar baixinho, já que o Jay estava dormindo ao meu lado, mas perdido nas minhas lamúrias, não percebi que acabei acordando o alfa.

Alguns dias atrás…

— Ei, meu bebê, o que foi? O que você está sentido, me diga? — Jay se senta rapidamente, ligando as luzes do abajur.

— Não é nada alfa, me desculpa, não queria te acordar. — Digo, me sentando também, ele me encara por alguns segundos, enquanto passa a mão no meu rosto com carinho, me ajudando a limpar as lágrimas.

— Diga, meu bem, eu fiz algo para te magoar, se foi, eu peço perdão e prometo que jamais repetirei esse ato, só me diga o que aconteceu? — O meu coração acelera, o seu olhar era triste.

— Alfa, não, você não me fez nada, juro, é outra coisa, só estou com vergonha. — Ele suspira aliviado, como se eu tivesse tirado um peso das suas costas. E eu começo a rir porque esse alfa é todo exagerado. Ele me encara sem entender.

— Que foi, meu bem, por que está rindo?

— Desculpa, é que você é exagerado, Jay. — Digo, tentando segurar o riso devido à cara de indignação do alfa.

— Eu não sou exagerado, sou protetor. — Ele cruza os braços fortes.

— Ah, é sim. — Coloco a mão na boca, me segurando para não gargalhar.

Ele se aproxima o suficiente para tirar o meu fôlego, o seu cheiro é intenso sem que ele precise aumentar. Ele toca nos meus lábios com delicadeza enquanto os come com os olhos. Parei por um momento e esqueci tudo ao meu redor, o que importava para mim agora era só ele.

— Me diga, meu bebê, o que está acontecendo? Por favor… — Entregue completamente aos toques do alfa, falo de uma vez sobre o meu desejo.

— Alfa, é que estou com desejo, quero comer camarão com chocolate. — A minha voz sai baixa, nesse momento, esperava tudo do Jay, mas que ele entrasse em pânico era o auge.

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