Capítulo_ XXI _ Bônus

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Jeon Jungkook









       Passaram-se quatro anos e minha vida, ao longo desse período, foi um verdadeiro inferno. Não tive paz nenhum segundo. Convivo com uma mulher que não amo e, ao longo do tempo, está se tornando insuportável e ciumenta. Não quero voltar para casa no fim do dia. E esse foi um dos motivos para eu ter alugado um apartamento só para mim, onde eu poderia ter um pouco de tranquilidade, mas o problema é que isso gera mais conflitos. Na cabeça de Catarina, estou a traindo, o que aumenta ainda mais seus surtos. 
Respiro fundo, estacionando no condomínio luxuoso. Quando desço do carro, vejo uma família levando o filho para passear, sorrio, eles parecem tão felizes. O que me deixa com uma certa inveja. Sempre sonhei em ser pai, mas o sonho acabou quando me casei com Catarina. Não a amo e uma criança na nossa relação iria sofrer muito. 
Subo até o nosso apartamento, abro a porta, encontro tudo no escuro, mas sei que ela está no sofá me esperando. Ao acender a luz, vejo-a sentada, com os olhos vermelhos. 

— Onde estava você? — Começou como sempre, sem dar boa noite ou perguntar se estou bem, só cobrando.

— Onde mais? No trabalho. — Ela rosna irritada.

— Está mentindo, liguei para lá e disseram que você já havia saído há muito tempo. — Respiro fundo, a fim de ignorar mais um dos seus surtos.

— Eu saí, fui dar uma volta, só isso. — Ela chora, o que me deixa mais furioso com toda essa situação.

— MENTIROSO, VOCÊ ESTAVA COM OUTRA. — Perdi a paciência, entrei nesse maldito inferno por conta de uma traição. Portanto, não sou um traidor.

— Olha o que está dizendo, sua louca, eu apenas fui procurar um pouco de tranquilidade, LONGE DE VOCÊ. — Ela ri, como se o que eu falei fosse inusitado.

— Se descobrir que me trai, te mato. — A raiva era evidente e os olhos ficam ainda mais vermelhos.

— PARA COM ISSO, PORRA! EU NÃO AGUENTO MAIS VOCÊ E OS SEUS SURTOS, MERDA! — Ela se encolhe, mas sua fúria é maior que o medo.

— O CULPADO DISSO É VOCÊ, POR NÃO SER UM BOM MARIDO.  Agora compreendo o motivo pelo qual Jimin te colocou chifres. — Neste instante, ela ultrapassou todos os limites, agarrei seu pescoço e a fiz olhar para mim, o sentimento de raiva que eu sinto é surpreendente.

— Não toque no nome dele, isso já passou. Deixe-me em paz. Se não estiver contente, me dê o divórcio. — Ela ficou espantada e começou a negar.

— Não, não aceito isso só depois de morta. Você é meu, Jeon, meu. — Reviro os olhos, a deixo no sofá e vou atrás das minhas chaves para voltar para sair de casa.

— Você está indo para onde? — Ela pergunta desesperada.

— Vou embora, Catarina, beber e esquecer o inferno em que estou. — A revolta nos seus olhos.

— Maldito! VOLTA AQUI, JEON!

— Nem ferrando.



Dia seguinte…

Eu acordo com uma dor de cabeça infernal, observo ao meu redor e percebo que estou no meu apartamento. O despertador toca e faz um som alto. Verifico o horário e percebo que ainda faltam quinze minutos para as oito da manhã, o que me faz despertar rapidamente. 

Hoje, tenho a maldita reunião com o Kown. Precisamos desse contrato para alavancar a empresa Jeon’s. 
Tomo banho para tirar o resquício de uma noite mal dormida. Em pouco tempo, cheguei à empresa e todos os funcionários já estavam presentes. Deixei claro que este é um dia crucial para nós. 
Chego à presidência, passo por Ana e vou para a minha sala. A mulher vem rápida logo atrás. 

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