Capítulo_ XX

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Jeon Catarina








    Desde o meu casamento, nada está saindo como planejado. Jungkook está sendo um péssimo marido, mal me toca ou dá carinho, o que está me deixando cada vez mais irritada e desconfiada de que ele possa ter alguém. Aquele verme do meu irmão continua impregnado nele e em seus pensamentos. Ontem tentei mais uma vez, deitar-se com ele, mas fui recusada como todas as outras vezes. A única coisa que está fazendo bem durante esses dias é beber, tenho medo de Jeon virar um alcoólatra, pois eu não nasci para cuidar de um doente.

Estaciono o meu carro em frente à empresa, preciso conversar com o meu pai sobre tudo o que está ocorrendo em meu casamento. Entro e sou recebida pelos funcionários, todos sorridentes, mas os ignoro, não tenho paciência para pessoas inferiores a mim, vou em direção ao elevador, aperto o botão do último andar antes de ir ver o meu pai, vou até o meu marido.
Chego à presidência e encontro Ana sentada em sua mesa. Quando me vê, se levanta.

— Dona Catarina, como está? — Ela me recebe com um sorriso no rosto, mas ignoro também indo direto ao ponto.

— Onde está meu marido?

— Em sua sala, atendendo uma ligação, vou avisá-lo que está aqui. — Rosno, para a mesma que se encontra assustada.

— Não precisa, sou a mulher dele, tenho direito de entrar quando eu quiser.

Ana balança a cabeça concordando, vou em direção à sala. Abro a porta e o encontro sentado em sua cadeira presidencial, de frente para a imensa janela de vidro, falando algo no celular. Me aproximo bem devagar até chegar próximo à sua mesa, ele conversa com alguém que deduzo ser uma mulher.

— Sim, iremos, qual o horário? — Ele diz alegre, uma alegria desconhecida por mim.

— Me espere e eu te pego aí, enfrente — O meu sangue gela, ele deve estar marcando um encontro.

— OK, tudo bem! — O alfa se vira em minha direção, o que o faz tomar um susto quando me vê e logo desligar.

— Está bem, preciso desligar. — A sua expressão se modifica, se tornando dura e fria.

— O que está fazendo aqui, Catarina?

— Vim ver você, não posso?

— Você já me vê em casa todo dia, já não é o suficiente? — Maldito! Por que ele me trata assim?

— O que foi, Jeon? Está com raiva porque atrapalhei a marcação do seu encontro com sua amante? — Jeon franzi as sobrancelhas e seu olhar se torna sombrio.

— Você acha que sou homem para isso, Catarina? — Sua voz sai rouca.

— Acho, sim, o que acha que eu pensaria, você não me toca há muito tempo, e te vejo numa ligação suspeita. — Jeon rosna, ele está bravo.

— Catarina olha a merda que está dizendo.

— O que você queria? Eu te amo, Jeon, mas você me trata como se eu fosse culpado pelas merdas do seu predestinado. — Os olhos do alfa escurecem ainda mais, o que me faz temer pelo pior. Um som estrondoso ecoa pelo local, ele bateu com a mão na mesa.

— Escuta aqui, eu disse a você que não te amava e que a porra desse casamento seria de fachada. Você entrou nessa porque quis, mas se quiser separar, tudo bem, pouco me importo. — Arregalo os olhos e começo a entrar em pânico. Ele não pode fazer isso comigo, lutei muito para chegar até aqui, para agora acabar assim.

— Jeon, não por favor, eu te amo, não faz isso comigo.

— Mas eu não amo você, e estou arrependido do que fizemos. Você está infeliz e eu também, Catarina.

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