Capítulo_ XXX

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"Toda despedida é triste, mas nenhuma dói tanto como aquela que sabemos que não tem retorno.''

Jeon Jungkook

Sair da casa do Kown muito feliz, carregando comigo uma felicidade sem igual que há muito tempo não sentia. Passando um tempo com eles, senti-me em casa e bem, contendo uma sensação de leveza que é muito diferente do que sinto quando chego ao apartamento onde divido com Catarina. Aquele local chega a ser sufocante e desprezível, não há paz lá dentro, o que me causa ainda mais desconforto.

Nesse pouco tempo com eles, percebi que Jimin está feliz e encontrou alguém que o ama intensamente, assim como o meu filhote.

Estou a caminho para a minha residência. A noite está bastante escura, sem nenhuma estrela no céu, e um vento frio sopra pela janela do carro. Fico imaginando como a minha vida teria sido se nada daquilo tivesse acontecido. Jimin seria o meu esposo e, juntos, criaríamos juntos o nosso filhote, ou talvez não, pois, ao observar Jay me pergunto se realmente eu seria um bom marido para ômega?

Respiro fundo, esses pensamentos negativos estão tomando de conta da minha mente cada vez mais. Escuto o meu celular tocar, verifico e vejo ser o meu pai.

— Que estranho, é muito tarde.

Vejo o horário é 23:09:15pm. Isso não é bom nesse horário, já era para ele estar dormindo. Resolvo atender.

__________________ Ligação __________________

Alô!
Meu filho, onde você está?
Estou indo para casa, aconteceu alguma coisa?
Preciso conversar com você, é urgente, Jeon.
Mas agora, pai? Já está muito tarde.
Infelizmente, não posso esperar mais. Me encontre no estacionamento da empresa, em meia hora lá é um lugar reservado.
OK! Estou indo para lá.
_____________________________________________

A ligação é encerrada, eu encaro o celular preocupado. Nunca o vi desse jeito, a sua voz estava baixa, mas havia muita preocupação nela. Sem pensar duas vezes, vou em direção de encontrar o meu pai.


Alguns minutos depois


Chego ao local que se encontra completamente vazio, paro e fico no seu aguardo. Mais alguns minutos passam até que alguém bate na janela do carro, destravo a porta e o meu pai entra. Ele parece mais abatido que o normal e na sua expressão há medo.

— Pai, o que está acontecendo? Por que quis encontrar aqui nesta hora da noite?

— Jeon, preciso saber de uma coisa, quer dizer, eu tenho quase certeza, só preciso confirmar. — O encaro sem entender nada.

— O senhor está me assustando, diga de uma vez.
— Ele tira de dentro da camisa uma pasta com vários documentos. O que me faz franzir o cenho.

— O que é isso? — Pergunto.

—Isso é uma pequena parte de alguns documentos sobre o desvio de dinheiro que a empresa vem sofrendo durante anos. — Sinto o meu corpo gelar, não é possível. Eu daria falta se algo assim estivesse acontecendo.

— Impossível, papai, tudo é passado por mim antes. — Os seus olhos fixam-se em mim, e ele balança a cabeça negando.

— Esse é o problema, Jeon, todos eles estão com a sua assinatura. — Arregalo os olhos, sem acreditar.

— Jeon, são mais de dez milhões de dólares desviados para várias contas no exterior. — Sinto o meu coração apertar.

— Como? Eu jamais roubaria algo, principalmente o que é meu. — Os seus olhos fecham com força.

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