Capítulo _ XVIII

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Park Jimin







Em determinados momentos da vida, é difícil distinguir o certo do errado, o que resulta numa alteração significativa na direção do vento. Em outras palavras, com nossas ações imprudentes, podemos destruir tudo o que temos e machucar aqueles a quem amamos mesmo sem querer. 

Durante a noite, senti uma ardência na marca. Fiquei apavorado, com medo de que algo tivesse acontecido com Jeon. Nunca havia passado por isso antes. Uma raiva tomou conta de mim, não sei explicar de verdade o motivo de minhas emoções estarem tão intensas. Quando tentei limpar o lugar, deixei cair a caixa de primeiros socorros no chão, o que causou um barulho grande e sabia que isso acabaria despertando o meu alfa e logo a imagem do Jay apareceu. Sua preocupação era evidente, o que me deixava ainda mais inquieto sobre tudo o que estava ocorrendo. 

Não sei dizer o que realmente me motivou a tratá-lo daquela forma, uma vez que ele só queria me ajudar. Pode ser a gravidez ou a marca que estava sensível naquele momento, não sei, mas tudo foi como uma pirâmide de cartas, desmoronando uma coisa, levando à outra. Após ele me explicar o porquê de estar mal, foi como um banho de água fria. Não pela notícia em si, mas porque ele tem medo de eu o deixar e, por isso, não me contou sobre o casamento, o que foi como riscar um fósforo em um local repleto de gasolina. 

O medo de que ele duvidasse dos meus sentimentos foi algo que não pude suportar. Me envolver novamente com alguém que não confiava no meu amor me deixou bravo e irritado, sabendo que talvez tudo terminaria da mesma forma que o Jeon. Por isso, pedi para que ele saísse do local, estava no meu limite, minhas emoções estavam alteradas e tudo foi tão de repente, só que o Jay é um alfa teimoso e muito protetor e isso casou toda a situação ocorrente. 

Depois da sua saída do banheiro, o arrependimento bateu forte, então engoli o orgulho e fui atrás dele pela casa, imaginando que estivesse no escritório ou em qualquer outro lugar, mas estava em casa. Contudo, descobri que ele havia saído, o que me deixou muito preocupado, até que chamei o Tae e a Vovó. Contei tudo o que havia acontecido aos dois e pedi para que me ajudassem a achá-lo. Tae se desesperou, disse que os celulares do Jay são rastreáveis para que ele sempre saiba onde o irmão está. E me pediu para esperar que iria verificar a localização. 

Depois de alguns minutos, finalmente conseguiu, mas sua expressão não era nada boa. Tae disse que iria buscá-lo, só que eu não deixei, pois eu ia pessoalmente, mas o alfa falou que eu não iria gostar do local, o que me deixou ainda mais nervoso. 

Quando me contou que o Jay estava em um bar, meu mundo desabou. Não me entenda mal, eu estava morrendo de ciúmes. O Jay é um alfa maravilhoso, qualquer um em sua total consciência cairia de joelho, além de sua beleza avassaladora ser o contraste perfeito. O medo me fez, se quer terminar de escutar o Tae, simplesmente seguir em direção ao carro para buscar o meu homem. 

Ao chego no tal bar que para mim pareceu mais uma boate, vejo várias pessoas na entrada, muitas mulheres bem-vestidas e lindas, o que me deixou ainda mais receoso. Cheguei até a portaria, onde fui impedido de entrar por um dos seguranças que me encarou bravo, mas eu estava com um propósito e era de levar o meu alfa para casa e eu faria isso. Tentei entrar mais uma vez, mas o segurança tentou me impedir, quase tocando em meu braço, foi quando Tae se meteu na frente, e disse que, se ele ousasse ralar um dedo em mim, amanheceria morto. No mesmo instante, o segurança me encarou e liberou a passagem. Entrei com tudo, olhando cada canto do local em busca do Jay, mas não o via, até que o Tae aponta para cima, onde tinha uma área vip, e lá estava ele sentado tomando algo e ao seu lado uma mulher, e ela era lindíssima. Fiquei ali por algum tempo observando toda aquela situação, o alfa sorria para a mulher, o que me deixou perplexo. Não demorou muito, Jay nota minha presença e arregala os olhos. Isso foi o que me fez decidir ir até lá. Subi as escadas, o cheiro de bebida e cigarro incomodava demais. Quando cheguei, até eles, Jay pouco se importou comigo ali, me apresentei à mulher e encarei o meu alfa, que fez pouco caso, então pedi para irmos embora. 

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