Capítulo_ XXVI

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Jeon Jungkook






    Os meus dias estão se tornando cada vez mais longos, as minhas noites em claro são constantes e tudo isso tem um nome: Park Jimin, ou melhor, Jimin Kown. Desde a sua volta, a minha vida virou de cabeça para baixo. Ele não sai dos meus pensamentos e nem dos meus anseios carnais, os meus sonhos com ele estão me levando à loucura. O pouco que durmo é devido ao cansaço extremo e sonho com o ômega, o amando de todas as formas e o resultado disso é acordar extremamente duro com o meu pau implorando por ele. Catarina, em certa manhã, percebeu como estava e se aproveitou. Quando acordei, eu já estava dentro dela, enquanto ela gemia e rebolava em cima. Eu estava duro e necessitado, então permitir que ela continuasse o que estava fazendo, mesmo que em todo o momento os meus pensamentos me levassem ao Jimin. Depois da transa me sentir mal, não entendo o motivo, já que Catarina é a minha mulher, mas sinto que estou traindo Jimin toda a vez que a toco.
A porta do elevador se abre, hoje estou vindo para a empresa só na parte da tarde, eu estava exausto e resolvi ficar em casa e descansar, aproveitar essas horas para dar um sono, de certa forma consegui.
Saio do elevador indo em direção à minha sala assim que entro e os meus olhos vão para a sala ao lado. Vejo Jimin encostado na mesa com a cabeça jogada para trás, o que me faz pensar que talvez ele esteja passando mal. Aproximo-me para bater no vidro e chamar a sua atenção e é quando vejo a sola de um sapato no chão, o que me fez travar.

— Não pode ser?

Só então enxergo a cabeça do Jay, ele estava fazendo sexo oral no ômega. O meu corpo todo ferve de raiva e ódio, como eles podem fazer isso aqui na minha empresa? Quero ir lá, mandá-los pararem, mas não consigo, estou travado, o meu corpo não me obedece.
Não consigo escutar o que o Jimin diz, devido à parede ser aprova de som. Mas sei que ele está falando, pois vejo a sua boca mexer. Os meus olhos marejam, uma dor no peito me invade e aquele maldito sentimento de perda está aqui comigo.
Eu não deveria sentir isso, Jimin me traiu, eu deveria odiá-lo e pouco me importar com o que faz da sua, mas meu coração se nega assim como o meu corpo. Preciso esquecê-lo, não somos mais nada um para o outro e eu tenho uma mulher e ele é casado com aquele miserável do Kown.
Perdido nos meus pensamentos, não percebo que o Jay se levantou e agora me encarava e logo Jimin também, que se assusta. Engulo a seco, então tomo uma decisão: irei esquecê-lo, começando a partir de agora.
Me recupero e vou me sentar, fingindo pouco me importar com eles. Começo a trabalhar, irei me jogar completamente no trabalho, ele é o único que merece a minha total atenção.

Uma hora depois…

Papeladas e mais papeladas, tudo está um caos, mas entendo que vai valer a pena agora que temos negócio com o Jay Kown. Estamos começando a ser vistos lá fora.
A porta é aberta, revelando o Jimin que entra sem pedir.

— Desculpa, bati e você não escutou.
— Estava ocupado, o que quer? — A minha voz saiu mais ríspida do que eu queria.
— Preciso que você verifique esses documentos que projetei. — A minha expressão é confusa, isso deveria ser feito pelo Jay.
— Acho que está enganado, ômega, isso deveria ser analisado pelo seu chefe, não eu. — Jimin, travou, percebendo que estou diferente.

— Quem está enganado é você, já mandei para ele analisar, agora é sua vez. Se você concordar, aí, sim, a produção será feita, a última palavra é a sua. — Isso me pegou desprevenido. Ele me estendeu os documentos para que eu o pegue e, sem querer, a minha mão toca na sua, uma corrente elétrica percorre o meu corpo e os nossos olhos mudam de cor. Consigo ouvir o seu coração acelerar.

— Desculpa, não fiz por querer. — Tento me justificar.

— Eu sei. — Ele parece envergonhado.
— Vou analisar e mais tarde te entrego, pode ser?

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