Capítulo_ XXV

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Jay Kown
 

    





Estou perplexo com tudo o que a minha avó me contou, nunca imaginei que algo assim poderia acontecer e que também Seyoon fosse tão desprezível a esse ponto. Contudo, me encontro entre a cruz e a espada, o que farei a minha deusa com essa situação? Não posso esconder isso do meu ômega, se eu fizer, é como um ato de traição. Vejo a mais velha chorar, sei que ela está sofrendo, e também sei que nada disso é sua culpa, mas será que Jimin pensará assim? Ele anda muito sensível esses dias.
Passo a mão sobre o meu rosto, não sei o que fazer e nem como agir, por simplesmente isso ser uma pura loucura.

— Jay, meu neto, eu te peço que espere um pouco antes de contar ao Jimin. — Seu olhar transmitia o seu medo.

— A senhora está me pedindo para esconder? Eu não posso vó.

— Mas, Jay? — Balanço, a cabeça negando repetidamente.

— Acha como ele vai se sentir, sabendo que eu estava ciente de tudo? Vó, eu não esconderei isso dele. — Ando de um lado para o outro, sem saber o que fazer.

— E se ele colocar você nessa confusão toda, meu neto? Essa situação pode afetar o casamento de vocês. — O meu corpo todo treme, a raiva e a angústia me tomam, aquele maldito velho, até após a morte, me faz mal, se o Jimin me culpar também? Não sei se aguentarei viver assim, mas não tenho muita escolha. Esconder algo desse nível tornará tudo ainda pior.

— É um risco que terei que enfrentar, vó. Jimin tem que saber a verdade, esconder só levará a um desastre maior. — Dona Lee me encara, os seus olhos estão cheios de lágrimas e entristecidos.

— Vamos para casa e lá contaremos a verdade a ele.




Minutos depois






Larguei tudo o que tinha que fazer na empresa e me encaminho em direção à minha casa. Liguei para o Tae ir para lá também, pegar o Jaehyun e o levar para passear, não quero o meu filho vendo toda essa situação.

O meu irmão ficou assustado com a forma como falei, principalmente por saber que a vovó está envolvida em tudo, mas logo se acalmou e foi fazer o que eu pedir. O caminho está sendo entre choro da vovó e o meu silêncio, estou com o peito apertado, não sei aonde isso dará e qual proporção tomará.
Quando chegamos em casa, encontramos Jimin em pé nos esperando no meio da sala, e pelo seu olhar, o Tae com toda a certeza abriu a boca.

— Marido, o que aconteceu? Tae veio aqui e levou o nosso filho, ele estava nervoso. — Vou na sua direção e o abraço forte.

— Precisamos te contar algo grave. — O olhar do Jimin vai em direção à vovó, que se encontra totalmente abatida.

— O que está acontecendo, vovó? — A mais velha engole a seco.

— É melhor nos irmos para o escritório, bebê. — Jimin começa a ficar agitado. Ele se afasta dos meus braços, o que me causa desconforto.

— Não… me digam de uma vez, o que está acontecendo?

— Amor, eu… — A mais velha me corta.

— Não, Jay eu que tenho que contar, isso é culpa minha. — Sinto o meu corpo travar, me afasto um pouco e deixo os dois frente a frente. E assim a vovó começa a falar.

— Jimin, eu não sei como começar, muito menos te explicar, mas espero que um dia você me perdoe por tudo. — Consigo sentir o desespero do meu ômega, a minha marca formiga.

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