Capítulo_ XXXIV

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  ⚠️ Este capítulo apresenta diversos gatilhos. Se for sensível, não leia...






O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.

Albert Einstein







                                      Jay Kown







Chegou o dia da nossa pequena viagem. Estamos a caminho de Busan, para encontrar o irmão do Yoongi e ver como está a saúde dele. De acordo com Zoya, ele não está muito bem, já que o ômega está internado há alguns dias. Por isso, pedi ao J-hope para ajudá-la com essa situação.

Também não contei para o Jimin os motivos para irmos à cidade, ele não sabe de nada, o que me deixa ainda mais apreensivo, quando souber qual será a reação dele. O ocorrido com o irmão do Yoongi foi tão cruel e desumano que tenho receio de como isso poderá afetar o meu ômega. Percebi que ele está bastante agitado e preocupado, apesar de tentar esconder.

 Após a minha conversa com o Jeon, passei um tempo ao seu lado, intrertendo para o distrair um pouco e esquecer por alguns instante as suas crises. Liguei para meu marido avisando que demoraria a voltar para casa porque eu estava com o Jeon e ele não se sentia bem. Isso o deixou ansioso e preocupado com o alfa. Precisei passar o telefone para Jungkook o tranquilizar, dizer que tudo era apenas um mal-estar momentâneo.

 E, desde então, Jimin não dorme tranquilo por medo de que o alfa passe mal. Não vou negar que também estou. Pelo que percebi, ele está com ansiedade e depressão, por isso deixei meus homens de vigia o vigiando para ver se está bem e qualquer coisa era para avisar o Tae. Durante nossa conversa, convenci Jungkook a procurar tratamento, mas ele ficou receoso de fazer por temer o que as pessoas vão pensar e tem medo de fazer sozinho. Para que ele se sentisse seguro, prometi que, assim que eu voltasse de viagem, iríamos nos dois.

Respiro fundo e sinto uma sensação de que as coisas serão difíceis daqui em diante, sobretudo com a aproximação do baile. Tudo o que está ocorrendo com o Jeon, os nossos inimigos não dão sinais de que estão avançando os descobrimentos sobre a minha família e a do Jeon. É evidente que tudo isso é algo muito profundo e que Seyoon não é o líder dessas tramas. Sinto-me extremamente cansado, como se estivesse carregando o peso do mundo sobre os meus ombros.

Sou tirado do conflito interno quando sinto o cheiro do meu ômega, que quer chamar a minha atenção. Permaneço de olhos fechados, com a cabeça encostada na poltrona. Em poucos segundos, ouço o som do cinto sendo desprendido e, logo depois, sinto um peso nas minhas pernas.

— Marido, por que está me ignorando? — Abro um sorriso, junto com os olhos, para ver o meu bebê carregando em seus lábios carnudos um bico gigantesco.

— Peço desculpas, bebê… estava pensando em tudo o que está ocorrendo e no que pode acontecer. — Ele lambe a minha bochecha, deixando-me marcado pelo seu cheiro.

— Não pense demais, marido. — Seu olhar é tão profundo quanto um oceano.

— Não posso cometer nenhum erro e jamais me perdoaria se eu colocasse a minha família em risco. — Desabafo. Com ele é tão fácil me abrir.

— Eu te amo muito, meu amor! — Uma lágrima caiu dos seus olhos, sinto a sua emoção pela marca. O puxo mais para mim.

— Amo você, mais que a minha vida, meu bebê! — Sou o homem mais sortudo desse mundo.

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