Capítulo_ XII

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Jay Kown







   Acho que devo me apresentar. Sou Jay Kown um magnata no ramo da tecnologia e chefe da máfia russa. Tenho vinte quatro anos, nasci em Seul, mas cresci em Moscou de onde expandir os meus  negócios pela Europa, EUA e América Latina. Aqueles que me conhecem sabem que sou temperamental e sério, e quando se trata dos meus negócios e da máfia, não ajo com coração. Tenho um irmão chamado Taehyung, ele é meu braço direito e o meu melhor amigo. Os meus pais faleceram dois anos atrás num acidente de carro. Desde então, cuido do meu irmão caçula, que junto à minha avó são meus únicos familiares. A senhora Lee é uma pessoa muito inconveniente quando quer, tentei muitas vezes levá-la para morar comigo, mas ela diz que nunca se acostumaria fora de Seul. Então, por esse motivo, venho visitá-la uma vez por mês e aproveito para tirar uma folga de toda a minha vida agitada.
Escuto passos que deduzo serem do meu irmão, já estamos em Seul há três dias, ainda não aproveitei nada da estadia aqui, trancado nesse escritório resolvendo alguns problemas nas empresas de Chicago. A porta do cômodo é aberta com a imagem do Tae passando por ela.

— Irmão? — Ele diz, se sentando no sofá na minha frente.

— Diz? — O meu olhar é desconfiado.

— Você passará quanto tempo aqui, trancado? — há um sorriso travesso no seu rosto.

— Estou resolvendo alguns problemas, Tae, você sabe disso. — Revira os olhos.

— Irmão, problemas você terá sempre para resolver, estamos aqui pela vovó e para nos divertir. — Olho para ele, e o vejo me encarar, esperando que eu caia na real. Sabe, um dos motivos para que eu tenha o Tae por perto é que ele não me deixa afundar no trabalho. Sou grato a ele, mesmo que eu não o diga.

— Tudo bem, você venceu, digo entregue. — Tae sorriu, por conseguir o que queria.

— Então, maninho, que tal irmos a uma boate hoje? Hum…? Você necessita de uma transa, anda com um mau-humor do cão.

— Seu filho da P...

— Ei, cuidado, temos a mesma mãe. — O safado diz gargalhando.

— Vamos, Jay, quem sabe você não encontra o amor da sua vida? — Ele comenta enquanto carrega um grande sorriso no rosto.

— Em um puteiro? — Cruzo os braços, sem acreditar no que disse.

— Boate, meu querido irmão. — Reviro os olhos com descrença.

— Sabe que não sou homem de me apaixonar, e nem tenho tempo para isso.

— Ainda verei você caidinho por alguém, senhor Jay.

— Digo mesmo para você, Tae. — Rebato, fazendo o alfa, se engasga com a própria saliva.

— Repreendo, repreendo cada palavra que sai da sua boca. — Agora é minha vez de gargalhar e alto, o meu irmão conserta a sua postura e me encara bravo.

— Nunca mais diga essas coisas, sou gostoso demais para ser só de uma. — Tento segurar a risada que quer sair. Ele caminha até a porta, mas antes de ir, o seu olhar é direcionado para mim novamente.

— Esteja pronto às nove.

— Tudo bem. — Ele sai, deixando-me só novamente.

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