survivors

chaeyoung:o lado que eu não costumo mostrar

Mina acordou com uma pontada de dor de cabeça latejando em suas têmporas enquanto tentava se situar no ambiente desconhecido ao seu redor. Ao perceber que estava sozinha no quarto de motel, uma onda de desânimo a atingiu com força. Era uma cena familiar, mas nem por isso menos angustiante. Suspirando profundamente, Mina começou a se vestir, sentindo o peso de sua própria decepção ao admitir para si mesma que mais uma vez havia caído na armadilha de Chaeyoung.

"Como eu pude ser tão ingênua?" ela murmurou para si mesma enquanto ajustava a saia e a blusa, lutando para conter as lágrimas de frustração. Mesmo sabendo que Chaeyoung não a amava da mesma maneira que ela a amava, Mina não conseguia resistir à atração magnética que sentia por ela.

Enquanto saía do quarto do motel e caminhava pelo corredor vazio, a mente de Mina estava repleta de pensamentos tumultuados. Ela se perguntava onde Chaeyoung poderia ter ido e por quanto tempo ela ficaria fora dessa vez. Esses desaparecimentos repentinos de Chaeyoung sempre deixavam Mina ansiosa e preocupada, mas ela se recusava a admitir isso em voz alta.

Ao chegar ao estacionamento, Mina viu o carro de Chaeyoung já partido. Ela sentiu um aperto no peito ao perceber que Chaeyoung havia partido sem se despedir, como sempre fazia. "Ela realmente não se importa comigo", Mina pensou com tristeza, enquanto lutava contra a dor de mais uma rejeição silenciosa.

Enquanto dirigia de volta para casa, Mina tentava manter as lágrimas afastadas, mas era uma batalha perdida. Sentia-se como uma tola por continuar permitindo que Chaeyoung a tratasse dessa maneira, mas uma parte dela ainda se agarrava à esperança de que um dia as coisas poderiam ser diferentes entre elas.

Ao entrar em seu apartamento, Mina se sentou no sofá e deixou as lágrimas finalmente caírem livremente. Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de se libertar desse ciclo de dor e decepção, mas não sabia por onde começar. A ideia de confrontar Chaeyoung e exigir respostas pairava em sua mente, mas ela sabia que isso só levaria a mais conflitos e mágoas.

No fundo, Mina sabia que precisava encontrar forças para seguir em frente, mesmo que isso significasse deixar Chaeyoung para trás. Mas o amor, mesmo quando unilateral, era uma força poderosa, e Mina temia que nunca conseguisse reunir coragem suficiente para deixar Chaeyoung partir de vez.

Enquanto as horas passavam e a noite caía lá fora, Mina permaneceu sentada em seu apartamento, perdida em seus próprios pensamentos e emoções tumultuadas. Ela sabia que o ciclo de amor e dor com Chaeyoung continuaria, pelo menos até que ela encontrasse a força para quebrá-lo de uma vez por todas.

Chaeyoung chegou em sua mansão, o carro parou suavemente em frente à imponente entrada, e ela desceu com a mesma elegância que a caracterizava. Seus olhos varreram o ambiente enquanto ela caminhava em direção à entrada principal, e ela notou imediatamente a figura familiar de Hyungwon, seu mordomo de confiança, esperando por ela.

"Hoje foi um dia longo, Hyungwon. Alguma novidade?", Chaeyoung perguntou enquanto eles começavam a subir os degraus da entrada.

Hyungwon assentiu, mantendo seu habitual semblante sereno. "Apenas a visita da Senhorita Dahyun, senhora. Ela está esperando por você no mini barzinho."

Chaeyoung franziu a testa levemente ao ouvir o nome de Dahyun. Sua presença nunca era um bom presságio. "Entendi. Obrigada, Hyungwon. Você pode me deixar a sós com ela."

Hyungwon assentiu mais uma vez e se afastou discretamente, deixando Chaeyoung seguir sozinha em direção ao mini barzinho. Ela sentiu uma mistura de antecipação e apreensão enquanto se aproximava da porta, sabendo que a presença de Dahyun só poderia significar problemas.

Ao entrar na sala, Chaeyoung viu Dahyun sentada no mini bar, uma garrafa de whisky aberta diante dela. O olhar desafiador de Dahyun encontrou o dela enquanto ela se aproximava, e Chaeyoung não pôde deixar de notar o sorriso debochado que brincava em seus lábios.