uma nova coisa

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Yeonsang acordou lentamente, piscando os olhos para se ajustar à luz suave do quarto. A dor era um lembrete constante da cirurgia recente, mas ele estava acostumado. Ao seu lado, Jongho estava sentado, seu rosto pálido e preocupado. O silêncio no quarto era pesado, quebrado apenas pelo som do monitor cardíaco de Yeonsang.

"Jongho?" Yeonsang murmurou, a voz rouca pelo tempo de recuperação. Ele estendeu a mão trêmula, tocando o rosto de Jongho. "O que aconteceu? Você parece tão nervoso."

Jongho olhou para ele, seus olhos cheios de preocupação e tristeza. "Yeonsang, Seungmin voltou para a Mini Coreia. Ele trouxe Felix... ele está muito machucado e inconsciente. Foi um monstro que o atacou."

Yeonsang sentiu seu coração apertar no peito. "Um monstro? Aqui no Brasil?" Ele se endireitou na cama, ignorando a dor aguda que irradiava de sua cirurgia. "Você tem certeza disso, Jongho? Isso não é só um boato da internet, ou uma fofoca?"

A expressão assustada de Jongho só aumentou a inquietação de Yeonsang. Ele queria acreditar que era apenas um mal-entendido, mas o medo nos olhos de Jongho era inegável. Antes que pudesse responder, San entrou no quarto, seu rosto também carregado de preocupação.

"San!" Yeonsang exclamou, tentando encontrar alguma esperança no olhar de seu outro namorado. "Diga que isso não é verdade. Diga que os monstros não estão aqui."

San suspirou, aproximando-se da cama e colocando uma mão reconfortante no ombro de Yeonsang. "Infelizmente, parece que é verdade. Eu vi Felix com meus próprios olhos. Ele está em um estado crítico. Estamos fazendo tudo o que podemos, mas o ataque foi brutal."

Yeonsang sentiu uma onda de pânico tomar conta de seu corpo. "Como isso é possível? Pensamos que estávamos seguros aqui."

San e Jongho trocaram olhares sombrios. "Não sabemos como ou por que," disse San. "Mas parece que a paz que encontramos aqui pode ter chegado ao fim."

A notícia pairava no ar como uma nuvem negra, enchendo o quarto com uma sensação de desespero. Yeonsang olhou para os rostos de seus namorados, vendo neles o reflexo de sua própria dor e medo. Ele sabia que todos estavam traumatizados, cada um carregando suas próprias cicatrizes do passado.

San, especialmente, tinha uma cicatriz enorme nas costas, uma lembrança permanente de sua quase morte. Ele sempre tentou manter um semblante forte, mas Yeonsang sabia o quanto aquilo o afetava. Jongho, por sua vez, sempre foi o pilar de força e apoio, mas até ele estava visivelmente abalado.

Yeonsang tentou manter a calma, mas seu corpo traía sua ansiedade. Ele começou a respirar rapidamente, o pânico tomando conta. "O que vamos fazer?" ele perguntou, sua voz trêmula. "Não podemos passar por isso de novo."

San apertou seu ombro com mais força, tentando transmitir alguma sensação de segurança. "Vamos fazer o que sempre fizemos, Yeonsang. Vamos cuidar uns dos outros e enfrentar isso juntos."

Jongho assentiu, embora seus olhos traíssem sua própria insegurança. "Sim, Yeonsang. Estamos aqui, juntos. E vamos superar isso, como sempre fizemos."

Mas mesmo enquanto eles falavam palavras de conforto, a incerteza pairava sobre eles. A ideia de que os monstros tinham seguido para o Brasil, que o inferno que haviam deixado para trás estava agora à sua porta, era aterrorizante. Eles tinham criado uma nova vida, uma nova esperança, e agora tudo isso estava ameaçado.

Yeonsang se recostou na cama, tentando processar a gravidade da situação. "E Felix? Ele vai sobreviver?" Ele odiava pensar no amigo sofrendo, odiava a ideia de perder mais alguém para aqueles horrores.

San suspirou profundamente. "Estamos fazendo tudo o que podemos. Seungmin e os outros médicos estão cuidando dele. Só podemos esperar e rezar para que ele consiga se recuperar."

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