Hong Joshua: parte 2

13 1 0
                                    

O corredor sombrio da mansão parecia se estender infinitamente à medida que a noite avançava, envolvendo Joshua e Minho em um abraço gélido de escuridão. O relógio na parede marcava três horas da madrugada, mas nenhum dos dois estava com sono. Havia muito em suas mentes para permitir que o cansaço os dominasse.

Minho estava sentado com as costas apoiadas na parede fria, seu olhar perdido no vazio enquanto ele tentava digerir tudo o que Joshua acabara de revelar. O chá que ele tomara, na verdade um soro da verdade, revelou segredos obscuros de seu passado, mergulhando-o em uma espiral de emoções conflitantes.

"Por quanto tempo eu dormi?", pensou Minho consigo mesmo, uma sensação de incredulidade se apoderando dele. Ele mal conseguia acreditar em tudo o que havia acontecido desde que acordara naquela mansão sombria.

Ao seu lado, Joshua estava encolhido, seus braços envolvendo seus joelhos enquanto ele olhava para o chão com uma expressão pensativa. Ele havia vasculhado fundo em sua mente para descobrir a origem de suas alucinações, revelando segredos enterrados há muito tempo que agora ameaçavam consumi-lo.

O silêncio entre os dois era pesado, carregado com a tensão que pairava no ar. Minho queria dizer algo, qualquer coisa para quebrar o silêncio opressivo que os envolvia, mas as palavras pareciam escapar dele, evasivas como sombras fugazes.

"Joshua...", começou Minho, sua voz falhando um pouco. "Eu... Eu não sei o que dizer. Sinto como se o chão tivesse sido puxado debaixo de mim."

Joshua levantou os olhos para ele, seus olhos refletindo uma mistura de tristeza e compreensão. Ele estendeu a mão, colocando-a gentilmente no ombro de Minho em um gesto de conforto silencioso.

"Eu sei como você se sente, Minho", disse ele suavemente. "Tudo isso é muito difícil de entender. Mas estamos juntos nisso. Vamos encontrar uma maneira de superar isso juntos."

Minho assentiu, um nó se formando em sua garganta enquanto ele lutava para conter as emoções tumultuadas que ameaçavam dominá-lo. Ele nunca se sentira tão vulnerável, tão perdido em um mar de incertezas e medos.

Enquanto os minutos se arrastavam lentamente, eles permaneceram ali, lado a lado no corredor escuro da mansão, encontrando conforto na presença um do outro. Não havia respostas fáceis para os desafios que enfrentavam, mas eles sabiam que enquanto estivessem juntos, poderiam enfrentar qualquer coisa que o destino lançasse em seu caminho.

"Quantas xícaras daquele chá você tomou, Joshua?", perguntou ele, sua voz carregada de preocupação. "E quanto tempo faz desde que você tomou?"

Joshua suspirou, sua expressão pesada com o peso da verdade que ele estava prestes a revelar.

"Eu tomei duas xícaras em intervalos de duas horas", admitiu ele, sua voz baixa e repleta de pesar.

"Duas xícaras em tão pouco tempo?", murmurou ele, incapaz de conter sua surpresa. "Isso não é seguro, Joshua. Você não deveria ter feito isso."

Joshua abaixou os olhos, sentindo um peso de culpa se instalar em seu peito. Ele sabia que havia se arriscado ao tomar uma dose tão grande do chá da verdade, mas naquele momento, ele se sentira tão desesperado por respostas que não conseguira resistir à tentação de buscar a verdade escondida em sua mente.

"Eu sei, Minho", respondeu ele, sua voz embargada pela culpa. "Eu só... Eu só estava tão desesperado por respostas. Eu não conseguia suportar a ideia de continuar sofrendo com essas alucinações sem saber a verdade por trás delas."

Minho colocou uma mão reconfortante no ombro de Joshua, transmitindo silenciosamente seu apoio e compreensão.

"Eu entendo, Joshua", disse ele suavemente. "Mas precisamos ser mais cuidadosos da próxima vez. Não podemos nos arriscar assim."

survivorsOnde histórias criam vida. Descubra agora