tomando decisão

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Joshua estava sentado no refeitório da faculdade, tentando se concentrar no livro à sua frente, mas sua mente estava em outro lugar. Ele se sentia como se estivesse preso em um pesadelo interminável, incapaz de escapar do turbilhão de emoções e lembranças que o assombravam dia e noite.

Enquanto tentava desesperadamente afastar os pensamentos intrusivos que o consumiam, Joshua se viu submergido em memórias dolorosas do dia em que foi diagnosticado com estresse pós-traumático. Ele podia sentir a pressão suffocante do hospital ao seu redor, ouvir o eco distante das vozes dos médicos enquanto discutiam seu caso. E então veio a notícia devastadora: ele estava sofrendo de alucinações auditivas, uma complicação assustadora do seu estado mental já fragilizado.

Desde aquele dia, Joshua se encontrava cada vez mais recluso, afastando-se do mundo exterior enquanto lutava para lidar com suas próprias demônios internos. As alucinações auditivas se tornaram uma presença constante em sua vida, sussurrando-lhe palavras de dúvida e medo sempre que ele tentava se conectar com o mundo ao seu redor.

Ele nem conseguia entender as ligações de Vernon, seu primo amoroso que sempre esteve lá para ele nos momentos mais difíceis. Cada chamada não atendida era um lembrete doloroso da distância que se abrira entre eles, uma lacuna que parecia cada vez mais difícil de ser preenchida.

Enquanto lutava para manter a sanidade em meio ao caos de sua própria mente, Joshua mal conseguia distinguir a realidade da ilusão. Ele se sentia como se estivesse afundando em um abismo escuro e interminável, sem esperança de encontrar uma saída.

Então, em um momento de desespero, Joshua se viu envolto em uma alucinação avassaladora que o deixou tremendo de medo. Ele ouviu uma voz sussurrando em seu ouvido, uma voz que ele reconheceu imediatamente como a de sua mãe.

"Não olhe para ele", repetia a voz de sua mãe, como um mantra sinistro que o assombrava dia e noite.

Joshua sentiu uma onda de pânico se formando dentro dele, seu coração martelando em seu peito enquanto ele lutava para manter o controle sobre sua própria mente. Ele se levantou da mesa abruptamente, ignorando os olhares curiosos dos outros estudantes enquanto corria em direção à porta do refeitório.

As vozes pareciam segui-lo, sussurrando em seus ouvidos, enchendo sua mente com uma cacofonia ensurdecedora de medo e ansiedade. Ele colocou as mãos sobre os ouvidos, tentando bloquear o som perturbador, mas era inútil. As vozes pareciam penetrar em sua alma, alimentando seus medos mais profundos e sombrios.

No auge de sua agonia, Joshua esbarrou em alguém, fazendo com que sua bandeja de comida caísse no chão em uma bagunça de sopa derramada e talheres espalhados. Ele se abaixou rapidamente para tentar juntar os destroços, mas as vozes em sua cabeça cresciam em intensidade, enchendo-o com um terror avassalador.

A voz de sua mãe ecoou em sua mente, repreendendo-o por sua desajeitada e dizendo-lhe que era um fracasso. Lágrimas começaram a escorrer por seu rosto enquanto ele continuava a se desculpar repetidamente, sua mente atormentada por suas próprias angústias e inseguranças.

Foi então que ele sentiu um toque suave em sua mão, interrompendo sua espiral descendente de auto-recriminação. Ele olhou para cima, seus olhos embaçados pelas lágrimas, para encontrar Mingyu olhando para ele com uma expressão de preocupação genuína.

"Joshua, você está bem?", perguntou Mingyu, sua voz suave e reconfortante.

Joshua sentiu um aperto no peito ao ver a preocupação nos olhos de Mingyu, mas antes que pudesse responder, ele ouviu a voz de Jeonghan e Seongcheol, seus colegas de classe, falando atrás dele.

"Joshua, o que aconteceu?", perguntou Jeonghan, sua voz cheia de preocupação.

Joshua se sentiu envergonhado e exposto, seu coração pesando com a vergonha de ter sido pego em um momento de fraqueza. Ele se levantou rapidamente, as lágrimas ainda escorrendo por seu rosto enquanto ele balbuciava desculpas incoerentes.

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