Joshua caminhava rapidamente pelos corredores do consultório do Dr. Mendez, o som de seus passos ecoando nas paredes. Sua mente estava um turbilhão de emoções; ele não conseguia controlar a raiva que fervia em seu interior. O diagnóstico, os remédios, as alucinações - nada parecia estar ajudando. Ele estava à beira de um colapso.
Sem bater, Joshua abriu a porta do consultório e entrou, interrompendo a consulta de uma mulher que estava sentada na poltrona. O Dr. Mendez levantou-se imediatamente, surpreso e preocupado.
"Joshua, por favor, espere lá fora. Estou terminando uma consulta," disse o Dr. Mendez com calma.
Mas Joshua não estava ouvindo. Ele olhou para a mulher, seu olhar carregado de fúria. "Sai!" gritou ele, a voz rouca e desesperada. "Eu preciso falar com ele, agora!"
A mulher, assustada, levantou-se e olhou para o Dr. Mendez, que acenou para ela sair. "Tudo bem, nós podemos remarcar. Por favor, vá," disse ele com um tom tranquilizador.
Assim que a mulher saiu, o Dr. Mendez voltou sua atenção para Joshua. "Joshua, sente-se e vamos conversar."
Mas Joshua estava além de qualquer raciocínio lógico. "Você mentiu para mim!" ele gritou, suas mãos tremendo de raiva. "Esses remédios são placebos! Eu não estou melhorando, só estou piorando!"
(Um placebo é elaborado para ter a aparência exata de um medicamento real, porém é composto por substâncias químicas inativas, como amido e açúcar. )
O Dr. Mendez levantou as mãos em um gesto pacificador. "Joshua, por favor, acalme-se. Podemos discutir isso. Vamos tentar entender o que está acontecendo."
Mas Joshua não estava ouvindo. A raiva e a frustração cegaram sua razão. Ele olhou ao redor da sala, procurando algo - qualquer coisa - para expressar sua raiva. Seus olhos pousaram em um pesado peso de papel em cima da mesa. Sem pensar, ele o pegou e o atirou com toda a força na direção do Dr. Mendez.
O objeto acertou a cabeça do psicólogo, que caiu para trás com um gemido de dor. Sangue começou a escorrer pela testa do Dr. Mendez, e ele levou a mão à ferida, atordoado.
Joshua gritou novamente, sua voz cheia de desespero. "Você disse que ia me ajudar! Mas nada mudou! Eu ainda vejo coisas, ainda ouço vozes! Eu estou enlouquecendo!"
Nesse momento, várias pessoas - seguranças e funcionários do consultório - entraram correndo na sala. Eles agarraram Joshua pelos braços, tentando contê-lo. Joshua lutou contra eles, sua raiva transbordando em um frenesi de desespero.
"Solta! Me Solta!" ele gritou, tentando se desvencilhar. "Eu só quero que isso pare! Por favor!"
Os seguranças finalmente conseguiram imobilizar Joshua, segurando-o firmemente enquanto ele se debatia. O Dr. Mendez, ainda segurando a cabeça, levantou-se com dificuldade, os olhos cheios de dor e compaixão.
"Joshua, por favor, ouça-me," disse ele, a voz firme apesar da dor. "Eu não menti para você. Estamos tentando encontrar o tratamento certo. Mas isso leva tempo."
Joshua, ainda lutando contra os seguranças, parou de repente, seu corpo tremendo de exaustão e desespero. "Eu não aguento mais. Eu só quero que isso acabe," sussurrou ele, as lágrimas finalmente escorrendo por seu rosto.
O Dr. Mendez fez um sinal para que os seguranças relaxassem a pressão sobre Joshua. Ele se aproximou lentamente, com cautela. "Joshua, vamos cuidar de você. Vamos encontrar uma solução. Mas você precisa confiar em mim e permitir que ajude."
Joshua olhou para o Dr. Mendez, seus olhos cheios de dor e desespero. "Eu estou tão cansado. Tão cansado."
O Dr. Mendez assentiu, sentindo a profundidade da dor de Joshua. "Eu sei, Joshua. Vamos dar um passo de cada vez. Você não está sozinho."
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survivors
DiversosNum mundo devastado por criaturas e experimentos científicos que transformaram humanos em monstros, a luta pela sobrevivência é implacável. Em meio a esse caos, Joshua e seus companheiros enfrentam dilemas morais e emocionais, tentando encontrar um...