caótica ou não, isso não é bom

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O sol estava escondido atrás de nuvens pesadas, lançando uma luz fraca e difusa sobre a paisagem desolada. Minho e Han caminhavam lado a lado em silêncio, a neve rangendo sob seus pés. Ao longe, um shopping afundado no chão surgia, envolto em uma névoa de vapor que subia da água fervente que preenchia a cratera ao redor.

"Joshua provavelmente não está lá dentro," murmurou Han, mais para si mesmo do que para Minho. Ele estava tentando se convencer de que não precisariam enfrentar mais um perigo. Mas Minho, decidido, já estava tirando a blusa, ficando apenas com a camisa de manga comprida.

"Minho, o que você está fazendo?" perguntou Han, a preocupação evidente em sua voz. "Você não pode entrar aí. A água vai te queimar."

"Eu vou entrar," respondeu Minho, sua voz firme e inabalável. Ele agachou-se e mergulhou o dedo na água, sentindo a queimadura imediata. Ele mordeu o lábio para não gemer de dor, sabendo que sua regeneração cuidaria do ferimento superficial, mas ciente de que estava longe de estar em sua melhor forma.

Han agarrou o braço de Minho, seu rosto uma máscara de medo e preocupação. "Minho, você não está se regenerando tão rápido desde o acidente e aquela arma do governo. Você não precisa fazer isso. Eu posso ir."

"Han, você não pode ir. Você é humano. Essa água vai te matar," respondeu Minho, olhando nos olhos de Han. Ele podia ver o medo nos olhos de seu amigo e sentia um nó de culpa no estômago por não contar a verdade sobre a Coreia estar isolada do resto do mundo. A ajuda nunca viria, e isso pesava em sua consciência.

"Minho, por favor," insistiu Han, a voz tremendo. "Eu não posso te perder. Não assim. Vamos encontrar outra maneira."

Minho respirou fundo, tentando acalmar Han. "Eu vou ficar bem," disse ele suavemente. "Eu prometo."

Han engoliu em seco, as lágrimas ameaçando cair. "Tudo bem," disse ele finalmente, soltando o braço de Minho. "Mas você volta pra mim, entendeu? Sem desculpas."

Minho assentiu, um pequeno sorriso nos lábios. "Eu volto," ele prometeu.

Com um último olhar para Han, Minho se preparou para entrar na água fervente. Ele respirou fundo e deu um passo à frente, sentindo a dor imediata e intensa da água queimando sua pele. Ele cerrou os dentes e continuou, determinado a encontrar Joshua.

À medida que a água subia em seu corpo, Minho sentia a dor aumentando. A água fervente parecia perfurar sua pele como milhares de agulhas incandescentes. Ele manteve a respiração controlada, tentando ignorar a agonia e focar na missão.

Finalmente, ele mergulhou completamente na água, sentindo a queimadura se intensificar. Ele nadou com dificuldade, a visão obscurecida pelo vapor e a dor. Seus pulmões começaram a arder pela falta de oxigênio, mas ele continuou avançando, movido pela determinação de salvar seu amigo.

Dentro do shopping, o cenário era ainda mais aterrorizante. Lojas destruídas e escombros estavam espalhados por toda parte, e vários corpos flutuavam na água. Minho chamou por Joshua, sua voz ecoando fracamente no espaço vazio. "Joshua! Onde você está?"

Não houve resposta, apenas o som do vapor e da água fervente. Minho continuou a avançar, a dor em seu corpo quase insuportável. Ele sabia que tinha que encontrar Joshua, não importava o quão difícil fosse.

De repente, sua camisa ficou presa em uma barra de metal submersa. Ele tentou se soltar, mas a barra estava firmemente enredada no tecido. O pânico começou a se instalar enquanto seus pulmões queimavam por ar.

Minho lutou desesperadamente, mas seus movimentos apenas pioravam a situação. Seus pensamentos se tornaram frenéticos. "Não posso morrer assim... Han... preciso voltar para Han..."

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