Num mundo devastado por criaturas e experimentos científicos que transformaram humanos em monstros, a luta pela sobrevivência é implacável. Em meio a esse caos, Joshua e seus companheiros enfrentam dilemas morais e emocionais, tentando encontrar um...
Joshua acordou de repente, sua respiração rápida e superficial, como se estivesse saindo de um pesadelo. Sua visão estava embaçada, mas lentamente se ajustou à luz brilhante que o cercava. À sua frente, um rapaz com um sorriso cruel o observava atentamente.
"Finalmente acordou," disse o rapaz, sua voz gotejando sarcasmo. "Sou Choi Wo Sik. E você deve ser Joshua."
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Joshua olhou ao redor, o pânico crescendo em seu peito ao perceber que estava em uma casa de espelhos. O reflexo infinito de sua imagem o cercava, distorcendo-se em formas grotescas. Cada espelho parecia estar zombando dele, os reflexos sussurrando acusações de assassinato.
"Não, não, não..." Joshua começou a murmurar, tentando bloquear as vozes em sua cabeça. Sua respiração se tornou mais pesada, os olhos arregalados de medo. Ele sabia que suas alucinações estavam piorando.
"Olha só pra você," Wo Sik riu, seu tom cheio de desprezo. "Você é um desastre completo. Mal posso acreditar que alguém deixou você escapar."
Joshua tentou se levantar, mas suas pernas estavam fracas. Ele cambaleou, apoiando-se em um dos espelhos. As vozes dos reflexos aumentaram, acusando-o incessantemente. "Assassino... Assassino... ASSASSINO!"
"Não sou um assassino!" Joshua gritou, desesperado, as lágrimas escorrendo pelo rosto. "Eu não sou..."
Wo Sik observava com interesse. "Olha só para você. Tão quebrado. Tão frágil. Talvez eu esteja fazendo um favor ao mundo ao acabar com você."
Wo Sik pegou o celular e começou a discar um número. "Sim, eu encontrei um. Mas ele parece estar completamente maluco," disse ele para a pessoa do outro lado da linha. "Sim, eu entendi. No colégio. Certo, vou levá-lo para lá."
Joshua estava perdendo a sanidade, a pressão das acusações em sua cabeça tornando-se insuportável. Ele se aproximou de um dos espelhos, seus olhos arregalados e descontrolados. "Cala a boca! CALA A BOCA!" Ele começou a bater a cabeça contra o vidro com força, na esperança de silenciar as vozes.
Wo Sik desligou o telefone rapidamente, percebendo o que estava acontecendo. "Ei, para com isso, idiota! Vai atrair os monstros com esse barulho todo."
"Assassino!"
"Você matou sua mãe!"
"Ninguém nunca te amará!"
Ele apertou os olhos fechados, tentando bloquear as vozes. "Não sou um assassino. Não sou um assassino..." repetia para si mesmo, como um mantra.
Joshua continuou a bater a cabeça, cada golpe mais forte que o anterior, até que o sangue começou a escorrer de um grande ferimento em sua testa. Sua visão ficou turva e ele finalmente caiu inconsciente no chão, uma poça de sangue formando-se ao seu redor.
"Puta merda," Wo Sik murmurou, irritado, enquanto se aproximava de Joshua. "De todos os malucos que eu poderia pegar, tinha que ser o mais surtado."
