Num mundo devastado por criaturas e experimentos científicos que transformaram humanos em monstros, a luta pela sobrevivência é implacável. Em meio a esse caos, Joshua e seus companheiros enfrentam dilemas morais e emocionais, tentando encontrar um...
Joshua corria pelos corredores da escola, seu coração batendo descontroladamente no peito. Ele podia ouvir os passos e vozes de seus colegas atrás de si, mas não ousou parar. Cada vez que ele virava um corredor, seu ombro colidia com os armários, mas a dor física era nada comparada ao turbilhão de emoções dentro dele. Subindo as escadas com uma velocidade desesperada, ele finalmente alcançou a porta do terraço. Seus dedos tremiam enquanto fechava a porta, tentando impedir que as pessoas o alcançassem.
Ele encostou-se à porta, ofegante, tentando recompor-se. O terraço estava vazio e silencioso, um contraste gritante com a cacofonia de vozes e passos que o perseguiam dentro da escola. O ar fresco da manhã acariciava seu rosto suado, mas não oferecia alívio ao seu coração tumultuado. O cheiro da grama recém-cortada do campo de futebol abaixo misturava-se com o odor metálico das grades ao redor do terraço.
Em suas mãos, amassadas pela fuga desesperada, estavam três cartas de amor. Cartas de Seongcheol, Mingyu e Jeonghan. Três declarações, três corações abertos para ele. A ideia de que três pessoas estavam apaixonadas por ele era avassaladora. Ele passou a manhã inteira evitando-os, tentando processar o que aquelas cartas significavam. Mas no fim, eles o encontraram no refeitório, suas expressões esperançadas e ansiosas só aumentando seu pânico. E agora, ele estava fugindo novamente.
Joshua puxou o celular do bolso, sentindo-o vibrar incessantemente com mensagens e ligações dos três. Ele não tinha coragem para atender. Cada toque do celular era um lembrete da confusão dentro de si. Ele estava assustado, não porque fosse homofóbico ou preconceituoso, mas porque a ideia de ter três pessoas apaixonadas por ele era inimaginável. Seu instinto auto-destrutivo o impedia de ver o valor que os outros viam nele.
"Joshua, por favor, atenda!" a voz de Jeonghan soava desesperada em uma das mensagens de voz que ele deixou de escutar.
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Joshua olhou ao redor, tentando encontrar algum alívio naquele espaço confinado. A luz do sol refletia nas superfícies de metal, cegando-o momentaneamente. Ele sentou-se no chão, abraçando os joelhos, com as cartas ainda apertadas em suas mãos. As palavras dentro das cartas ecoavam em sua mente, cada frase escrita com tanto cuidado e amor.
Querido Joshua,Não consigo parar de pensar em você. Cada dia sem você é tão entediante e vazio. Não consigo me afastar, só consigo me aproximar. Acho que é verdade, amor é dor.
Joshua sentiu o coração apertar. Jeonghan sempre foi expressivo e direto, mas ver suas emoções tão claramente escritas era algo que ele não esperava. Ele fechou a carta e pegou a próxima, a de Mingyu.
Joshua,Será que não posso te alcançar? Meu coração está mais dolorido do que eu imaginava. Minha mente está cheia de você. Eu vou esperar por você.
As palavras de Mingyu eram mais sutis, mas igualmente impactantes. Joshua sabia que Mingyu era alguém que raramente mostrava suas emoções, e isso fazia a declaração ainda mais intensa. Ele sentiu uma lágrima rolar pelo rosto, mas rapidamente a limpou. Ele precisava se concentrar. A última carta era de Seongcheol.
