limites

4 0 0
                                    

Seongcheol acordou com uma sensação de peso em seu peito, uma pressão que ele reconheceu imediatamente. Jeonghan estava em cima dele, os olhos brilhando com uma intensidade que não deixava dúvidas sobre suas intenções. Seongcheol suspirou, ainda se sentindo exausto da noite anterior.

"Jeonghan," murmurou Seongcheol, a voz rouca de sono, "eu estou realmente cansado. Precisamos descansar um pouco."

Jeonghan, contudo, não parecia disposto a desistir tão facilmente. Ele se inclinou para beijar o pescoço de Seongcheol, os lábios roçando a pele com um toque faminto. "Mas eu quero você, Seongcheol," disse Jeonghan, a voz um sussurro sensual.

Seongcheol colocou as mãos nos ombros de Jeonghan, tentando afastá-lo gentilmente. "E o Mingyu? Talvez ele possa ficar com você hoje."

Jeonghan fez um beicinho, os olhos ficando sombrios por um momento. "Mingyu também está cansado. Nós transamos no banho ontem,e depois do almoço..."

Seongcheol levantou uma sobrancelha, curioso. "Quantas vezes vocês fizeram isso ontem?"

Jeonghan sorriu, um sorriso travesso que iluminou seu rosto. "Cinco vezes com Mingyu e cinco com você." Ele levantou as mãos, mostrando os números com os dedos, o colar brilhando em seu pescoço, um lembrete constante de sua condição.

Seongcheol franziu a testa, percebendo a gravidade da situação. Jeonghan estava piorando, e ele nem sabia. Com um suspiro, ele puxou Jeonghan para um abraço apertado, tentando confortá-lo. Jeonghan, porém, não parecia entender o gesto e começou a beijar o pescoço de Seongcheol novamente.

Enquanto isso, Joshua estava na floricultura, arrumando as flores e alimentando os gatos. Ele notou que o sol já estava alto no céu. Era estranho que seus namorados ainda não tivessem levantado. Preocupado, ele decidiu voltar para casa para verificar.

Ao entrar em casa, Joshua sentiu um calafrio. A casa estava estranhamente silenciosa. Ele subiu as escadas, o coração batendo mais rápido a cada passo. Quando entrou no quarto, viu Mingyu ainda dormindo profundamente, o corpo coberto de marcas de arranhões e hematomas. Joshua não pôde deixar de sorrir, imaginando o quanto Jeonghan havia sido selvagem na noite anterior.

Joshua se aproximou de Mingyu, gentilmente tocando seu ombro. "Mingyu, está na hora de acordar. Quer um café?"

Mingyu abriu os olhos lentamente, piscando contra a luz do sol que entrava pela janela. "Huh? Joshua? Que horas são?"

"Já é meio-dia," respondeu Joshua, rindo suavemente. "Jeonghan foi um pouco intenso ontem, não foi?"

Mingyu sorriu cansado, assentindo. "Sim, ele foi. Preciso de um café. E de um banho."

Enquanto Mingyu se levantava, Joshua desceu para a cozinha para preparar o café. A mente de Joshua ainda estava ocupada com a conversa que teve com Eun-hyuk. As palavras dele ecoavam em sua mente, mas Joshua tentava afastar essas preocupações.

Ele estava colocando o café na cafeteira quando ouviu passos rápidos descendo as escadas. Virou-se a tempo de ver Jeonghan entrando na cozinha, uma expressão irritada no rosto.

"Bom dia, Jeonghan," disse Joshua, tentando parecer casual.

Jeonghan não respondeu. Em vez disso, caminhou até Joshua e o abraçou por trás, os braços envolvendo sua cintura. Joshua sentiu os lábios de Jeonghan em sua nuca, um toque que era ao mesmo tempo suave e desesperado.

Joshua sabia que precisava fazer algo. Ele tinha um plano. Fechou os olhos por um momento, tentando manter a compostura, e então, com um tom frio, disse: "Jeonghan, pare com isso."

Jeonghan congelou, a surpresa visível em seus olhos. "Joshua, o que...?"

"Eu disse para parar," repetiu Joshua, a voz mais firme. Ele se afastou, girando para encarar Jeonghan. "Você está me deixando desconfortável. Pare com isso agora."

survivorsOnde histórias criam vida. Descubra agora