Capítulo 33

156 31 2
                                    

Eduardo

— Agora me diz, o que vocês dois tem? — Olha eu gosto de mais da minha cunhada, mas às vezes ela é chata de mais. Deus me livre ela saber disso, mas eu quero ficar na minha, quero ir agora atrás da Mariana falar com ela, saber como ela está. Quem saiba até dar um beijo nela, amo os lábios dela, ela é perfeita pra mim.

— Somos amigos. — Digo em um suspiro.

— Amigos não se olham da maneira que vocês se olham. — Ela diz revirando os olhos. Meu irmão sorri pra esposa e á beija.

— Não mesmo meu amor. — Ele diz e ela sorri feliz. Isso vai ser longo.

— Eu já disse, agora acredite se quiser. Agora posso ir?

— Vai ir atrás dela? — Olho pra Cecília e Augusto que sorri. — Tudo bem, vai. Ela ficou meio abalada ao ver as crianças. Será que ela não vai querer ver mais meu bebês? — Ela pergunta triste. Suspiro e olho pro meu irmão que abraça ela.

— Meu amor, é claro que ela vai querer ver eles, quem saiba até se tornar tia deles.

— Cecília ela está triste com a perda do primeiro filho, ela só fica triste por pensar que podeira ser o filho dela brincando aqui também.

— Eu sinto tanto por ela. Queria poder tirar a dor dela. Eu sou mãe eu sei o que ela está sentindo.

— Eu também. — Digo em um suspiro.

— Também sabe a dor dela ou queria tirar a dor dela? — O idiota do Augusto pergunta sorrindo.

— Os dois. Agora tenho que ir. — Digo a eles. E saio dali, antes que eles venham com mais conversa fiada. Esses dois se completam mesmo, são dois mexeriqueiros.

Quando estou saindo meu celular toca, mamãe. Suspiro e sorrio ao atender. Minha mãe pode ser bem insistente, então é bom atender logo.

— Oi mãe, como a senhora e o pai está?— Pergunto entrando no carro.

— Oh meu menino aprendeu a perguntar dos pais e atender o celular. — Ela diz feliz do outro lado, como se eu nunca atendesse suas ligações.

— Sempre atendo a senhora.

— Que bom, porque estou aqui na sua casa te esperando, não deixe sua velha mãe esperar muito. — Ela diz e desliga.

Na minha casa? O que minha mãe está fazendo na minha casa. Meu Deus será que algo aconteceu com ela ou meu pai. Quando chego em casa ela está na frente do carro, acena e sorri. Meu pai desce e segura na mão dela.

Os dois vem ao meu encontro. Abraço minha mãe e meu pai. Meu pai pisca pra mim quando minha mãe começa a dizer que estava quase morrendo de esperar, ele sabe que ela é o exagero em pessoa.

— Mamãe a senhora é muito exagerada. — Digo a ela que revira os olhos.

— Eu sou nada, você e seus irmãos que não sabem me dar valor. — Ela diz em seu exagero. Entro em casa ela senta no sofá e suspira. — Só minha nora e meus netos que me ama de verdade. Sua casa é linda. — Ela muda de assunto de repente, sorrio.

— Obrigada. E a senhora sabe que eu e meus irmãos amamos a senhora.

— Amam nada, quero ver quando eu morrer, o que vai ser de vocês. — Ela diz e suspira, sorrio. Meu pai sorri do seu drama. — Você também Joaquim, quero ver quem vai ser capaz de te aguentar.

— Sabe que eu te amo mais que a mim mesmo, é a minha rainha dona da minha vida. — Ele diz a ela que sorri. Vejo o amor que há entre eles dois. Minha mãe é totalmente dramática, e meu pai aguenta seus dramas sorrindo.

— Mas me diz, como está as coisas no seu serviço? Tem visto seus irmãos? — Uma pergunta atrás da outra.

— Está tudo bem no restaurante, e sim eu sempre vejo meus irmãos.

— Meus netos? Eles são as coisinhas mais linda desse mundo. Fernanda é louca pra roubar meus bebês de mim. — Ela diz e meu pai sorri da careta dela. Minha mãe entrou em uma briga imaginaria onde somente ela luta.

— Querida, as crianças te ama do mesmo jeito que ama Fernanda. — Meu pai diz a ela.

— Ela fica mais perto deles e mais tempo, eu moro longe. — Ela diz em um suspiro. Olho no celular pra ver se tem alguma mensagem de Mariana, mas não tem nada. Talvez eu devesse ir logo lá na casa dela.

— Está ansioso o que foi? Tem algum encontro? — Meu pai pergunta e minha mãe já fica me olhando.

— Não é nada. — Digo a eles.

— Se você tiver que sair pode ir, iremos na casa do seu irmão. — Meu pai diz e sorrio agradecido.

— Mas eu quero ficar mais um pouco com meu menino, quase não vejo ele. — Minha mãe protesta e meu pai sorri segurando sua mão.

— Amor, pensei que pudéssemos ir lá ver nossos netos, ficar um pouco mais com eles,  se não agorinha eles vão achar que só o Carlos ama eles e eu não. — Ele diz e ela arregala os olhos e pula do sofá.

— Meu Deus, vamos então Joaquin. Deus nos livre deles virarem os avós preferidos. — Ela me abraça e sai na frente.

— Obrigada pai, sabe que amo vocês, não quero que pense que não quero vocês aqui, é que preciso ir atrás de uma pessoa, é importante pra mim ter que ir. — Me atropelo nas palavras, meu pai sorri e me abraça.

— Não se preocupe, vai lá. Vamos ficar até amanhã aqui, nos vemos mais tarde. — Ele diz e eu o acompanho pra fora de casa. Agora vou atrás de Mariana.

Vou até a casa dela mas não sei que desculpa inventar. Talvez eu diga que senti a falta dela, serei verdadeiro ao dizer isso. Melhor dizer que fiquei preocupado com ela e queria saber como ela está. Isso, essa é uma boa.

Quando toco a campainha, fico ansioso nunca fiquei assim. Dona Mariana está me fazendo sentir coisas nunca sentidas antes. Quando ela abre a porta, seu rosto está banhado de lágrimas, ela está chorando, seu olhar é triste. Sem nem pensar eu a puxo pra um abraço.

Ela chora em meu peito, vou atentando a casa ainda com ela agarrada em mim, fecho a porta e beijo o topo da sua cabeça. O que será que houve?

— Você está bem? Por quê está chorando? — Pergunto preocupado. Ela chora e me abraça novamente. — Mari, o que houve?

— Ele...Ele veio tirar a minha paz. — Ela diz chorando e não sei de quem ela fala. — Aquele desgraçado depois de tudo, ainda vem me humilhar, acabar comigo.

— Quem? Me diz quem fez isso?

— O nojento do Pedro. — Mas quem é esse Pedro? Eu nem preciso saber de verdade quem é ele pra sentir raiva e nojo. Eu odeio esse cara, somente por fazer ela chorar.

— Hey, está tudo bem. Olha pra mim. — Seus olhos estão vermelhos, cheios de lágrimas ainda não derramadas. — Respira fundo. — Ela limpa o rosto, respira fundo.

— Ok, eu estou melhor. — Vejo que não, que ela está triste ainda. Ela me sorri. — Obrigada.

— Agora, que tal me contar o que aconteceu?

— O meu ex me ligou, Pedro. — Ela diz e sorri, um sorriso triste. — Ele é o pai do meu bebê, a gente namorava a muito tempo, eu sempre sonhei com uma família. Eu fui percebendo que ele já não era mais o mesmo de antes, estava mais distante, mais frio. Eu achei que eu era a culpada por meu relacionamento não está as mil maravilhas.

— Você não era culpada, ele teria que ajudar também, era um relacionamento a dois e não á um. — Digo a ela que sorri.

— Relacionamento a dois? Era um relacionamento a três, quatro ou até mais. — Quando ela diz isso, vejo que ele traia ela. A onde um cara desse tá com a cabeça, ela é maravilhosa. — Mas aí eu descobri que estava grávida, contei a ele e vi que ele não ficou feliz com a notícia. Eu fiquei feliz, achei que com a chegada de um bebê ele voltaria ao normal, ele seria mais presente e que finalmente teríamos a nossa família.

— Como ele não pode ficar feliz em saber que ia ser pai? Que tipo de homem ele é? — Se fosse eu que recebesse a notícia que ia ser pai, eu me sentir o cara mais feliz do mundo. Eu ia cantar ao mundo todo. Esse cara não merece Mariana, ela é maravilhosa.

Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-seOnde histórias criam vida. Descubra agora